19.7.18

Valorização do interior? É preciso passar do verbo à ação! - defende o PCP

Conferência de Imprensa do Executivo da DORPOR do PCP
O governo do PS, deslocou-se Pampilhosa da Serra para em nova operação de propaganda anunciar mais umas quantas medidas avulsas que em nada contribuirão para alterar a situação vivida no Interior e em particular no Alentejo e no distrito de Portalegre.
É mais uma ação de propaganda que nem sequer os seus aliados no terreno (o autoproclamado “Movimento pelo Interior”) compreendem qual a sua valia.
O País, todo o interior e em particular o Alentejo e o nosso distrito, o que precisam e exigem é uma visão estratégica com medidas concretas e não medidas avulsas e propaganda aos molhos.
A Reprogramação do Alentejo 2020, feita há dias é um vazio de investimento público, o PNPOT (Programa Nacional de Politica de Ordenamento do Território) desenvolve uma linha de investimento nas chamadas centralidades, o que significa abandonar o desenvolvimento de aldeias vilas e outras localidades. No que respeita ao distrito de Portalegre só Elvas, Campo Maior e Ponte de Sor parecem existir.
Sobre encerramento e degradação de serviços públicos o governo finge que nada acontece assim como parece acreditar que os portugueses que por cá vivem, perderam a memória.
Entre as propaladas (e requentadas) medidas anunciadas surgem de novo as promessas de fixação de novos serviços públicos no interior. Promessas anunciadas por quem tem nesta matéria currículo afirmado mas em sentido inverso: no encerramento de serviços, na recusa em repor as freguesias, nas medidas que estrangulam em meios materiais e humanos os serviços públicos que ainda aqui se mantém.
Não basta fingir, é preciso fazer!
Falar muito e não assumir medidas concretas nada resolve, os problemas existem e são graves! Ao governo exige-se não retórica mas ação!
O Executivo da DORPOR do PCP reafirma as propostas dos comunistas para o interior e particularmente para o Alentejo formalizadas através da apresentação na Assembleia da Republica, pelo Grupo Parlamentar, do Plano Imediato de Intervenção Económica e Social para o Alentejo e das sistemáticas e reiteradas propostas e reivindicações para o Distrito de Portalegre.
Com a autoridade que lhe assiste pela luta que desenvolve na região a Direção Regional de Portalegre desafia o governo da nação a “esquecer” a propaganda e dizer-nos com verdade:
Quais os investimentos feitos nos últimos anos no distrito de Portalegre?
Para quando estão previstos os investimentos fundamentais para todo o Alto Alentejo como o são:
- A construção da ponte internacional entre Nisa (Montalvão) e Cedillo que ligará o Alentejo e a Extremadura e permitirá o encurtamento da distância entre o Alentejo e o Centro e norte do país.
- O fim do estrangulamento rodoviário entre Elvas/Santa Eulália/Arronches.
- A finalização do IC 13 em toda a sua extensão.
- A ligação em traçado de autoestrada da capital do distrito com as restantes cidades e regiões do país.
- A eletrificação e regularização da Linha ferroviária do Leste, com alteração do traçado que garanta a sua passagem junto à cidade de Portalegre e o seu apetrechamento material circulante apropriado e com horários adequados.
- A dotação de meios técnicos e humanos e de gestão que permitam travar a degradação e retomar um serviço de excelência aos hospitais e centros de saúde integrados na ULSNA.
 - A construção da Barragem de fins múltiplos do Pisão, regularmente prometida e nunca iniciada.
O Executivo da DORPOR do PCP continua a reivindicar uma governação que garanta a aproximação da decisão aos problemas e por isso reafirma a sua intransigente postura de defesa do Poder Local Democrático com a manutenção das responsabilidades e a adoção dos meios que lhes permitam gerir os seus territórios.
Daí a exigência do cumprimento do preceito constitucional que lhes define três pilares: Freguesias, Concelhos e Regiões Administrativas e do combate às políticas de extinção das freguesias.
Porque a situação sofrida por todo o interior e em particular no distrito de Portalegre não se compadece com mais adiamentos, porque não é mais possível assistirmos, parados ao imparável envelhecimento e despovoamento dos nossos territórios, é absolutamente necessário definir e aplicar as medidas que invertam tais situações.
É preciso passar do verbo à ação.
Portalegre, 19-07-2018
O Executivo da DORPOR do PCP