A obra representou um investimento de cerca de 953 mil euros por parte
do Município de Vila Velha de Ródão, comparticipados em cerca de 493 mil euros
pelo FEDER, através do programa Centro 2020, enquanto o novo projeto
museológico se traduziu num investimento aproximadamente de 276 mil euros,
comparticipados em 96 mil euros pelo FEDER, através do programa Interreg
Espanha – Portugal.
Inaugurado em 2012, o CIART tem como principal missão apoiar o estudo e
a preservação do Complexo de Arte Rupestre do Vale do Tejo, constituído por
mais de 20 mil gravuras dispersas ao longo de 40 quilómetros de ambas as
margens do rio Tejo e alvo de várias campanhas de salvamento arqueológico, a
partir de 1971, até à sua quase completa submersão, em 1974, pela albufeira
resultante da construção da barragem do Fratel.
Encerrado ao público em 2020, o espaço foi alvo de uma profunda
intervenção de requalificação e ampliação que, entre outros aspetos, incluiu a
construção de uma nova entrada e a criação de novas galerias expositivas, de um
centro de documentação e de espaços multimédia e audiovisuais. O projeto
implicou a completa reformulação do espaço interior e a ampliação do edifício,
assim como a definição de um novo projeto museográfico, que valoriza o acervo
documental e fotográfico que resultou das campanhas de salvamento arqueológico.
Na nova exposição permanente do CIART é apresentado um enquadramento geológico e geomorfológico da paisagem, sendo os visitantes convidados a entender o provável modo de vida no tempo dos caçadores-recoletores e sobre as diferentes manifestações da arte rupestre na zona. Do Neolítico e Calcolítico até aos dias de hoje, os visitantes são levados numa viagem pelo tempo numa região singular.
“O CIART assume-se ainda como uma homenagem a uma geração de
arqueólogos e estudantes, cuja dedicação e zelo garantiram, a partir de finais
de 1971, a catalogação e registo deste valioso património e que ficaria
conhecida como a ‘Geração do Tejo’”, explica o presidente da Câmara Municipal
de Vila Velha de Ródão, Luís Pereira, que acrescenta que o objetivo é que “mais
do que um museu, este seja um espaço que agregue investigadores, estudantes e
centros universitários e se assuma uma porta de entrada para a investigação
deste que é um dos mais importantes complexos de arte rupestre da Europa”.
A partir de 21 de outubro e durante o outono e inverno, o CIART pode
ser visitado de terça-feira a sábado, entre as 10h00 e as 12h30 e as 14h00 e as
17h30, encerrando aos domingos e segundas-feiras.