A Academia de Música e Dança do Fundão (AMDF) está a preparar uma edição especial do Concurso Internacional Cidade do Fundão, que este ano celebra 25 anos de existência, com novidades no formato e um programa de atividades paralelas. O evento decorre de 29 de junho a 5 de julho.
Pela primeira vez no Concurso Internacional
Cidade do Fundão vão estar a concurso simultaneamente, os quatro instrumentos
que habitualmente se alternavam.
De acordo com o diretor da AMDF, João
Correia, esta decisão responde ao desafio lançado em 2024 pelo presidente da
Câmara Municipal do Fundão, Paulo Fernandes. “Este ano vamos ter a concurso não
os dois instrumentos que vão rodando, mas vamos ter os quatro instrumentos que
fazem parte do concurso: saxofone, guitarra, piano e violino”, afirmou.
A edição comemorativa de 2025 inclui ainda um
ciclo de concertos diários ao longo do concurso; o segundo estágio da Orquestra
de Saxofones e recitais protagonizados por alguns dos vencedores da última
edição. “Um programa muito vasto”, aponta o responsável que espera adesão das
pessoas para “assistir àquilo que é o talento que todos os anos vem ao Fundão”.
O regulamento do 25º Concurso Internacional
Cidade do Fundão, já está disponível, e prevê provas em formato presencial e
misto (online e presencial) para os níveis D e E, abrindo a participação a
músicos de qualquer nacionalidade, mediante inscrição até 13 de junho.
As provas decorrem em vários espaços
culturais da cidade, incluindo A Moagem, o Casino Fundanense e os auditórios da
Misericórdia e da AMDF. Os prémios vão dos 100 aos 1000 euros, além da oportunidade
de se apresentar em concerto.
Questionado sobre o que ambiciona para o
futuro do festival em termos de valorização o diretor da escola promotora
destacou, em primeiro lugar, a necessidade de “instalações que dessem resposta
em qualidade e quantidade aos alunos que temos”, além do reforço do
envolvimento “das entidades locais, nomeadamente da própria academia, na
programação cultural do concelho”, que deve ser o “mais vasta possível”.
Já numa perspetiva mais humana e social, o
responsável manifestou que “gostava que estas apostas nos jovens sentissem que
esta comunidade é uma comunidade de acolhimento, mas também é uma comunidade
que lhes quer proporcionar a possibilidade de se juntarem” aos alunos da
academia a desenvolver projetos.
Lara Cardoso (RBC)