27.1.21

COISAS DA CORTE DAS AREIAS (20) - Os Predadores e o Património

 

Os tesouros arqueológicos e os detectores de metais no Museu Britânico de Londres
“No Reino Unido há mais de 30 mil arqueólogos amadores que percorrem os campos com os seus detectores de metais. Noventa por cento dos tesouros arqueológicos são descobertos assim. Há quem os acuse de serem apenas caçadores de tesouros, mais interessados no valor que um pote de moedas da Idade Média pode atingir no mercado negro das antiguidades do que na sua importância científica. Mas, muitas vezes, os “arqueólogos amadores” que percorrem os campos com detectores de metais não estão interessados em vender os artefactos que encontram, preferindo devolvê-los às autoridades para serem estudados e, mais tarde, apresentados ao público.” - (“Público” – 9 de Dezembro de 2003 – Lucinda Canelas)
Fica a pergunta: É predador quem recolhe e preserva algo para legar ao concelho de Nisa e seus naturais? Se sim, então temo-los por aí, uns quantos predadores; se não, interrogam-se eles, para quando a pesquisa e recolha do legado que gerações passadas aqui nos deixaram e uns tantos teimam em salvaguardar?
Vai sendo tempo de alguém pensar em criar um “Museu de Arqueologia” em Nisa, onde se juntem e exponham as centenas de “peças” já encontradas e disponíveis, até mesmo já “oferecidas” ao município, há seis anos, por ocasião da exposição que teve lugar na Biblioteca Municipal, visitada com muito agrado por muitos conterrâneos nossos e naturais de concelhos vizinhos. Não nos agrada nada assistir ao saque e destruição, quase diária, destes bens, sem que nada aconteça. Mas, cuidado: há que saber separar o trigo do joio e, no mínimo, não acusar quem protege.
Aquando da última intervenção para obras, em 2004, no exterior da Escola do Convento, que se sabe ser um “sítio arqueológico” muito importante, procurámos saber (e soubemos!) onde seria despejada parte da terra sobrante, local de imediato por nós visitado (Centro de Saúde de Nisa), devidamente autorizados, resultando da visita a recolha de uns tantos artefactos e de algumas moedas romanas do Imperador Constantino.
Não fosse este material recolhido e para ali ficaria mais uns séculos ou milénios, apodrecendo, o que não acontece agora, registado que está com a indicação do local de origem e data da recolha.
Infelizmente, o problema vai sendo geral, diferente será a forma de o enxergar e às pessoas envolvidas. Os títulos e os sub-títulos na nacional imprensa são bem elucidativos.
“Caçadores de tesouros saqueiam Sul do país”, “O Alentejo e o Algarve estão a ser pilhados” (…) “Sítios arqueológicos são os locais preferidos para esta devassa” (…) “Chega a haver pessoas ligadas às forças policiais que estão a saquear”.
Mimos deste tipo são infindáveis e de um senhor do Instituto Português de Arqueologia (IPA) lemos este lamento:
“Qualquer dia não temos moedas romanas nas estações arqueológicas”. Estas verdades até nos fariam rir, não fosse o problema realmente muito sério, só é pena que os visados sejam sempre os “caçadores de tesouros… que procuram moedas raras e outros objectos metálicos para, clandestinamente, enriquecer colecções particulares”.
É positiva esta preocupação, mas já não fica bem a ninguém eleger-se “mais papista que o Papa”, ensacando toda a farinha no mesmo saco. Nós, que nunca afagámos tal “bicho”, o detector, e, eventualmente só o faremos com as regras bem definidas, nem por isso deixamos de compreender e dar razão a alguns amigos, esperando até, que alguém no futuro, recuperando valores éticos em perigo de extinção, encontre, sim, motivos para agradecer em nome do Município de Nisa, que foi o que fizeram no vizinho concelho de castelo de Vide quando, propositadamente, ali se deslocaram dois dos “predadores” de Nisa, a informar da presença de peças importantes em pedra, a necessitar serem recolhidas antes da sua transferência “para lá do rio Sever”, como de costume.
Ao menos, por aqui, no concelho de Nisa, ninguém saqueia “sítios arqueológicos”, pois estes, havendo-os como os há e em bom número, com excepção de um (1), não estão inventariados, logo não estão classificados nem em vias disso, de que resulta não estarem protegidos pela lei.
Porque não é nossa a culpa, dormimos bem, sonhando coisas bonitas, como aquela em que “vemos” erguer da terra, onde permanece caído provavelmente há séculos ou milénios, aquele “tesouro arqueológico” que é o Menir do Patalou, com 6/7 mil anos de idade e que ali espera, desalentado, a visita de um qualquer Obélix que o carregue às costas.
Voltemos aos predadores e também aqueles que sabem ver mais longe e prestemos atenção às suas opiniões:
Richard Hobbs, comissário do Museu Britânico, em Londres, diz-nos que “ as leis são importantes, mas no final, tudo se resume à atitude de cada um. Alguns amadores entregam tudo, outros não. Alguns países baniram por completo os detectores de metais ou ameaçam os que os utilizam; nós não os vemos como descendentes do diabo. Estamos todos à procura da mesma coisa. Estes objectos não pertencem a nenhuma das partes. Em princípio, todos caminhamos no mesmo sentido”. Gente sábia emite sábias opiniões, deduzimos nós.
“O optimismo de Richard Hobbs deve-se ao facto de 90 por cento dos tesouros arqueológicos britânicos serem descobertos por detectores de metais, muitos deles utilizados por não especialistas”, lemos no mesmo artigo.
Tem o concelho de Nisa, nos “sítios”, moedas romanas? Tem e às centenas. Tem outros objectos? Claro que sim, de bronze, chumbo, ferro, cobre, também de vidro, pedra, cerâmica, aqui deixados por romanos, visigodos, árabes e outros povos que os antecederam, como atestam os especialistas a quem são mostrados.
Aqui há uns anos atrás a convite do professor Jorge Oliveira visitámos os locais onde decorriam as intervenções arqueológicas na Anta 2 de S. Gens e no Cabecinho da Senhora da Graça. Vamos aguardar, convictos de que se fará o mesmo noutros sítios. Quem conhece, em Nisa, a Anta do Patalou? A número 3 do Alfaiate ou ainda a das Fontainhas? E, se aquela “pedra” que o professor Jorge Oliveira visitou connosco for mesmo um menir, como ele próprio admitiu?
Bem, se for, temos mais um menir colossal, não como o do Patalou, com os seus 4,10 metros de altura, mas com pelo menos mais um metro. Não conhecem, porquê? Porque recusam ouvir e aprender com a “componente popular”!
Da falta de diálogo e consequente informação a terceiros resulta, não poucas vezes, a destruição destes “bens” que vimos tratando, destruição tantas vezes inconsciente, nunca criminosa. 
Haverá quem não se aperceba que nos “sítios arqueológicos”, o arroteamento das terras para as plantações de arvoredo “mexe” com as coisas antigas por ali espalhadas? É que o velho arado não ia além dos 20 centímetros em profundidade, já as modernas máquinas vão bem mais fundo.
Afinal, os sonhos são mais que um. Também sonhamos ver criar em Nisa, o Museu de Arqueologia. Se daqui a um ano, dez ou vinte, não sabemos. Mas que vai haver Museu, vai.
É uma questão de tempo, pois material disponível existe e até “dá para dois”, como opinam os eruditos na matéria.

João Francisco Lopes in "Jornal de Nisa" nº 213 -  23 de Agosto 2006

Notas
(1) – Sítio de Nossa Senhora da Graç
Legendas para as fotos
1 – Fivela de cinturão visigodo
2 – Peças diversas
3 – Galo de bronze

HUMOR EM TEMPO DE CÓLERA

 

O primeiro - Cartoon de Henrique Monteiro in https://henricartoon.blogs.sapo.pt

PONTE DE SOR - Apreensão de arma de fogo por violência doméstica

O Comando Territorial de Portalegre, através do Posto Territorial de Ponte de Sor, no dia 23 de janeiro, apreendeu uma arma de caça no âmbito de um processo por violência doméstica, em Ponte de Sor.
Na sequência de uma denúncia de que duas mulheres de 22 e 44 anos estariam a ser ameaçadas, os militares da Guarda deslocaram-se de imediato à residência e, no decorrer das diligências policiais, verificaram que o suspeito, um homem de 52 anos, estava a coagir as vítimas com recurso a uma arma de fogo, motivos que levaram à sua detenção e à apreensão da arma e de 545 cartuchos de calibre 12.
O detido foi constituído arguido, e os factos foram remetidos ao Tribunal Judicial de Ponte de Sor.

Terminou a 1.ª fase de vacinação contra a Covid-19 nos lares de Vila Velha de Ródão

A primeira fase da operação de vacinação de utentes e funcionários das Estruturas Residenciais para Pessoas Idosas do concelho de Vila Velha de Ródão terminou na passada sexta-feira, 22 de janeiro. O processo foi conduzido pela Unidade de Saúde Local de Castelo Branco e abrangeu todas as instituições do concelho, visto não se verificarem surtos ativos em nenhuma à data da vacinação.
Esta campanha de vacinação decorreu entre 20 e 22 de janeiro e abrangeu os utentes e funcionários da Sociedade Filarmónica de Educação e Beneficência Fratelense, da Santa Casa da Misericórdia de Vila Velha de Ródão, do Repouso Hotel e do Aldeamento do Idoso (Sarnadas de Ródão) que reuniam as condições e aceitaram ser vacinados.
Para o presidente do Município de Vila Velha de Ródão, Luís Pereira, “este era um momento aguardado por todos com muita expetativa e que vem deixar os responsáveis pelas instituições, assim como os seus funcionários, utentes e familiares, muito mais tranquilos. Ainda assim, é importante manter todas as medidas preventivas para evitar a disseminação da Covid-19, já que apenas após a toma da segunda dose da vacina se espera poder alcançar a imunidade e estamos perante uma população particularmente vulnerável”.

GNR nas Missões FRONTEX 2020 – Balanço

A Guarda Nacional Republicana (GNR) empenhou, desde 2007 até 2020, mais de 800 militares em diversas operações combinadas da Agência Europeia de Fronteira e Guarda Costeira (FRONTEX), que visaram prevenir, detetar e reprimir casos de imigração ilegal, tráfico de seres humanos e outros crimes fronteiriços, contribuindo, fundamentalmente, para a salvaguarda de vidas humanas.
Só no ano de 2020, provenientes de diversas valências policiais, foram destacados 114 militares da Guarda por toda a Europa, entre os quais 18 peritos designados como seconded Team Members (sTM), em países como a Bulgária, Croácia, Espanha, Grécia, Hungria, Itália e Polónia, que desempenharam inúmeras missões e tarefas na FRONTEX, tais como:
* Vigilância da fronteira externa da União Europeia e operações de busca e salvamento, onde se inclui:
* Vigilância marítima e operações de busca e salvamento, com a utilização de embarcações;
* Vigilância terrestre e apoio ao controlo das fronteiras, através de binómios cinotécnicos e de patrulhamento com recurso a veículos todo-o-terreno, dotados de câmaras de visão térmica (Thermo Vision Vehicle) e de sistemas de vigilância e deteção através de radar e de câmaras diurnas e noturnas, de alta resolução e alcance (Posto de Observação Móvel);    
* Deteção de crimes graves com dimensão transfronteiriça, incluindo tráfico de migrantes, tráfico de seres humanos e terrorismo;
* Investigação criminal, através de diversos militares, com formação na área, desempenhando tarefas de tratamento de dados pessoais, para efeitos de registo e asilo de migrantes, verificação e controlo de viaturas suspeitas em zonas de fronteira e processamento de informação policial e criminal.
Durante o ano de 2020, destacam-se ainda os seguintes grandes números:
* 1 382 patrulhas realizadas;
* Mais de 10 500 horas de empenhamento;
* Cerca de 89 mil quilómetros (em terra) e 9 200 milhas náuticas (no mar) percorridos;
* Cerca de mil migrantes auxiliados, dos quais 473 foram resgatados de seis embarcações intercetadas;
* Mais de 6 300 veículos fiscalizados;
* Cerca de 7 100 pessoas controladas, tendo sido impedidas 13 entradas ilegais no espaço Schengen.
Hoje, dia 27 de janeiro, inicia-se o ano operacional de 2021, encontrando-se previstas 16 operações FRONTEX com missões e tarefas distintas, tendo já sido destacados 30 militares da Guarda para integrar a Operação “Poseidon Sea 2021” na Grécia para iniciar funções nesta mesma data. A participação da Guarda em Operações deste tipo no presente ano merece um especial destaque, tendo em conta que Portugal assumiu, pela quarta vez, a Presidência Portuguesa da União Europeia (PPUE).


VILA VIÇOSA: Exposição virtual "Ars Marmoris"

 

A exposição virtual «ARS MARMORIS – Equipamentos da Arquitectura religiosa no Alto Alentejo» vai estar disponível de 1 de fevereiro a 15 de março de 2021, no Portal do Património e História da Indústria dos Mármores:
https://www.marmore-cechap.pt/
Esta exposição enquadra-se no âmbito do estudo Património e História da Indústria dos Mármores (PHIM) – 3.a Fase, dando continuidade às 2.a e 1.a fases, apoiadas, respetivamente, pelos programas Alentejo 2020 e InAlentejo, sob o quadro comunitário anterior.
O PHIM é desenvolvido pelo Centro de Estudos de Cultura, História, Artes e Patrimónios, com sede em Vila Viçosa, tendo como objetivo principal estudar e promover o produto endógeno - mármores do Anticlinal Alentejano, como valorização do património cultural, arquitetónico, paisagístico, industrial e histórico da região, recorrendo a abordagens inovadoras e a várias ferramentas de comunicação para atrair e sensibilizar novos públicos.

25.1.21

HUMOR EM TEMPO DE CÓLERA

 

Brigada do batom vermelho | cartoon editorial da revista Sábado.
Cartoon de Vasco Gargalo

Porto inaugura o primeiro Museu do Holocausto na Península Ibérica

O Museu do Holocausto do Porto, criado pela Comunidade Judaica do Porto (CIP/CJP), retrata a vida judaica antes do Holocausto, o Nazismo, a expansão nazi na Europa, os Guetos, os refugiados, os campos de Concentração, de Trabalho e de Extermínio, a Solução Final, as Marchas da Morte, a Libertação, a População Judaica no Pós-Guerra, a Fundação do Estado de Israel, Vencer ou morrer de fome, Os Justos entre as Nações.
A inauguração está marcada para dia 20, com uma cerimónia mais reservada e sentimental, liderada por Dias Ben Zion, Presidente da Comunidade Judaica do Porto, e Rui Moreira, Presidente da Câmara Municipal do Porto, que contará com a presença dos embaixadores das potências envolvidas na Segunda Guerra Mundial e de Israel, assim como de Karel Fracapane (especialista do programa do Holocausto da UNESCO), do Embaixador Luíz Barreiros (Chefe da Delegação de Portugal à IHRA - Aliança Internacional Memória do Holocausto), de Marta Santos País (Comissária do Projeto Nunca Esquecer - Programa Nacional em torno da Memória do Holocausto), do Bispo do Porto e do Presidente da Comunidade Muçulmana da cidade. O Governo far-se-á representar pelo Secretário de Estado da Cultura.

Neste novo Museu os visitantes terão oportunidade de visitar a reprodução dos dormitórios de Auschwitz, assim como uma sala de nomes, um memorial da chama, cinema, sala de conferências, centro de estudos, corredores com a narrativa completa e, à imagem do Museu de Washington, fotografias e ecrãs exibindo filmes reais sobre o antes, o durante e o depois da tragédia.
Antevendo regras legais mais apertadas em termos de saúde pública, a CIP/CJP já requereu autorização à Direção Geral de Saúde para a realização deste evento, em ambiente controlado, com um total de trinta pessoas, tendo em conta a relevância política do mesmo e a sua curta duração (50 minutos) num espaço de 500 m2 que possui plano de contingência para o Covid-19.
No dia 27 de janeiro, para celebrar o Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto, o Museu será visitado por alunos de escolas da região do Porto. “Importa ensinar o Holocausto em Portugal. Na escola, eu e o meu irmão éramos os únicos judeus. O tema nunca era abordado nem ensinado, e poucos sabiam o que tinha sido o Holocausto”, disse Dara Jeffries, do Conselho Fiscal da CIP/CJP.
Tutelado por membros da Comunidade Judaica do Porto cujos pais, avós e familiares foram vítimas do Holocausto, o Museu do Holocausto no Porto desenvolverá parcerias de cooperação com museus do Holocausto em Moscovo, Hong Kong, Estados Unidos e Europa, contribuindo para uma memória que não pode ser apagada.

Charles Kaufman, Presidente da organização de direitos humanos B'nai B'rith International, sublinha o importante papel do novo Museu: “Este impressionante Museu do Holocausto é um testemunho da herança e resiliência judaicas. Que ele sirva de farol para Portugal e para o resto da Europa”.
O curador do Museu do Holocausto do Porto, o museólogo Hugo Vaz, afirma que "São esperados cerca de 10 mil alunos por ano, o mesmo número que, antes da pandemia, costumava visitar a Sinagoga."
O Museu do Holocausto do Porto investe no ensino, na formação profissional de educadores, bem como na promoção de exposições, encorajando e apoiando a investigação. Através do Museu, o membro da comunidade Jonathan Lackman deseja seguir, no Porto, o papel que os avós tiveram nos EUA para a preservação da memória do Holocausto: “O meu avô fugiu de Treblinka e a minha avó foi resgatada com tifo do campo de Bergen-Belsen, no norte da Alemanha, onde faleceu Anne Frank. Contarei sempre a história deles.”
“A construção do Museu do Holocausto no Porto contou com um donativo substancial de uma família sefardita portuguesa do Sudeste da Ásia que foi vítima de um campo de concentração japonês durante a Segunda Guerra Mundial” revela o tesoureiro da CIP/CJP Michael Rothwell, ele próprio descendente de vítimas do Holocausto. "Os meus avós eram bons patriotas alemães – os meus tios-avós deram mesmo a vida pela Pátria na Primeira Guerra Mundial – e amavam um país que também era deles. Com o nazismo, viram-se acusados de estrangeiros indesejados, foram transportados como gado para Auschwitz, separados um do outro, alvos de todas as violências e ali morreram assassinados".

Em 2013, a Comunidade Judaica do Porto partilhou com o Museu do Holocausto de Washington todos os seus arquivos referentes a refugiados que passaram pela cidade portuense. Estes arquivos, agora regressados à cidade Invicta, incluem documentos oficiais, testemunhos, cartas e centenas de fichas individuais. No Museu estão ainda expostos dois Sifrei Torá (rolos da Torá) oferecidos à sinagoga do Porto por refugiados que estiveram chegaram à cidade com as suas vidas desfeitas.

PORTALEGRE: Assinado o auto de consignação para o Skate Park no Jardim da Corredoura

 


A presidente da Câmara Municipal de Portalegre, Adelaide Teixeira assinou, no dia 22 de janeiro, com a empresa Apskateramps, o auto de consignação para a criação de um Skate Park, no Jardim da Corredoura.
Os equipamentos a serem construídos neste Skate Park não serão para uso exclusivo dos praticantes desta modalidade, podendo vir a ser também utilizados por bikers e rollerbladers, destinando-se o Skate Park não apenas à prática de skate, como também à de BMX e patins.
Esta intervenção vem ao encontro de uma necessidade há muito tempo identificada pelo Município, numa faixa etária mais jovem, de forma a criar um espaço ao ar livre, seguro e com todas as condições, para a prática de um desporto em franco desenvolvimento no nosso país e no mundo, e que irá inclusive ser modalidade olímpica nos próximos Jogos, em Tóquio 2021.
Adelaide Teixeira considera que esta obra “irá dinamizar e tornar o Jardim da Corredoura um lugar ainda mais atrativo, para o público mais jovem, acrescentando outro espaço de lazer a este local icónico da nossa cidade, ao que se seguirão mais intervenções noutros locais do concelho, sempre tendo em conta as necessidades da população e, neste caso, os praticantes de uma modalidade com muita popularidade”.
A empreitada terá o valor de 37.600€ (a que acresce IVA à taxa legal em vigor) e um prazo de execução de 90 dias.

24.1.21

Poluição no rio Tejo: crime ambiental está há três anos sem culpados


O Ministério do Ambiente formalizou queixa-crime ao Ministério Público aquando do surgimento do manto de espuma branca no rio Tejo e a ProTEJO fez denúncia, mas ainda não há respostas sobre a responsabilidade da poluição. 
Segundo apurou o Jornal de Notícias(link is external) (JN), as duas queixas foram compiladas no mesmo processo, que neste momento ainda se encontra “em fase de inquérito, sujeito a segredo de Justiça”, de acordo com informações que têm como fonte a Procuradoria-Geral da República (PGR).
Nas primeiras investigações ao desastre ambiental de 24 de janeiro de 2018 na zona de Abrantes, não terá sido possível confirmar a origem em descargas ilegais. Apesar disso, de acordo com o JN, em relatórios das autoridades nos dois anos anteriores, eram sempre apontadas como responsáveis as empresas Celtejo e Centroliva, ambas instaladas em Vila Velha de Ródão, no distrito de Castelo Branco, como “contribuintes significativas para as ocorrências de poluição no troço superior do Tejo”.
Por exemplo, em novembro de 2017, a ProTEJO já tinha apresentado uma outra queixa por poluição, onde apontava as duas empresas como suspeitas. O processo teve uma acusação deduzida contra a Centroliva, o seu presidente e vice-presidente, no entanto os arguidos pediram a abertura de instrução, o que resultou num despacho de não pronúncia. O Ministério Público recorreu da decisão instrutória e a ação corre agora termos no Tribunal da Relação de Coimbra, informou a PGR à agência Lusa.
Para Paulo Constantino, porta-voz do ProTEJO, em declarações ao JN, “é triste” não ter havido ainda uma decisão judicial em relação ao crime que ocorreu há três anos e transformou o rio num cenário “dantesco”. Na sua opinião, os responsáveis pelo “incidente de extrema poluição” deviam ser “inequivocamente identificados” e sancionados.
Segundo o JN, o Ministério do Ambiente já assegurou ter reforçado a monitorização e está a preparar a implementação de um sistema de gestão inteligente, no entanto os episódios poluentes no rio Tejo têm continuado.
Artigo de Interior do Avesso - 23 de Janeiro, 2021 
NOTAS
Foto1 - Paulo Cunha / LUSA
Foto 2 - Arlindo Marques

OPINIÃO: A pobreza que nos esmaga

A COVID não tem culpa nesta pobreza evidente. A doença, a falta endémica de recursos, o empobrecimento que ganha terreno, as desigualdades: um cenário obrigados a vencer.
A persistência e alastramento da COVID 19 revela situações que sabíamos existir mas que não estavam tão à vista como acontece agora. Não há novidades no género mas na quantidade e profundidade. A situação com os mais velhos, institucionalizados em lares, é aquela que mais nos choca: uma população mais frágil, com menos hipóteses de escapar ou de se defender perante um vírus que encontra nos lares um habitat privilegiado para se propagar, mas alternativas não as há. A COVID veio destapar as nossas enormes fragilidades como sociedade. A pobreza em todo o seu esplendor. A fome que insidiosa alastra, muitas vezes envergonhada; ou uma alimentação errada como solução para iludir a fome; a distribuição de bens alimentares que aumenta como não há memória; as habitações exíguas para agregados familiares de três ou quatro pessoas, habitações sem condições de habitabilidade construídas sem atender a parâmetros de qualidade convidando à humidade e ao frio, já para não referir as “casas” em bairros de lata, cobertas com chapas de zinco, sem esgotos ou água corrente; a procura reduzida dos serviços de saúde ou da aquisição de medicamentos, tudo por falta de dinheiro. Que a COVID estava a funcionar como uma espoleta nos lares tínhamos referido há uns meses (Uma espoleta chamada covid-19, Esquerda.net, 13 Out 2020) mas toda esta extensão, afectando o todo da sociedade em tantas vertentes, é absolutamente catastrófico. Em artigo publicado há uns dias (Sindemia: factores de risco e desigualdades na pandemia, Le Monde Diplomatique(link is external), Janeiro 2021) Isabel do Carmo faz uma análise pormenorizada e fundamentada das questões socioeconómicas que a COVID envolve. Não refere tanto os lares, debruça-se preferencialmente sobre as questões da alimentação e nutrição e também sobre as doenças inerentes. E explica como uma clareza indiscutível como tudo se relaciona, como entre classes sociais e factores de risco existe uma interdependência inegável, como tudo se desenvolve num ambiente sindémico e como este agrava as desigualdades socioeconómicas pre-existentes à COVID. Qualquer opção dirigida em exclusivo para o combate à COVID fica aquém das nossas necessidades. Matará o vírus mas não as desigualdades, pelo contrário, agora agravadas. É injusto e irrealista lançar todas as culpas sobre a COVID, servirá para nos distrair, mas depois da COVID ficaremos a braços com tudo o resto, uma sociedade escaqueirada, à espera de uma intervenção capaz de ultrapassar todas as carências entretanto reveladas cruamente. A solução não passará apenas pela bazuca financeira prometida pela Europa, a sua execução, as escolhas que definirão a sua distribuição vão constituir dificuldade maior a exigir rigor e seriedade. Ou seja, uma vez a COVID vencida fica a faltar tudo o resto.
A questão, portanto, não é a COVID mas o que a COVID nos atirou à cara, não nos permitindo desculpas ou alibis para assobiar para o lado. Iremos ficar com sequelas no post-COVID do ponto de vista da saúde; resta saber se as consequências socioeconómicas não serão bem mais pesadas a acreditar naqueles que afirmam que esta crise ultrapassará em gravidade a que vivemos entre 2008-2015. Não são apenas os cerca de 2 milhões de portugueses com pensões muito baixas mas todos os outros que têm salários miseráveis, um universo que tem vindo a aumentar de forma vertiginosa e assustadora; são os empregos que não voltam; os estudantes que ficam pelo caminho; as estruturas que ficaram arruinadas e cuja recuperação é altamente duvidosa nomeadamente no sector da cultura. E também todos aqueles que se sentem impotentes para a reconstrução depois de tantos anos, propostas, alternativas as mais das vezes sem sucesso. Com urgência há que vencer a COVID enquanto tentamos reunir ânimo, identificar competências e saberes para enfrentar e recuperar o que, debaixo dos nossos narizes, se desmembra.
Uns dias atrás nos EUA, depois de anos desesperados, acendeu-se uma luz ao fundo do túnel com a tomada de posse de Joe Biden. Na cerimónia, The hill we climb(link is external) um poema, ou espiritual, cheio de força e esperança de Amanda Gorman dito pela própria, brilhante, com alegria e confiança contagiantes terminava lançando um apelo de resiliência aos seus compatriotas. Porque na força daquelas palavras reside universalidade, transcrevo os últimos três versos: For there is always light,/if only we' re brave enough to see it./If only we're brave enough to be it. Nos Estados Unidos sim mas aqui, também.
Maria Luísa Cabral in www.esquerda.net - 23/1/2021

19.1.21

HUMOR EM TEMPO DE CÓLERA

 

O engarrafamento - Cartoon de Henrique Monteiro in https://henricartoon.blogs.sapo.pt

OPINIÃO: É a minha Candidata!

Portugal é governado por um regime democrático, semipresidencialista e de preponderância parlamentar; por muito que custe a um dos candidatos às presidenciais, sequioso de rasgar a Constituição e mutilar a democracia, atribuindo mais poderes ao Presidente com uma quarta república à francesa, mas de extrema direita. Pretende-se que o Presidente da República seja um árbitro, um moderador e que represente de forma categórica todos os portugueses.
Nesta campanha eleitoral assistimos a vários debates e não é difícil perceber quem quer salvaguardar condições humanitárias e básicas de vida para todos e quem aposta no interesse do lucro dos privados e na manutenção de leis laborais impostas pela troika. Exemplo disso é o candidato André Ventura ao estilo arrogante e brigão de Trump, que bate nos mais fracos e nada diz dos mais fortes, que roubam e a quem já ajudou na fuga aos impostos.
Ventura, o arauto da ditadura dos “portugueses de bem”, mal soube das suas candidaturas, apelidou a candidatura de Ana Gomes de “candidata cigana” e da eurodeputada Marisa Matias como “a candidatura marijuana”. Nos debates, berrou com João Ferreira à moda dos debates televisivos sobre futebol e sossegou-se com o desatinado e bem-disposto Tino de Rans. Levou uma lição de Tiago Mayan Gonçalves e provou, perante Marisa Matias e Ana Gomes, que está do lado dos poderosos e que, não respondendo a nada, apenas lhe interessa descriminar. Marcelo continua igual e calculista na defesa dos interesses instalados. Por isso tem sido a salvaguarda do governo PS, quando se inclina à direita. Com Marcelo Rebelo de Sousa, Ventura ficou nas covas, porque o experiente Marcelo não entrou no campo do lamaçal em que o embuste Ventura tão bem se dá como falso antissistema.
Mas muita gente está cega e surda e, ainda votam em fraudes como aconteceu com Bolsonaro e Trump, apoiados por André Ventura. O pior é que essa cegueira não impede de assistirmos a episódios lamentáveis, como a invasão ao Capitólio, acicatada pelo já considerado, o pior presidente de sempre. Ainda assim, Bolsonaro insiste em defender Trump e está visto, que neste tipo de políticos não há volta a dar. Pior ainda, é que sofrem e morrem muitas pessoas, vítimas das ideias loucas deste tipo de gente. O maior perigo da normalização da extrema direita, resulta no radicalismo que ataca a democracia. Por isso não podemos vacilar perante a ameaça.

Neste cenário preocupante com a escalada da COVID e com novo confinamento, os portugueses vão ser chamados a eleger o próximo Presidente da República em plena calamidade sanitária. Se o cenário das eleições já é preocupante, muitas pessoas perguntaram-se como foi possível o C.N.E. incentivar os idosos a saírem dos lares para irem votar, adiantando ainda, que não precisavam de fazer quarentena (08-01-2021). Felizmente tal disparate já foi retificado. Já o boletim de voto não foi retificado, com um candidato que não o é. Isto revela a leviandade que paira em muitos cargos de responsabilidade, muitas vezes sem consequências.
É caso para dizer que a pandemia está a atacar a consciência de algumas pessoas. E por falar em consciência, é por falta dela e de medidas assertivas, que entramos em novo confinamento. Com culpa ou sem culpa a “fava” saiu a todos… No debate para as presidenciais, ainda assistimos à dialética entre garantir o negócio da saúde privada, ou reforçar o Serviço Nacional de Saúde; hoje não há dúvida, sem um SNS forte não temos saúde para todos.
Já não temos a Maria de Lurdes Pintassilgo, mas temos outras duas grandes mulheres candidatas. Das duas, Marisa Matias, no distrito de Portalegre, participou na luta para impedir a exploração de urânio em Nisa e para impedir a construção de uma refinaria em Tierra de Barros (Balboa) perto de Badajoz, com sucesso. Marisa Matias, fez muito por este distrito, pelo país, pela Europa, onde se destacou com elogios da esquerda à direita, com as novas regras para proteger os doentes de medicamentos falsificados. Pisou palcos difíceis no mundo, no sentido de encontrar respostas para situações dramáticas. Defende um país honesto e progressista nos valores humanos, como foi exemplo a criação do estatuto dos cuidadores informais, na defesa dos serviços públicos, da igualdade de género e no combate à discriminação. Por tudo isto e porque é de confiança, Marisa é a minha candidata.
Paulo Cardoso - Programa "Desabafos" / Rádio Portalegre - 15/1/2021

CONCELHO DE NISA: Boletim Epidemiológico - 19 de Janeiro 2021

 

CONCELHO DE NISA: Boletim Epidemiológico - COVID 19 
19 de Janeiro 2021 - Dados com INCLUSÃO dos 36 casos positivos resultantes dos testes realizados pelo Município de Nisa (8 de Janeiro)

CONCELHO DE NISA: Boletim Epidemiológico - COVID 19 
19 de Janeiro 2021 - Dados da ULSNA e do MUNICÍPIO DE NISA

OPINIÃO: Votar sem medo

Há muito que um ato eleitoral havia deixado de ser sinónimo de longas filas de gente à espera para votar. Há muito que um dia de eleições tinha deixado de ser especial, uma espécie de festa, de comemoração pelo direito de democraticamente podermos escolher quem nos representa.
Quando, ontem, a caminho do trabalho, entrei na Rua de Damião de Góis, no Porto, a primeira reação foi de espanto. "Que é isto, os portugueses não têm remédio!" - achava eu, de repente, que parte da cidade tinha saído à rua para apanhar sol. Nada disso, a fila a dar várias voltas, seguia em direção ao Centro Cultural e Desportivo dos Trabalhadores da Câmara Municipal do Porto, onde funcionava, na cidade, a assembleia de voto antecipado.
E onde muitos viram o caos, eu vi pessoas a votar, apesar da situação sanitária muito grave que estamos a viver. E apesar de a expectativa de alguns ter sido defraudada, estariam à espera de não se cruzarem com muitas pessoas, e de em certas situações o distanciamento não ter sido respeitado, a nota dominante é de grande normalidade e segurança. Cumpriram o seu direito cívico, demorando mais tempo, é certo, na fila, como se pôde ver nas imagens divulgadas ao longo do dia.
Quando se espera destas eleições presidenciais uma abstenção recorde, o dia de ontem foi um sinal de que existem muitos portugueses a combater a indiferença, mesmo em ambiente de pandemia - que regista em Portugal números deveras preocupantes. Espera-se que esta afluência registada junto às assembleias de voto, em vez de fazer pensar que afinal pode ser perigoso ir votar, devido ao número elevado de pessoas, sirva para os responsáveis da Comissão Nacional de Eleições corrigir os erros. Assim sendo, a situação sanitária não poderá ser usada como pretexto para se ficar em casa, deixando-se de exercer um direito, tantas vezes desperdiçado.
Paula Ferreira in Jornal de Notícias - 18/1/2021

COISAS DA CORTE DAS AREIAS (19): À descoberta do Património de Nisa (I)


Percursos Pedestres: um Guia por completar!
A edição de uma qualquer obra literária ou simples manuscrito, é sempre uma acção positiva e de louvar se a finalidade for preservar, oferecer ao presente e legar ao futuro algo com interesse para o concelho de Nisa ou seus habitantes.
Um bom exemplo é toda aquela vasta e valiosa colectânea literária exposta na Biblioteca Municipal, cerca de trinta títulos, quase todos eles de autoria de nisenses e que têm em comum, nos variados temas abordados, fruto de vivências, muito trabalho e experiência adquirida, a necessidade sentida de transmitir e partilhar o saber herdado.
Mas, também, nesta temática, há que ter cuidado, iniciada uma qualquer “caminhada” há que seguir em frente e terminá-la, retroceder ou parar pode não ser bom, inadequado, injusto até.
Uma edição verdadeiramente interessante e bem útil foi o “Guia de Percursos Pedestres” de Nisa, promovida pelo actual executivo camarário, vão quase cinco anos (2005).Mas, e não poucas vezes há sempre um “mas”, se nada há a opor no aspecto gráfico, já no conteúdo informativo nos parece haver falta de moderação, que vai sendo um vício por todo o lado, mas pior, bem pior, são as omissões ao quão de importante temos por ali, no espaço já contemplado pelos “Guias”, que nada ajudam o “turismo” que se vai invocando quase diariamente. Descuido? Outra razão? Ultrapassa-nos. Direitos de autor por certo não lhes seriam exigidos.
Não é correcto, por injusto, deixar o trabalho a meio, com as consequências negativas que daí advêm, divulgando uma fracção apenas do todo que é o concelho de Nisa. Cinco anos volvidos é tempo de completar a “caminhada”, promovendo a edição dos documentos ainda em falta, referenciando todo o valioso património ocultado.
Observe o leitor um qualquer mapa do concelho de Nisa e experimente traçar uma linha ligando o Percurso nº 1 (Trilhos de Jans – Amieira do Tejo) ao Percurso nº8 ( Trilhos do Moinho Branco – Montalvão).
Por certo vai constatar o seguinte: naquele espaço, a Norte, estão lá todos os “Percursos” editados (8), nada havendo que contemplar a Sul, espaço mais amplo, divulgando o valioso património existente e visível por aí.
As freguesias do Espírito Santo, Nossa Senhora da Graça, Arez, S. Matias, Tolosa e Alpalhão, têm um acervo patrimonial e paisagístico de grande importância, onde se vêem em quantidade, igrejas e ermidas, passadeiras nos ribeiros e também moinhos, pontes e fontes, furdões e barragens, antas, menires, sepulturas nas rochas e vias muito, muito antigas, de antes da nacionalidade portuguesa.
Vias por onde transitaram e transitam ainda tantos povos nossos parentes, fossem eles lusitanos, romanos ou sarracenos, peregrinos em romagem ou simples caminhantes de agora.
Bem, depois há a história dos sítios, das vilas e das aldeias, que não consta lá e é riquíssima, como é até mesmo aquelas que lá constam, nos Percursos já editados.
Mãos à obra, termine-se a “caminhada” iniciada, dando a todas as freguesias do concelho, sobre a forma de “Percursos”, a importância patrimonial e histórica que, efectivamente, têm.
Mais do que uma necessidade é um acto de justiça.
João Francisco Lopes in "O Distrito de Portalegre" - 2/7/2009

18.1.21

CONCELHO DE NISA: Boletim Epidemiológico Covid-19 - 18 Janeiro

 

CONCELHO DE NISA: Boletim Epidemiológico - COVID 19 
18 de Janeiro 2021 - Dados com INCLUSÃO dos 36 casos positivos resultantes dos testes realizados pelo Município de Nisa (8 de Janeiro)
NOTA: Mantém-se os mesmos valores de ontem (17 Janeiro)


CONCELHO DE NISA: Boletim Epidemiológico - COVID 19 
18 de Janeiro 2021 - Dados da ULSNA e do MUNICÍPIO DE NISA
NOTA: Mantém-se os mesmos valores de ontem (17 Janeiro)

OPINIÃO: Lábios anti fascistas e anti machistas

 

Verme que é verme gosta de rastejar no lodo e cuspir lama para chamar à atenção. É um truque tão patético quanto antigo, que deixa sempre na dúvida quem está fora do charco. Devemos ou não dar atenção? Resulta melhor ignorar e esperar que passe, ou ouvir, rebater e desmontar? Não creio que exista uma só resposta para os diferentes casos. Há barbaridades que são só mesmo para ignorar – por todos, incluindo a comunicação social que não pode pôr-lhe sempre um megafone à frente da boca – mas em muitos casos, é importante não ignorar e responder. Pode ser com factos, pode ser com o desmanchar de narrativas falsas. E também pode ser com solidariedade e amor, numa resposta de elevação democrática. 
Foi o que vimos nestes dias. Queriam luta no lamaçal, mas fez-se antes sol no jardim. Em solidariedade com Marisa Matias, milhares e milhares de pessoas pintaram os lábios de vermelho. E não foi só sobre a Marisa, foi sobre todas as mulheres. E foi sobretudo sobre as mulheres, mas foi também sobre os homens, as crianças, a liberdade e a democracia.
Que bonito foi, que reconfortante está a ser. Mas é também triste que tenha que ter acontecido, que tenhamos que fazer manifestações antifascistas, que tenhamos que estar todos os dias a discutir a importância da democracia por esta não estar assegurada, quando temos – em democracia – tantas outras coisas para resolver.
Pode ficar ainda no ar a dúvida sobre se uma resposta tão contundente e generalizada não terá sido dar-lhe importância a mais. Neste caso não acho, de todo. Quero até acreditar que poderá ter levado muita gente a perceber a importância de votar nestas presidenciais, ao perceber que além da importância a estas imanente, há mais, muito mais, para além disso.
Não nos iludamos, com qualquer candidato ou partido democrático, há ainda um longo caminho a percorrer contra a misoginia, o racismo, a homofobia, o capacitismo, o classismo, ou qualquer outra divisão discriminatória e de desigualdade. Mas é em democracia que o faremos, e não n fascismo, se queremos sequer sonhar com igualdade e liberdade.
A união de lábios vermelhos anti fascistas e anti machistas está a ser muito bonita, mas não adianta de nada se não formos votar em defesa da democracia.
Diogo Faro in MadreMedia - 17/1/2021

17.1.21

HUMOR EM TEMPO DE CÓLERA

 

O vómito | Cartoon editorial da revista Sábado - Cartoon de Vasco Gargalo


CONCELHO DE NISA: Boletim Epidemiológico - 17 de Janeiro

 

CONCELHO DE NISA: Boletim Epidemiológico - COVID 19 
17 de Janeiro 2021 - Dados com INCLUSÃO dos 36 casos positivos resultantes dos testes realizados pelo Município de Nisa (8 de Janeiro)

CONCELHO DE NISA: Boletim Epidemiológico - COVID 19 
17 de Janeiro 2021 - Dados da ULSNA e do MUNICÍPIO DE NISA


15.1.21

PORTALEGRE: Câmara sorteia cerca de 500 vouchers vencedores da campanha “Compro e Ganho no Comércio Local!"

 

No dia 15 de janeiro, pelas 14h00, no Centro de Congressos, a Câmara Municipal de Portalegre irá sortear os vouchers vencedores da campanha “Compro e Ganho no Comércio Local!”.
Os nomes dos vencedores poderão ser consultados, depois do sorteio, nas redes sociais da Câmara Municipal de Portalegre, e no site do município, em www.cm-portalegre.pt.
O Município adquiriu, a estabelecimentos de restauração e bebida do concelho que demonstraram interesse em aderir a esta campanha, vouchers de compras no valor de 25 euros, num investimento total de 15 mil euros.
Participaram neste concurso 75 estabelecimentos comerciais e 50 de restauração e bebidas e concorreram 50 mil clientes.
Todos os estabelecimentos aderentes estão devidamente identificados com um dístico referente à campanha “Compro e Ganho no Comércio Local”, podendo os vencedores utilizar os seus vouchers até dia 30 de junho de 2021.
Esta campanha, que decorreu entre os dias 1 de dezembro e 1 de janeiro de 2021, teve como principal motivação o reforço da necessidade de dinamizar e revitalizar a economia local num contexto de recuperação das dificuldades decorrentes da pandemia Covid-19, incentivando os portalegrenses a fazer as suas compras no comércio de proximidade do nosso concelho. Os clientes que fizeram as suas compras nas lojas aderentes, receberam um cupão por cada 10 euros em compras, que os habilita agora a ganhar um voucher de 25 euros.

CONCELHO DE NISA: Boletim Epidemiológico - Covid 19 - 15 Janeiro 2021


CONCELHO DE NISA: Boletim Epidemiológico - COVID 19 
15 de Janeiro 2021 - Dados com INCLUSÃO dos 36 casos positivos resultantes dos testes realizados pelo Município de Nisa (8 de Janeiro
CONCELHO DE NISA: Boletim Epidemiológico - COVID 19 
15 de Janeiro 2021 - Dados da ULSNA e do MUNICÍPIO DE NISA

Autarquia de Vila Velha de Ródão com orçamento de 11,5 milhões para 2021

A Assembleia Municipal de Vila Velha de Ródão, reunida no passado dia 18 de dezembro, na Casa de Artes e Cultura do Tejo, aprovou por maioria o orçamento da autarquia para o ano 2021, no valor de 11.505.000 €, o que representa um aumento de 8,90% relativamente ao ano anterior.
De acordo com a proposta de orçamento aprovada, para esta variação positiva contribuiu essencialmente a previsão de aumento da receita de capital decorrente da venda de 18 fogos habitacionais da Quinta da Torre Velha, um procedimento que se encontra em fase de conclusão e representou o maior investimento de sempre do município com recurso a fundos próprios, com o objetivo de reforçar a oferta do parque habitacional do concelho e dar resposta às crescentes solicitações por parte das famílias e jovens que nele se pretendem fixar.
“As Grandes Opções do Plano para 2021 foram assentes na situação de equilíbrio económico-financeiro em que o Município de Vila Velha de Ródão se encontra e refletem os condicionalismos advindos do contexto adverso gerado pela pandemia de Covid-19 e dos graves prejuízos que esta acarretou para a economia, procurando garantir a continuidade ao apoio à população, entidades e empresas do concelho e, ao mesmo tempo, tirar o máximo benefício das oportunidades de cofinanciamento criadas pelos quadros financeiros de apoio da União Europeia”, esclarece o presidente do Município de Vila Velha de Ródão, Luís Pereira.
Assim, para além da requalificação e ampliação do Centro de Interpretação de Arte Rupestre do Vale do Tejo, um projeto cuja finalização está prevista para 2021 e resultou de uma candidatura ao Programa Centro 2020, representando um investimento total de 725.358,00€, dos quais 493.125,68€ foram comparticipados em 85% pelo FEDER – Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional, este orçamento prevê um conjunto significativo de obras que resultam num investimento superior a um milhão de euro e têm como denominador comum a melhoria das condições de vida e da qualidade de prestação de serviços no concelho.
Ao nível dos serviços e modernização administrativa, destaca-se a nova Loja do Cidadão de Vila Velha de Ródão, um espaço que vai reunir num mesmo local diversos serviços – Instituto dos Registo e Notariado, Instituto da Segurança Social, Autoridade Tributária e Espaço Cidadão. Esta obra põe fim às barreiras arquitetónicas e liberta o espaço que os serviços ocupavam no edifício dos Paços do Concelho, tendo sido aprovada através de uma candidatura ao Centro 2020, com um valor elegível de 303.717,94€ e comparticipado em 85% através do FEDER – Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (257.114,75€).
Nesta área, o orçamento municipal contempla ainda a requalificação e ampliação do Posto Territorial da GNR, uma intervenção que representa um investimento de 830.000 €, a desenvolver no biénio 2021/2022, e visa a modernização das atuais instalações e a reorganização de todo o espaço interior, procurando dotar aquela infraestrutura com melhores condições de funcionamento e de conforto.   
Ao nível da educação, vai ser lançado um concurso para a requalificação da Escola EB 2,3 de Vila Velha de Ródão, uma obra que resulta num investimento plurianual de 831.000 € e visa a requalificação de toda a área ocupada pelo edifício principal, os módulos adjacentes, incluindo o pavilhão gimnodesportivo, procurando proporcionar aos alunos melhores condições de aprendizagem, e ser dada continuidade do Plano Inovador de Combate ao Insucesso Escolar e Promoção do Sucesso Escolar, um projeto que entra na sua 2.ª fase e tem contribuído para a melhoria dos níveis de insucesso escolar.
Por fim, vai ser construída uma Ligação Pedonal entre a Avenida da Bela Vista e o Largo do Cemitério, em Vila Velha de Ródão, uma intervenção que permite encurtar as distâncias entre duas importantes zonas da vila e era há muito reclamada pela população, tendo sido adjudicada em outubro de 2020 por 395.000 €, enquanto o antigo Lagas das Burras e o espaço envolvente, localizado na freguesia de Fratel, vai ser alvo de obras de requalificação, um projeto que representa um investimento de cerca de 100.000 €. Esta intervenção inclui a demolição das construções em avançado estado de degradação que existem no local e a criação de um espaço verde de lazer polivalente, que proporcione a estadia, a realização atividades culturais e ao ar livre e a promoção de encontros intergeracionais e familiares, resolvendo ao mesmo tempo as necessidades de estacionamento identificadas pelo município.
Este orçamento foi aprovado por maioria na última sessão da Assembleia Municipal de 2020, com os votos dos deputados dos PS e a com a abstenção dos deputados da coligação Novo Rumo. 


14.1.21

15.ª BDTECA - Concurso Nacional de Banda Desenhada de Odemira

A 15ª edição da BDTECA – Mostra de Banda Desenhada de Odemira decorre entre os meses de janeiro e março de 2021, na Biblioteca Municipal José Saramago, numa iniciativa promovida pelo Município de Odemira, em parceria com a Sopa dos Artistas – Associação Local de Artistas Plásticos. A BDTECA tem este ano a programação limitada devido à pandemia COVID-19, sendo o início marcado pela 15ª edição do Concurso Nacional de Banda Desenhada de Odemira. 
A fase de apresentação de trabalhos para o 15º Concurso Nacional de BD decorre até ao dia 19 de fevereiro de 2021, sendo dirigido a maiores de 16 anos. Os trabalhos têm tema livre e serão avaliados de acordo com a criatividade, originalidade e qualidade gráfica. O concurso tem como prémios 500,00€ para o 1º classificado, 250,00€ para o 2º e 125,00€ para o 3º lugar.
Os trabalhos devem ser originais, apresentados com o máximo de 4 pranchas, em língua portuguesa e em formato A3. Cada concorrente poderá concorrer com mais do que um trabalho, desde que enviados separadamente e com pseudónimos diferentes.
Os concorrentes devem enviar as BDs por correio até ao dia 19 de fevereiro de 2021, para a morada: Município de Odemira, Praça da República, 7630 - 139 Odemira. Os trabalhos realizados em suporte digital deverão ser enviados para o endereço electrónico biblioteca@cm-odemira.pt
As normas do 15º Concurso Nacional de Banda Desenhada de Odemira estão disponíveis em www.cm-odemira.pt

Fundação Oriente abre candidaturas para Bolsas de Estudo Anuais

 

Cursos de aperfeiçoamento de língua, Investigação e Doutoramento
Estão abertas as candidaturas às Bolsas de Estudo Anuais da Fundação Oriente que visam apoiar a frequência de cursos de aperfeiçoamento da língua e cultura portuguesas e de línguas orientais, bem como projetos de investigação e doutoramento, a portugueses e nacionais de países do Extremo Oriente. O prazo termina a 29 de Janeiro.
Estabelecido em 1988, o programa de Bolsas de Estudo é um dos elementos fundamentais da actuação da Fundação Oriente no domínio da formação, com os objectivos de incentivar a investigação nas áreas das Ciências Sociais e Humanas, em temas relacionados com o Extremo Oriente, o intercâmbio científico entre universidades e comunidades científicas portuguesas e orientais, o conhecimento e aperfeiçoamento da língua e da cultura portuguesas e das línguas e culturas orientais.
As bolsas têm a duração de um ano letivo, ou 12 meses para projetos de investigação e doutoramento, e estão incluídas todas as despesas de viagem. As candidaturas realizam-se online em foriente.pt. 

Reguengos de Monsaraz recebe próxima edição do Festival Andanças 2021

Evento vai realizar-se em Campinho, junto ao Grande Lago Alqueva
A Câmara Municipal de Reguengos de Monsaraz estabeleceu uma parceria com a Associação PédeXumbo para a realização do Festival Andanças no concelho, nomeadamente na aldeia de Campinho, junto ao Grande Lago Alqueva. A edição de 2021 do festival já está agendada para os dias 18 a 22 de agosto e vai decorrer no Parque de Eventos de Campinho e nas áreas adjacentes, onde serão instalados vários palcos, zonas para alimentação e bebidas, área de campismo e parques de estacionamento.
A autarquia e a organização pretendem que esta parceria permita a realização do festival durante muitos anos no concelho de Reguengos de Monsaraz. Nesta primeira edição em Campinho, o Andanças terá cinco dias de música, dança e outras atividades para todas as idades, pretendendo levar as iniciativas ao interior da aldeia e ao espaço natural junto ao lago.
O Festival Andanças teve início em 1996 e junta anualmente milhares de pessoas de todo o mundo num espírito de partilha, de encontro e de práticas sustentáveis. Neste festival promove-se a música e a dança popular enquanto meios privilegiados de aprendizagem e intercâmbio entre gerações, saberes e culturas.
No Andanças é possível aprender mais de meia centena de estilos de danças africanas, americanas e europeias, como as portuguesas, húngaras, balcânicas, bascas, belgas, mediterrânicas, catalãs e italianas. O festival assenta em quatro pilares, nomeadamente a dança e a música, voluntariado, comunidade e sustentabilidade.

12.1.21

CONCELHO DE NISA: Boletim Epidemiológico - 12 Janeiro 2021

Os "artifícios" dos números e do poder discricionário.
Como naqueles reclames de automóveis em que os valores a pagar aparecem quase invisíveis e a "correr" em rodapé, este Boletim Epidemiológico referente a 12 de Janeiro, tenta esconder aos leitores /visitantes menos atentos, os 36 casos positivos dos testes efectuados pela Câmara de Nisa aos seus funcionários. Assim onde está 150 DEVE ESTAR 186, o NÚMERO REAL DE CASOS ACTIVOS NO CONCELHO DE NISA. SÓ A VERDADE É RECTA! Lembra-se, senhora Presidente? 

Reuniões descentralizadas da Câmara Municipal de Ródão suspensas durante 2021

A Câmara Municipal de Vila Velha de Ródão decidiu suspender a realização, durante o ano de 2021, das reuniões descentralizadas nas freguesias do concelho, uma medida tomada tendo em conta o atual estado pandémico e a necessidade de adotar medidas de prevenção da disseminação da Covid-19.
De acordo com o despacho do presidente da Câmara Municipal de Vila Velha de Ródão, Luís Pereira, ratificado na reunião do executivo camarário de 8 de janeiro, “a realização de reuniões públicas descentralizadas, no contexto em que nos encontramos atualmente, iria contrariar o dever de colaboração no combate à pandemia do coronavírus, bem como obrigava à restrição do acesso às mesmas, contrariando, assim, o objetivo da realização deste tipo de reuniões, uma vez que não assegurava a livre participação de todos os eventuais interessados”.
As restantes reuniões da Câmara Municipal continuam a realizar-se quinzenalmente, no edifício dos Paços do Concelho, às sextas-feiras, pelas 10:00 horas, continuando a ser pública a primeira reunião de cada mês. Tendo em conta as contingências para a prevenção da Covid-19, os munícipes que pretendam assistir-se devem obrigatoriamente usar máscara de proteção e cumprir escrupulosamente as medidas de distanciamento social, conforme recomendação da Direção Geral de Saúde. 
Para mais informações sobre as reuniões da Câmara Municipal de Vila Velha de Ródão, os interessados devem consultar o site da autarquia (www.cm-vvrodao.pt/municipio/camara-municipal/reunioes-de-camara).