15.8.18

NISA: "Os Passinhos da Fonte da Pipa" (1)

Já se encontra em funcionamento o Espaço para Sugestões e Reclamações do site do Município de Nisa. Não era sem tempo, mas alguém leu a crítica que sobre este assunto escrevemos aqui no Portal e, talvez, roído pela (boa) consciência, resolveu – certamente após as indispensáveis consultas à comendadora-mor – reatar a publicação normal deste Espaço. Um espaço que, a julgar pelas mensagens e reparos que lá deixei, não vai servir, rigorosamente, para coisa alguma, excepto para listar os “opositores visíveis” e os críticos do actual regime idalinista instalado na Praça do Pelourinho.
Na primeira mensagem, sobre a qual não recebi qualquer resposta, sugeria algumas alterações, ligeiras, ao Espaço de Sugestões e Reclamações, uma delas sobre os asteriscos que indicam os campos de preenchimento obrigatório e outra sobre a duplicação de dados (Cartão de Cidadãos e NIF) quando o munícipe, apenas por um deles fica devidamente identificado.
Perguntei, na segunda questão que coloquei, qual o motivo por que não podia “postar” na página de Facebook da Idalina que ela diz que é do Município, ou vice-versa.
Deve ter havido raios e coriscos (lembrei-me, agora, de uma canção do Barata Moura e que dizia assim: “Dizem cobras e lagartos / Da Intersindical /Parecem uns burros fartos/ Com o pão de ló do capital/...) e resposta não houve, nem na referida página feicebukiana apareceu a “autorização” para me tirarem a “fita adesiva”...
Vou continuar a escrever no Espaço para Sugestões e Reclamações, ciente de que ele, o dito Espaço, apenas serve para cumprir uma obrigação legal e dar uma imagem de “transparência”, ilusória, pois, no concelho de Nisa não há SUGESTÔES a dar já que quem dirige, de forma superior, os destinos da pólis, sabe muito bem o que o Município precisa. Tão bem, que se arroga ao direito de promover e anunciar obras sem dar qualquer cavaco aos seus camaradas (alto aí e pára o balho...) da vereação. O anticomunismo cavernícola da edil é já conhecido além-fronteiras, de tal modo que o convite para participar no Web Sómete, numa comunicação sobre o efeito paisagístico das cantarinhas, foi cancelado.
Enquanto isso, os semáforos junto à Loja do Munícipe continuam avariados, sem uma luzinha sequer, a dar sinal de si. Há uma passadeira, mas perante a presença daquela estrutura metálica que devia regular o trânsito, são constantes as dúvidas: Quem passa agora? Passas tu ou passo eu? Passam os peões (pessoas)? O que fazer?
Se não cumprem as funções para que foram instalados, tirem-nos dali e coloquem-nos noutro sítio, talvez com umas florinhas a ornamentar mais uma obra “carismática”.
As casas de banho públicas (sanitários, que é mais fino...) no Posto de Turismo, só funcionam até às 20 horas e durante os quatro dias da Festa em Nisa, apenas serviu para os “festivaleiros”. O público em geral, ficou geralmente sem poder fazer xixi e outras necessidades fisiológicas. É um horário que não faz qualquer sentido, ainda mais no Verão, a não ser que a municipalidade, com este procedimento, esteja a fazer um convite para que os munícipes (e visitantes) vão “aliviar a bexiga”, “verter águas” ou “arrear o calhau” nalgum canto, público, nas proximidades...
Sobre a Festa em Nisa, há alguns reparos a fazer, mas ficam para o próximo Espaço Público de Reclamações e outras inquietações.
Mário Mendes
(Escrevo o meu nome para o invisível censor poder contabilizar mais um texto crítico e fazer jus ao ordenado que recebe)