Conferência de
Imprensa do Executivo da DORPOR do PCP
O governo do PS, deslocou-se Pampilhosa da Serra para em
nova operação de propaganda anunciar mais umas quantas medidas avulsas que em
nada contribuirão para alterar a situação vivida no Interior e em particular no
Alentejo e no distrito de Portalegre.
É mais uma ação de propaganda que nem sequer os seus aliados
no terreno (o autoproclamado “Movimento pelo Interior”) compreendem qual a sua
valia.
O País, todo o interior e em particular o Alentejo e o nosso
distrito, o que precisam e exigem é uma visão estratégica com medidas concretas
e não medidas avulsas e propaganda aos molhos.
A Reprogramação do Alentejo 2020, feita há dias é um vazio
de investimento público, o PNPOT (Programa Nacional de Politica de Ordenamento
do Território) desenvolve uma linha de investimento nas chamadas centralidades,
o que significa abandonar o desenvolvimento de aldeias vilas e outras
localidades. No que respeita ao distrito de Portalegre só Elvas, Campo Maior e
Ponte de Sor parecem existir.
Sobre encerramento e degradação de serviços públicos o
governo finge que nada acontece assim como parece acreditar que os portugueses
que por cá vivem, perderam a memória.
Entre as propaladas (e requentadas) medidas anunciadas
surgem de novo as promessas de fixação de novos serviços públicos no interior.
Promessas anunciadas por quem tem nesta matéria currículo afirmado mas em
sentido inverso: no encerramento de serviços, na recusa em repor as freguesias,
nas medidas que estrangulam em meios materiais e humanos os serviços públicos
que ainda aqui se mantém.
Não basta fingir, é preciso fazer!
Falar muito e não assumir medidas concretas nada resolve, os
problemas existem e são graves! Ao governo exige-se não retórica mas ação!
O Executivo da DORPOR do PCP reafirma as propostas dos
comunistas para o interior e particularmente para o Alentejo formalizadas
através da apresentação na Assembleia da Republica, pelo Grupo Parlamentar, do
Plano Imediato de Intervenção Económica e Social para o Alentejo e das sistemáticas
e reiteradas propostas e reivindicações para o Distrito de Portalegre.
Com a autoridade que lhe assiste pela luta que desenvolve na
região a Direção Regional de Portalegre desafia o governo da nação a “esquecer”
a propaganda e dizer-nos com verdade:
Quais os investimentos feitos nos últimos anos no distrito
de Portalegre?
Para quando estão previstos os investimentos fundamentais
para todo o Alto Alentejo como o são:
- A construção da ponte internacional entre Nisa (Montalvão)
e Cedillo que ligará o Alentejo e a Extremadura e permitirá o encurtamento da
distância entre o Alentejo e o Centro e norte do país.
- O fim do estrangulamento rodoviário entre Elvas/Santa
Eulália/Arronches.
- A finalização do IC 13 em toda a sua extensão.
- A ligação em traçado de autoestrada da capital do distrito
com as restantes cidades e regiões do país.
- A eletrificação e regularização da Linha ferroviária do
Leste, com alteração do traçado que garanta a sua passagem junto à cidade de
Portalegre e o seu apetrechamento material circulante apropriado e com horários
adequados.
- A dotação de meios técnicos e humanos e de gestão que
permitam travar a degradação e retomar um serviço de excelência aos hospitais e
centros de saúde integrados na ULSNA.
- A construção da
Barragem de fins múltiplos do Pisão, regularmente prometida e nunca iniciada.
O Executivo da DORPOR do PCP continua a reivindicar uma
governação que garanta a aproximação da decisão aos problemas e por isso
reafirma a sua intransigente postura de defesa do Poder Local Democrático com a
manutenção das responsabilidades e a adoção dos meios que lhes permitam gerir
os seus territórios.
Daí a exigência do cumprimento do preceito constitucional
que lhes define três pilares: Freguesias, Concelhos e Regiões Administrativas e
do combate às políticas de extinção das freguesias.
Porque a situação sofrida por todo o interior e em
particular no distrito de Portalegre não se compadece com mais adiamentos,
porque não é mais possível assistirmos, parados ao imparável envelhecimento e
despovoamento dos nossos territórios, é absolutamente necessário definir e
aplicar as medidas que invertam tais situações.
É preciso passar do verbo à ação.
Portalegre, 19-07-2018
O Executivo da DORPOR do PCP