E por isso, fingem. Fingem títulos que não alcançaram, sorrisos que
nunca tiveram, práticas e vocações que nunca sonharam. Não sabem trabalhar em
equipa, respeitar os outros, eleitos e trabalhadores, descer ao nível simples
da alma de cada pessoa e das suas necessidades mais elementares. Nem sequer
respeitam os princípios programáticos, a história e a vida democrática dos
partidos que dizem representar. Mas, que nunca conheceram, nem conhecem, nem
conhecerão. Diz-lhes pouco, quase nada. Importante não é a rosa, é o tacho. A manutenção
das mordomias e dos sacos sem fundo, de qualquer cor. E, à pala de tudo isso, são rudes, mal
educados, não respeitam as diferenças, julgam-se os senhores dos tempos
medievais. O que não é de estranhar porque a sua mentora-mor adormece a ver
castelos e figuras fantasmagóricas a quem puxa, freneticamente, os
cabelos. É uma prática que vem de longe,
tal como a fama do brandy Constantino.
Margarida, a tonta, a maluca, a descompensada, mãe solteira e de “olho
n´eles” , mulher e cidadã , a quem a vida já pregou milhentas partidas, tem os
pés assentes no chão. Sente há anos na pele, o poder nefasto da mentira, a ruína das promessas não
cumpridas, o futuro, tantas vezes exibido como troféu, a fugir-lhe debaixo dos
pés. Ama a sua terra, aquela em que nasceu e em que projectou viver. Sentiu, uma
vez mais, que este Carnaval eleitoral não iria trazer nada de novo e que o “jogo”
estava viciado à partida. Saiu da “casca”, lembrou as lições da política local
do professor Jorge Oliveira, seu pai e assumiu que era tempo de alguém
enfrentar os vendilhões do templo. Publicou dezenas de mensagens nas redes
sociais, alertou as pessoas, incluindo sempre documentos a comprovar o que
escrevia. Desmontou mil e uma mentiras, os gastos de milhares de euros sem
proveito para a comunidade, as obras faraónicas de uma gestão municipal,
produtora de adereços e de efeitos especiais com nome em inglês, que nada contribuíram para
a felicidade dos habitantes do concelho. As obras na Horta da Alameda a decorrer, sem um projecto coerente e
alteradas conforme acorda a sua “arquitectona”, desde há anos, são bem o
exemplo desta gestão ruinosa.
As eleições são no próximo domingo. Para além dos resultados e dos
votos, elas têm já um vencedor, aliás, uma vencedora: Margarida Oliveira.
Ela batalhou pela verdade, pelos legítimos interesses do concelho, por
todos os filhos de Nisa. Ela fez, por si só, o que todos nós devíamos fazer.
Todos os dias, todas as semanas, todos os meses. Intervir, questionar, procurar
respostas, esclarecer e ser esclarecido. Sugerir as obras e as políticas
necessárias e urgentes de que o concelho carece. Sendo certo que o voto é
universal e secreto, e que a vontade dos eleitores é soberana, não podem, desta
vez, os votantes do concelho, dizer que “não sabiam”.
Não concordando, embora, com algumas das ideias dela, sinto uma
felicidade imensa por sentir que ainda há, na nossa terra, quem se interesse
pela verdade, desmistifique as mentiras e queira espontaneamente servir a
Comunidade.
Obrigado, Margarida!
Mário Mendes