Associado a diversas patologias, o tabaco é também uma
das causas do desgaste da coluna vertebral, uma condição que propicia o
aparecimento de hérnias discais e dores nas costas. O alerta é da campanha Olhe
Pelas Suas Costas e surge no âmbito do Dia Mundial Sem Tabaco, que se assinala
a 31 de maio.
“Sabemos que os fumadores têm maior probabilidade de
desenvolver patologias relacionadas com o desgaste da coluna vertebral e dos
discos intervertebrais, favorecendo o aparecimento de dores nas costas e de
doenças como as hérnias discais lombares e cervicais”, alerta Paulo Pereira,
coordenador nacional da Campanha Olhe Pelas Suas Costas.
“Os hábitos tabágicos aceleram o desgaste dos discos
intervertebrais, uma vez que o fumo do tabaco tem a capacidade de estreitar os
vasos sanguíneos por onde passam os nutrientes, uma situação que a longo prazo
fragiliza a coluna vertebral. Quanto mais cedo a pessoa tiver começado a fumar,
maiores serão as probabilidades de desenvolver a patologia”, acrescenta o
neurocirurgião Paulo Pereira.
Estima-se que cerca de 2 a 3 por cento da população
sofra de hérnias discais sintomáticas, embora o número de hérnias discais que
não dão sintomas seja muito superior. O aparecimento de uma hérnia discal é
mais frequente entre os 35 e os 50 anos de idade.
As dores nas costas são a principal causa de consultas
médicas, de acordo com a Organização Mundial de Saúde. As doenças que afetam a
coluna representam mais de 50 por cento das causas de incapacidade física. Um
estudo, realizado no âmbito desta campanha, indica que 28,4 por cento dos
portugueses sentem que a sua atividade profissional já foi prejudicada ou
comprometida de alguma forma pelo facto de terem dores nas costas e mais de 400
mil portugueses faltam ao trabalho por ano por este motivo.
Sobre a campanha
Olhe Pelas Suas Costas:
A campanha Olhe pelas Suas Costas visa sensibilizar a
população em geral para as dores nas costas, alertar para as suas consequências
na vida pessoal e profissional dos portugueses, e educar sobre as formas de
prevenção e tratamento existentes. A campanha conta com o apoio científico da
Sociedade Portuguesa de Patologia da Coluna Vertebral, da Associação Portuguesa
de Medicina Geral e Familiar, da Sociedade Portuguesa de Neurocirurgia, da
Sociedade Portuguesa de Medicina Física e de Reabilitação e da Sociedade
Portuguesa de Ortopedia e Traumatologia.
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