3.1.21

OPINIÃO: Incubadoras de empresas e o paradigma da localização: centros urbanos vs periferias

Em 1938 quando William Hewlett e David Packard fundaram, numa pequena garagem em Palo Alto (EUA), a empresa que é hoje conhecida como Hewlett-Packard (HP), precisaram apenas de pouco mais de $500 e, estavam longe de adivinhar o sucesso empresarial que iriam ter. Também, em Portalegre, quando em 2015, a BioBIP teve o seu início como uma estrutura do Instituto Politécnico de Portalegre vocacionada para a incubação de empresas e/ou projetos, essencialmente de base tecnológica, estávamos longe de imaginar que, passados apenas 5 anos, tivesse o sucesso que é notório, não só pela quantidade e qualidade das empresas incubadas, mas também pelas suas atividades desenvolvidas, pelo impacto económico apresentado por estas startups na sua área de atuação, assim como pelo seu potencial de valorização económica e escalabilidade, o reconhecimento pelos stakeholders regionais e nacionais e a visibilidade no ecossistema  relacionado com as áreas formativas do IPP, ou com o aproveitamento dos recursos da região.
A este fato não é alheio a mudança de paradigma das competências exigidas para o sucesso empresarial e individual, se antes se pedia que uma startup estivesse localização junto a grandes centros urbanos, hoje essa centralidade é trocada por outros espaços alternativos e é imperativo ter outro conjunto de competências com a habilidade tecnológica, a criatividade, a visão de negócio, a eficiente comunicação e, acima de tudo ter uma boa reflexão crítica sobre a  atual situação económica.
Este cluster de exigências pode ser encontrado na BioBIP, pois dispõe de todos estes atributos para que um exigente espirito empreendedor tenha o desejado sucesso quer na “BioBIP – IN”, quer na “BioBIP – Energia“.


António Casa Nova - Subdiretor da Escola Superior de Saúde