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11.10.21

Nisa afetada por algas invasoras do Rio Tejo provenientes de Espanha

 
O rio Tejo, na zona da fronteira entre Portugal e Espanha, tem registado o rápido crescimento de uma mancha verde, resultante da multiplicação de algas microscópicas. Segundo avança o CM, a mancha está localizada na albufeira da barragem de Cedillo, sendo que zona atingida compreende as margens do rio nos concelhos de Vila Velha de Ródão, Castelo Branco e Nisa.
Este acontecimento “deve-se à concentração elevada de nutrientes na albufeira, nomeadamente fósforo, condições de temperatura e luminosidade elevada, que agora se observam, bem como à menor dinâmica de caudais, que desde agosto se têm verificado”, refere  a Agência Portuguesa do Ambiente, destacando que há uma “diminuição da qualidade da água”.
“A poluição em Espanha resulta de escorrências para o Tejo de fertilizantes usados na agricultura e também das águas residuais”, refere o presidente da associação ambientalista Zero, Francisco Ferreira. Segundo o CM, o "movimento ambientalista proTEJO considera que o esvaziamento de duas barragens espanholas agravou este problema, sendo que o movimento  vai apresentar queixa à Comissão Europeia contra Portugal e Espanha por “má gestão” do rio Tejo. 
Fonte: CM


27.5.21

Vila Velha de Ródão denuncia início da atividade na central termoelétrica

A Câmara de Vila Velha de Ródão denunciou à Direção-Geral de Energia e Geologia o reinício da atividade da central termoelétrica da Bioenergy, mas a administração da empresa nega e fala em testes de manutenção.
Numa carta a que a agência Lusa teve hoje acesso, dirigida ao diretor-geral da Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG), o município de Vila Velha de Ródão, no distrito de Castelo Branco, refere que na sexta-feira, 21 de maio, verificou que a empresa "reiniciou a sua atividade normal e que à data de hoje [terça-feira] se encontra a laborar, situação que se constata pela libertação das emissões gasosas nos dois emissários que a empresa detém".
A autarquia pede ainda informação sobre o despacho da DGEG, emitido em 08 de março, que determinou a suspensão da atividade da empresa e quer saber se este "já não se encontra em vigor", e, em caso afirmativo, solicita informação sobre os "fundamentos da sua revogação".
A DGEG, através de um despacho de 08 de março, determinou "a suspensão dos efeitos da licença de exploração atribuída à central termoelétrica da Bioenergy - Sociedade de Produção de Energia, S.A. pelo prazo de sete meses a contar da data de notificação do despacho, que se converterá em revogação da licença caso a fiscalização a realizar ateste a manutenção de irregularidades".
O documento, assinado pelo diretor-geral João Bernardo, refere que "a suspensão poderá cessar antes do prazo fixado ou prolongar-se", caso "as medidas necessárias sejam adotadas antecipadamente ao prazo fixado ou caso seja necessário prorrogação daquele prazo para a respetiva adoção".
À Lusa, o administrador da central termoelétrica da Bioenergy disse que a empresa "está a realizar testes de manutenção".
"O equipamento está parado há cerca de 80 dias. É imenso tempo e é preciso fazer a sua manutenção", afirmou Nuno Carvalho.
Este responsável adiantou ainda que se encontra à espera de "luz verde" da DGEG para a central termoelétrica retomar o seu normal funcionamento.
Recentemente, a Comissão de Trabalhadores da central termoelétrica da Bioenergy manifestou a sua preocupação com a impossibilidade de a empresa laborar.
Numa carta dirigida ao diretor-geral da DGEG, os trabalhadores mostraram-se apreensivos com a impossibilidade da empresa "produzir energia, sua única fonte de rendimentos, o que deixa todos muito preocupados com a manutenção dos postos de trabalho".
"Infelizmente, não temos tido por parte das autoridades políticas locais e nacionais qualquer contacto, nem ouvimos da parte dos mesmos qualquer palavra de conforto ou sossego. Não sentimos qualquer preocupação com os trabalhadores da fábrica, com os nossos postos de trabalho e com as nossas famílias. Ao longo dos últimos tempos sentimo-nos completamente abandonados", lê-se na missiva.
Segundo a Comissão de Trabalhadores, na totalidade, dependem da empresa mais de 90 colaboradores diretos e todo o setor do azeite "será impedido de laborar", caso a empresa "não consiga operar com normalidade".

30.3.21

PORTALEGRE: GNR está a investigar origem de descargas poluentes na ribeira de Nisa

A GNR está investigar a origem de descargas poluentes que ocorreram domingo na ribeira de Nisa, junto à localidade de Vargem, no concelho de Portalegre.
Ao invés de transparente, “a água corria turva e esbranquiçada”, também no ribeiro de São Vicente, afluente da ribeira de Nisa.
Em declarações à Rádio Portalegre, o capitão André Machado, do Destacamento Territorial de Portalegre, indicou que a GNR foi alertada para a situação através de uma denúncia telefónica.
André Machado referiu que os militares da GNR deslocaram-se ao local recolhendo amostras de água, não sendo possível até agora identificar a origem das descargas.
O oficial adiantou que esta foi a primeira vez que receberam uma denúncia relativamente a descargas poluentes naqueles cursos de água, embora testemunhas no local tenham confidenciado às autoridades que a situação tem ocorrido com alguma frequência nos últimos tempos, sobretudo aos fins de semana.
Susana Mourato in Rádio Portalegre - 29/3/2021 

24.1.21

Poluição no rio Tejo: crime ambiental está há três anos sem culpados


O Ministério do Ambiente formalizou queixa-crime ao Ministério Público aquando do surgimento do manto de espuma branca no rio Tejo e a ProTEJO fez denúncia, mas ainda não há respostas sobre a responsabilidade da poluição. 
Segundo apurou o Jornal de Notícias(link is external) (JN), as duas queixas foram compiladas no mesmo processo, que neste momento ainda se encontra “em fase de inquérito, sujeito a segredo de Justiça”, de acordo com informações que têm como fonte a Procuradoria-Geral da República (PGR).
Nas primeiras investigações ao desastre ambiental de 24 de janeiro de 2018 na zona de Abrantes, não terá sido possível confirmar a origem em descargas ilegais. Apesar disso, de acordo com o JN, em relatórios das autoridades nos dois anos anteriores, eram sempre apontadas como responsáveis as empresas Celtejo e Centroliva, ambas instaladas em Vila Velha de Ródão, no distrito de Castelo Branco, como “contribuintes significativas para as ocorrências de poluição no troço superior do Tejo”.
Por exemplo, em novembro de 2017, a ProTEJO já tinha apresentado uma outra queixa por poluição, onde apontava as duas empresas como suspeitas. O processo teve uma acusação deduzida contra a Centroliva, o seu presidente e vice-presidente, no entanto os arguidos pediram a abertura de instrução, o que resultou num despacho de não pronúncia. O Ministério Público recorreu da decisão instrutória e a ação corre agora termos no Tribunal da Relação de Coimbra, informou a PGR à agência Lusa.
Para Paulo Constantino, porta-voz do ProTEJO, em declarações ao JN, “é triste” não ter havido ainda uma decisão judicial em relação ao crime que ocorreu há três anos e transformou o rio num cenário “dantesco”. Na sua opinião, os responsáveis pelo “incidente de extrema poluição” deviam ser “inequivocamente identificados” e sancionados.
Segundo o JN, o Ministério do Ambiente já assegurou ter reforçado a monitorização e está a preparar a implementação de um sistema de gestão inteligente, no entanto os episódios poluentes no rio Tejo têm continuado.
Artigo de Interior do Avesso - 23 de Janeiro, 2021 
NOTAS
Foto1 - Paulo Cunha / LUSA
Foto 2 - Arlindo Marques

6.5.20

BE considera “inaceitável” proliferação de plantas aquáticas no Tejo Internacional

O Bloco de Esquerda (BE) considera “inaceitável” que fenómenos de proliferação descontrolada de plantas exóticas invasoras ocorram com cada vez mais regularidade no rio Tejo e seus afluentes.
Numa pergunta dirigida ao ministro do Ambiente e da Ação Climática, a que a agência Lusa teve acesso, os deputados Maria Manuel Rola, José Maria Cardoso, Fabíola Cardoso e Nelson Peralta referem que uma “mancha densa de Azolla” cobriu por dezenas de quilómetros a superfície do rio Tejo e seus afluentes no Parque Natural do Tejo Internacional, junto à albufeira de Cedillo, situada na fronteira entre Portugal e a Comunidade Autónoma da Extremadura (Espanha).
Os deputados sublinham que a qualidade da água, bem como as comunidades aquáticas e ripícolas de rios e ribeiras, “pode ser seriamente afetada por manchas de plantas exóticas e invasoras como as de Azolla”, que cobre a superfície das massas de água e impede a entrada de luz solar e esgota o oxigénio, “tornando a água anóxica e inóspita para os organismos aquáticos”.
“O Bloco de Esquerda considera inaceitável que fenómenos de proliferação descontrolada de plantas exóticas invasoras ocorram com cada vez mais regularidade e intensidade no rio Tejo e seus afluentes, pondo em risco tanto a qualidade da água que abastece as populações, como os ecossistemas e os valores ecológicos do Parque Natural do Tejo Internacional”, sustentam.
Neste âmbito, os bloquistas perguntam se o Governo tem conhecimento da proliferação descontrolada da planta aquática exótica invasora Azolla no rio Tejo e seus afluentes em Castelo Branco e se conseguiu identificar a origem deste fenómeno.
“Está o Governo em condições de disponibilizar informação e dados dos parâmetros da qualidade da água antes e após a proliferação de Azolla no rio Tejo e seus afluentes”, questionam.
Os deputados querem saber se o Governo tem articulado com as autoridades do Estado espanhol um regime de caudais regulares que garantam as necessidades ecológicos e a boa qualidade da água do rio Tejo e seus afluentes e que medidas prevê adotar para evitar situações como esta no futuro.
“Que papel desempenha a irregularidade dos caudais do rio Tejo e seus efluentes na ocorrência cada vez mais frequente e intensa de manchas de Azolla” e “qual é o estado ecológica das comunidades aquáticas e ripícolas do rio Tejo e seus afluentes, junto à albufeira de Cedillo”, pergunta o BE.
A Agência Portuguesa do Ambiente (APA) revelou na terça-feira que efetuou recolhas de amostras da planta aquática que surgiu no troço internacional do rio Tejo e nos seus afluentes Ponsul e Aravil, e admitiu a sua remoção mecânica.
“Estas ocorrências são recorrentes nestas massas de água, dado que os esporos podem permanecer de uns anos para os outros, sendo embora temporários, pelo que tenderão a desaparecer”, explicou então, em comunicado, a Agência Portuguesa do Ambiente (APA).
A associação ambientalista Quercus denunciou, também na terça-feira, a presença anormal de uma quantidade massiva de plantas aquáticas invasoras numa extensão de vários quilómetros no troço internacional do rio Tejo e nos seus afluentes, rios Ponsul e Aravil.
Agência Lusa -1 de Maio 2020 

9.11.17

PCP de Nisa denuncia: Catástrofe ambiental no rio Tejo

"Milhares de peixes mortos devido à poluição
Nos últimos tempos tem-se verificado a lamentável ocorrência de milhares de  peixes mortos a boiar nas águas do rio Tejo no troço entre as Portas de Ródão e a Barragem do Fratel, com maior incidência junto à central de Velada.
Já em outras ocasiões se verificou a morte massiva de peixes por causa da poluição no Tejo, mas nunca com a dimensão da mortandade brutal que agora se verifica.
Perante esta catástrofe ambiental o Secretariado da Comissão Concelhia de Nisa do PCP, alerta para a perda de qualidade das águas do rio que provoca a destruição da fauna e flora do Tejo.
A morte massiva de peixes e a espuma esbranquiçada à superfície da água é certamente provocada por poluição que chega de Espanha acrescida das contínuas descargas poluentes de unidades fabris instaladas na proximidade e da diminuição dos caudais do próprio rio Tejo e dos seus afluentes..
Impõe-se que de forma eficaz e determinada sejam detetados os focos de poluição e as suas origens e que se actue de modo a apurar responsabilidades, a exigir penalizações e indemnizações face aos danos provocados.
Impõe-se a eficaz vigilância e a intervenção de entidades como a GNR, a IGAMAOT [Inspeção-Geral da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território] e a APA [Agência Portuguesa do Ambiente].
Impõe-se a adopção de medidas de prevenção e de monitorização que evitem a repetição de ocorrências lamentáveis como as que agora testemunhamos."
Nisa, 9 de novembro de 2017
Secretariado da Comissão Concelhia de Nisa do PCP