Já se encontra em funcionamento o Espaço para Sugestões e
Reclamações do site do Município de Nisa. Não era sem tempo, mas alguém leu a
crítica que sobre este assunto escrevemos aqui no Portal e, talvez, roído pela
(boa) consciência, resolveu – certamente após as indispensáveis consultas à
comendadora-mor – reatar a publicação normal deste Espaço. Um espaço que, a
julgar pelas mensagens e reparos que lá deixei, não vai servir, rigorosamente,
para coisa alguma, excepto para listar os “opositores visíveis” e os críticos
do actual regime idalinista instalado na Praça do Pelourinho.
Na primeira mensagem, sobre a qual não recebi qualquer
resposta, sugeria algumas alterações, ligeiras, ao Espaço de Sugestões e
Reclamações, uma delas sobre os asteriscos que indicam os campos de
preenchimento obrigatório e outra sobre a duplicação de dados (Cartão de
Cidadãos e NIF) quando o munícipe, apenas por um deles fica devidamente
identificado.
Perguntei, na segunda questão que coloquei, qual o motivo
por que não podia “postar” na página de Facebook da Idalina que ela diz que é
do Município, ou vice-versa.
Deve ter havido raios e coriscos (lembrei-me, agora, de uma
canção do Barata Moura e que dizia assim: “Dizem cobras e lagartos / Da
Intersindical /Parecem uns burros fartos/ Com o pão de ló do capital/...) e
resposta não houve, nem na referida página feicebukiana apareceu a
“autorização” para me tirarem a “fita adesiva”...
Vou continuar a escrever no Espaço para Sugestões e
Reclamações, ciente de que ele, o dito Espaço, apenas serve para cumprir uma
obrigação legal e dar uma imagem de “transparência”, ilusória, pois, no
concelho de Nisa não há SUGESTÔES a dar já que quem dirige, de forma superior,
os destinos da pólis, sabe muito bem o que o Município precisa. Tão bem, que se
arroga ao direito de promover e anunciar obras sem dar qualquer cavaco aos seus
camaradas (alto aí e pára o balho...) da vereação. O anticomunismo cavernícola
da edil é já conhecido além-fronteiras, de tal modo que o convite para
participar no Web Sómete, numa comunicação sobre o efeito paisagístico das
cantarinhas, foi cancelado.
Enquanto isso, os semáforos junto à Loja do Munícipe
continuam avariados, sem uma luzinha sequer, a dar sinal de si. Há uma
passadeira, mas perante a presença daquela estrutura metálica que devia regular
o trânsito, são constantes as dúvidas: Quem passa agora? Passas tu ou passo eu?
Passam os peões (pessoas)? O que fazer?
Se não cumprem as funções para que foram instalados,
tirem-nos dali e coloquem-nos noutro sítio, talvez com umas florinhas a
ornamentar mais uma obra “carismática”.
As casas de banho públicas (sanitários, que é mais fino...)
no Posto de Turismo, só funcionam até às 20 horas e durante os quatro dias da
Festa em Nisa, apenas serviu para os “festivaleiros”. O público em geral, ficou
geralmente sem poder fazer xixi e outras necessidades fisiológicas. É um
horário que não faz qualquer sentido, ainda mais no Verão, a não ser que a
municipalidade, com este procedimento, esteja a fazer um convite para que os
munícipes (e visitantes) vão “aliviar a bexiga”, “verter águas” ou “arrear o
calhau” nalgum canto, público, nas proximidades...
Sobre a Festa em Nisa, há alguns reparos a fazer, mas ficam
para o próximo Espaço Público de Reclamações e outras inquietações.
Mário Mendes
(Escrevo o meu nome para o invisível censor poder
contabilizar mais um texto crítico e fazer jus ao ordenado que recebe)