1.11.20

Rede Expressos suspende o serviço de transporte em todo o país entre os dias 30 de Outubro e 2 de Novembro

A pretexto da situação de pandemia e na sequência das restrições na circulação entre concelhos que vigoram entre os dias 30 de Outubro e o dia 2 de Novembro, a Rede Expresso emitiu uma directiva nacional para suspender o serviço de transporte de passageiros durante os próximos dias.
Para isto, esta empresa recorreu a uma ilegalidade que se tem tornado comum nos últimos meses: obrigar os trabalhadores a usar o seu período de férias.
As férias são um direito irrenunciável dos trabalhadores e têm o propósito de possibilitar a recuperação física e psíquica. Por princípio, o período de férias é marcado por acordo entre trabalhador e empregador. Este período não pode ser usado pelo empregador para suspender a actividade da empresa!A suspensão do serviço de transporte de passageiros irá condicionar a vida de milhares de pessoas em todo o país. As restrições de circulação não abrangem a deslocação para o local de trabalho, para acesso a serviços essenciais e outros, além de que, a supervisão do cumprimento destas medidas cabe às forças de segurança e não às empresas prestadoras de serviço.Os constrangimentos na mobilidade das populações do Alto Alentejo que se fazem sentir com maior gravidade nos últimos meses, tal como o Movimento Sindical Unitário de Classe tem vindo a denunciar, só se agravarão nos próximos dias!Este comportamento da Rede Expresso só vem reforçar a posição que a FECTRANS- Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações vem assumindo, bem como a USNA - União dos Sindicatos do Norte Alentejano, de que é urgente e necessário um serviço público de transporte que garanta o cumprimento do direito à mobilidade de todos os cidadãos.
Aos trabalhadores de todo o sector dos transportes, a USNA reforça o apelo de que se sindicalizem, se organizem e lutem pelos seus direitos, impedindo que as empresas, recorrendo a atropelos aos seus direitos e à intensificação da exploração da sua força de trabalho, continuem a deixar populações inteiras isoladas ao mesmo tempo que recebem financiamento público para evitar precisamente que isto aconteça.
O Depº de Informação da USNA/cgtp-in