31.7.24

MARVÃO: Exposição "Terra (da) Mãe" de Jaime Rodrigues

 


“Incompetência”. O que se passa no Metro de Lisboa?

Prometeu resolver os problemas. No entanto, um ano passou e o Metro de Lisboa tem cada vez mais elevadores e escadas rolantes avariados. Empresa pública culpa avarias, vandalismo e as empresas contratadas para reparação.
Em julho de 2024, 22 dos 117 elevadores estavam fora de serviço, um aumento face aos 16 avariados no ano anterior. Segundo dados avançados pelo Público esta terça-feira, as escadas rolantes imobilizadas passaram de 26 para 39 — cerca de 19% e 16% de inoperacionalidade, respetivamente.
A situação tem gerado grandes transtornos para os utentes, especialmente para aqueles com mobilidade reduzida que dependem desses equipamentos para poderem utilizar o metro.
Faltam peças e meios, diz a empresa pública há mais de dois anos, que também culpa os recorrentes atos de vandalismo. E apesar de a acessibilidade ser “matéria prioritária”, a solução não está próxima, avisa.
Muitos dos problemas são causados por avarias pequenas, que são resolvidas no próprio dia, enquanto outras, mais graves, podem demorar mais devido à necessidade de peças específicas que não estão imediatamente disponíveis.
O Metro culpa também a ineficácia das empresas contratadas em assegurar as reparações, uma justificação que “custa a aceitar”, na opinião de Bruno Vieira Amaral na rádio Observador.
“Já nem vou falar do metro em si, que em hora de ponta chegam a ter intervalos de 10 minutos, o que é absolutamente inaceitável numa capital europeia. Acho que não funciona assim em lado nenhum”, diz.
O “desgaste, fruto da utilização diária pelos clientes a situações adversas, como condições ambientais a atos de vandalismo, agravadas pela idade média dos equipamentos, bem como a falta de meios dos prestadores externos de serviços de manutenção e a incapacidade de adquirirem atempadamente peças necessárias às reparações” são os motivos apontados para a crescente degradação das instalações.
“Não é um incentivo ao exercício físico. É só incompetência“, remata o comentador.
Investimento não melhorou. Só piorou
Em 2023, o Metropolitano de Lisboa anunciou um investimento de 3,2 milhões de euros em manutenção e substituição de acessos mecânicos, um aumento em relação aos dois milhões gastos no ano anterior. No entanto, este investimento não resultou numa melhoria significativa do serviço.
A empresa iniciou um processo de reabilitação das escadas rolantes na estação Baixa-Chiado em 2018, com um custo total de 1,5 milhões de euros, depois de ser relatada uma situação “infernal” na movimentada estação: sem elevadores disponíveis, é preciso enfrentar mais de 200 degraus para chegar ou sair do metro.
As obras incluem a substituição e reparação de escadas rolantes e estão previstas para concluir em setembro de 2024. Para melhorar a acessibilidade, três novos elevadores estão a ser instalados na estação Baixa-Chiado e dois na estação da Alameda.
A Linha Azul é a mais afetada, com uma taxa de inoperacionalidade dos elevadores de 28,57%. Dos 42 elevadores nesta linha, 12 estão fora de serviço. A Linha Vermelha também enfrenta problemas significativos, com uma taxa de inoperacionalidade de 24,39%. Em comparação, a Linha Verde tem 19% dos seus elevadores inoperacionais, enquanto a Linha Amarela é a menos afetada, com apenas 8% dos elevadores fora de serviço.
A empresa prevê que 60% das escadas rolantes imobilizadas estarão operacionais até ao final de agosto de 2024.
Tomás Guimarães, ZAP //31 Julho, 2024
 

CAMPO MAIOR: Quinzena Gastronómica do Bacalhau

 


30.7.24

COISAS BUNITAS: CELEBRAR SARA TAVARES

 

CONCERTO DE HOMENAGEM - 19 NOVEMBRO 2024
COLISEU DOS RECREIOS DE LISBOA
Dia 19 de Novembro de 2024 fará um ano que a nossa querida Sara Tavares nos deixou e, para assinalar esta data, acontece um espetáculo de homenagem e celebração da sua vida e obra, no Coliseu dos Recreios de Lisboa, o qual juntará num só palco e numa só noite muita gente “bunita”.
Este concerto irá contar com 16 cantores convidados - Ana Moura, Capicua, Carlão, Dino D' Santiago, Djodje, Ivandro, Luiz Caracol, Lura, Miroca Paris, Nancy Vieira, Nenny, Richie Campbell, Samuel Úria, Selma Uamusse, Slow J e Toty Sa'Med - que se irão juntar a toda a equipa que acompanhava a Sara Tavares – os seus músicos e técnicos – para nos proporcionarem um momento que, não temos dúvida, será memorável!
O impactante início de carreira de Sara Tavares, o desenvolvimento da sua sonoridade tão própria, juntamente com a valorização cultural individual e comunitária, serviu de inspiração e motivação para toda a sua geração e seguintes, em especial em Portugal e nos países da Lusofonia, mas também um pouco por todo o Mundo, abrindo, ao mesmo tempo, portas para os artistas que vieram a seguir ou mesmo para alguns contemporâneos que não tinham o devido reconhecimento.
Para dar continuidade a tudo o que a Sara Tavares representa, está a ser desenvolvido o projeto "Casa Saracotiar" (a Casa Sara Tavares) que, um dia, queremos que seja física e na cidade de Lisboa; um lugar onde se continuará a desenvolver e a dar a conhecer mais de perto a Sara Tavares, a sua história, a sua música, o seu legado e que irá continuar a criar pontes, oportunidades, a apoiar e inspirar novos artistas, nas mais diversas formas de arte, através de ações desenvolvidas para o efeito. Qualquer receita positiva deste espetáculo reverterá a favor da “Casa Saracotiar”.
“Coisas Bunitas – Celebrar Sara Tavares” será uma oportunidade única para todos podermos reviver a Sara Tavares e a sua música e, ao mesmo tempo, celebrar e homenagear, em boa companhia, esta Pessoa e esta Artista que tanto nos deu!

29.7.24

Apresentação mundial em CASTELO DE VIDE

 

Suporte Básico de Vida inspira poesia de Manuel Jorge Marmelo
Não, não é um livro de socorrismo. Melhor ainda, trata-se de uma peça poética. E com direito a cereja em cima do bolo, pois tem a assinatura de Manuel Jorge Marmelo – MJM.
A primeira sessão de apresentação vai ter lugar no sábado 03 de agosto, às 17:00 horas, na Casa da Liberdade, rua de Santo Amaro n.º 13, perto da Igreja Matriz de Castelo de Vide.
Segundo o site e-cultura.pt : «ao perguntaram a MJM se também escrevia poesia, o romancista teve sempre o hábito de desconversar e fingir — afinal como qualquer poeta. Suporte Básico de Vida (SBV) – edição de autor com a chancela Piolho dos Livros – reúne uma parte substancial dos versos que MJM foi cometendo a par da prosa, permitindo finalmente conhecer o seu irregular labor poético.
Às vezes ternos, às vezes cruéis, os poemas de SBV dão corpo a um universo poético marcado pela ironia e pela melancolia, pela persistência da infância e também pelo amor, pela vida e pela morte.
 Recordo ainda, tantas vezes, o sabor
de um punhado de terra na boca,
o frio da lâmina na garganta,
a mão rude posta no meu peito
e o hálito do rufião que me ensinou
de quanto medo se faz um homem.

 Reunindo um conjunto de textos na sua esmagadora maioria inéditos, SBV inclui também poemas que já haviam sido revelados, de forma discreta e episódica.
“Nunca fui capaz de determinar se os poemas que escrevo possuem alguma qualidade que os favoreça ou se podem, sequer, ser considerados poesia. Deixo-o agora à consideração dos eventuais leitores da pequena insensatez que há na publicação deste livro”, diz o autor».
Retratos de Jorge Irasagarra
Na emblemática rua de Santo Amaro, naquela casa 13, em paralelo com o lançamento da mais recente edição do escritor com costela castelovidense, vai ser inaugurada a exposição de fotografia “Apenas um pouco tarde” de Jorge Irasagarra (descubra mais em jorgeirasagarra.wixsite.com/home), artista portuense colaborador de jornais e revistas, afinal como MJM.
A fotografia da capa de SBV integra a exposição. Um retrato que foi apresentado pela primeira vez, há quatro anos e meio, na Biblioteca Municipal Florbela Espanca e, agora, emprestado pela Câmara Municipal de Matosinhos para integrar a mostra.
JR
 

EDUCAÇÃO: Vila Velha de Ródão garante Ensino Secundário a partir do próximo ano letivo

 

A partir do ano letivo 2024/2025, o Agrupamento de Escolas de Vila Velha de Ródão assegura a oferta do Ensino Secundário aos alunos do concelho, o que lhes permite continuarem a estudar nos seus locais de residência.
Em nota de imprensa, a autarquia refere que se traduz numa “grande vitória para todos os jovens do concelho” e “assegura a igualdade de oportunidades no acesso a uma educação de qualidade”, como esclarecem a diretora do Agrupamento de Escolas, Sandra Jordão, e o presidente da Câmara Municipal de Vila Velha de Ródão, Luís Pereira.
Até agora, Vila Velha de Ródão era um dos poucos concelhos do país e o único do distrito de Castelo Branco a não disponibilizar aos seus alunos a oferta do Ensino Secundário, o que obrigava as crianças e jovens que finalizavam o 9.º ano a continuar os estudos nos concelhos vizinhos.
Para a diretora do Agrupamento de Escolas de Vila Velha de Ródão, Sandra Jordão, “esta é uma grande vitória para todos os jovens do concelho”. “A transição do Ensino Básico para o Secundário é sempre difícil, tornando-se ainda mais difícil quando os alunos se veem obrigados a mudar de escola e localidade. A distância e o tempo necessário para realizar a viagem até aos agrupamentos onde lhes oferecem o Ensino Secundário, quase sempre localizados na sede de distrito (Castelo Branco), obriga os alunos a sair mais cedo de casa e a regressar mais tarde, logo o tempo disponível para o estudo é menor e o cansaço é maior, situação que compromete o seu sucesso e qualidade de sucesso”, esclarece esta responsável.
“Face ao aumento da população entre os 0 e os 14 anos registada nos Censos 2021 e à consolidação do crescimento do número de alunos a frequentar o Agrupamentos de Escolas de Vila Velha de Ródão desde o ano letivo 2017/2018, em nome da igualdade de oportunidades no acesso à educação de qualidade, esta era uma exigência à qual o Ministério da Educação não podia deixar de dar resposta e que vem ao encontro dos esforços feitos pela autarquia para fixar a população no concelho”, revela o presidente da Câmara Municipal de Vila Velha de Ródão, Luís Pereira, que se mostra satisfeito por ver juntar ao desenvolvimento económico, que o concelho já oferece, o desenvolvimento social e cultural.
A oferta iniciar-se-á este ano letivo com uma turma mista de cerca de 25 alunos dos cursos de Ciências e Tecnologias e Línguas e Humanidades e será alargada ao 11.º ano em 2025/2026 e ao 12.º ano em 2026/2027. “Dado que o concelho possui um tecido empresarial muito interessante, vamos continuar a lutar para também oferecer o Ensino Profissional, uma necessidade identificada entre as áreas prioritárias no relatório final da Comunidade Intermunicipal da Beira Baixa de novembro de 2023”, refere Sandra Jordão, que agradece aos colegas de direção e ao executivo da Câmara Municipal de Vila Velha de Ródão o apoio dado para a concretização desta medida.
·       2024-07-28 -Diário Digital Castelo Branco

SAÚDE: 31 dadores de sangue na “Sintra do Alentejo”

Numa manhã bem quentinha, mesmo com os refrescantes ares a descerem da serra de São Paulo, a Associação de Dadores Benévolos de Sangue de Portalegre – ADBSP – instalou o seu staff em Castelo de Vide. Uma jornada que contou com a colaboração da Unidade Funcional de Imunohemoterapia da ULSAALE.
No centro de saúde local entraram 33 voluntários. Também nesta vila as mulheres foram superiores, com 17 inscrições (51,5 %).
Uma vez submetidos aos obrigatórios testes, verificou-se que dois dos presentes não podiam, desta feita, concretizar a doação. Assim, rumaram da “Sintra do Alentejo”, para os utentes que precisam de transfusões, um total de 31 unidades de sangue total, o que é de se sublinhar.
E também não deixamos em branco a boa noticia de que três novos dadores se estrearem nesta ocasião, no caso dois homens e uma mulher.


O final da manhã ficou marcado com a saudável confraternização, num almoço que contou com o apoio da Câmara Municipal de Castelo de Vide.
Fronteira a 03 de agosto
Atenção que foi alterada a data da próxima brigada, no caso na vila de Fronteira. Por razões logísticas, esta colheita foi remarcada para 03 de agosto, no centro de saúde desta vila. Um contratempo pelo qual apresentamos as nossas desculpas, pese embora a ADBSP ser totalmente alheia à situação.
Depois, a 24 de agosto, estaremos no Centro Cultural de Alpalhão (Nisa).
Sábados da parte da manhã.
Não nos cansamos de ecoar que espírito altruísta dos dadores de sangue é ilimitado!
https://www.facebook.com/AssociacaoDadoresBenevolosSanguePortalegre/
JR

26.7.24

MARVÃO E VALÊNCIA DE ALCÂNTARA: XIX Festival Transfronteiriço Boda Régia

Recriação histórica da chegada do Rei D. Manuel a Marvão no dia 1 de agosto
A 19ª edição do Festival Transfronteiriço “Boda Régia”, organizado pelo Ayuntamiento de Valencia de Alcántara, em colaboração do Município de Marvão, realiza-se de 1 a 4 de agosto, com programa repleto de atividades culturais.
No dia 1, quinta-feira, as atividades estão agendadas para a Portagem, a partir das 21h30, com destaque para a recriação histórica da chegada do Rei D. Manuel a Marvão (junto à Ponte Quinhentista). O programa para esta noite contempla ainda uma representação teatral, danças da época e um recital de guitarra clássica com Miguel Gromicho.
Este evento transfronteiriço, declarado como “festa de interesse turístico regional da Extremadura”, em 2016, conta ainda com um mercado típico da época, artesãos a trabalhar ao vivo, desfiles, jogos para crianças e espetáculos musicais.
Na sexta-feira, dia 2, a partir das 20h00, realiza-se o tradicional desfile das comitivas reais por Valencia de Alcántara, onde o Rei D. Manuel vai ser acompanhado por quatro dezenas de convidados marvanenses.
A recriação histórica do enlace que uniu o Rei de Portugal, D. Manuel I, "O Afortunado", com a Infanta Isabel de Castela e Aragão, filha primogénita dos Reis Católicos, em 1497, é o ponto alto das comemorações e decorre nos dias 3 e 4, pelas 22h00, na Igreja de Rocamador, em Valencia de Alcántara. “De amor, justiça e conveniência” é o nome da obra teatral, com texto e encenação de Javier Uriarte.
Este ano e pela primeira vez, a turma de Teatro e Dança Medieval, da Universidade Sénior de Marvão, participa na Boda Régia com várias representações teatrais e de dança, tanto na Portagem, como em Valencia de Alcántara.

25.7.24

DESPORTO: Nova lei ameaça competições desportivas em Portugal

O fim da manifestação de interesse também está a afetar o desporto. Os clubes têm atrasadas as inscrições dos atletas nas ligas profissionais, e há mesmo o risco de não haver jogadores suficientes até ao arranque do campeonato.
As novas leis da imigração também estão a afetar o desporto nacional.
Desde 4 de junho, os estrangeiros que quiserem viver para Portugal — exceto os oriundos de países da CPLP — têm de apresentar logo à chegada um visto de trabalho ou de procura de trabalho para terem autorização de residência.
Em causa está o fim do art.º 88, dirigido aos trabalhadores por conta de outrem, e do art.º 89, para quem estava no país a trabalhar por conta própria.
Desde a entrada em vigor do decreto-lei, qualquer pedido de manifestação de interesse passou a ser recusado, mesmo que o requerente já esteja em Portugal.
Como explica o especialista em Direito Migratório, Mateus Ferreira, ao Zerozero, até então a manifestação de interesse era uma via muito “vantajosa” para os clubes já que era suficiente para permitir a inscrição dos atletas nas ligas profissionais.
O processo passa, agora, a ser bem mais complexo: “Com o novo Decreto-Lei, os clubes não terão simplesmente de preencher um formulário e submeter um conjunto simples de documentos, o processo requererá maiores conhecimentos, tornando-se mais extenso, burocrático, complexo e previsivelmente mais moroso”, explica o advogado.
Restam, aos clubes, duas hipóteses: fazer o pedido de Visto de Trabalho (Visto D1), para procura de trabalho, ou da Autorização de Residência CPLP, Visto E5 – aplicável a desporto amador, mas não a desporto profissional.
No entanto, o prazo médio do pedido desses vistos é de três meses. Ou seja, neste cenário, os clubes arriscam-se a não conseguir inscrever os jogadores em tempo útil: “Tendo em conta que o prazo para a emissão do visto é de 90 dias úteis, este prazo é completamente inexequível para os clubes e jogadores, pois não coincide com o mercado de transferências que tem a duração de dois meses”.
Para Mateus Ferreira, a solução é criar um visto especial para desportistas, ou ainda pela criação de métodos especiais de aceleração dos processos.
Ao Zerozero, João Amaral, diretor-técnico da SAD do Rio Ave, confessou que o clube se arrisca a não ter jogadores para atuar na primeira jornada da I Liga.
“Temos jogadores de Israel, que chegam agora de Inglaterra e o próprio Brandon Aguilera, que vem da Costa Rica. Temos vários jogadores fora do Espaço [Schengen] que vão ter essa dificuldade se não for resolvido. Podemos correr o risco, se isto não for resolvido rapidamente, de não termos jogadores suficientes para ir a jogo na primeira jornada. Podemos ir a jogo, se calhar, mas com os sub-23. Era simplesmente uma imagem muito negativa para a liga portuguesa”, desabafou.
 
ZAP - 20 JULHO, 2024

69 atletas olímpicos palestinianos mortos por Israel em Gaza

 

O Comité Olímpico Internacional (COI) e a FIFA juntaram-se para assegurar lugar a uma equipa do apartheid genocida de Israel.
Entre os quase 40 mil palestinianos assassinados por Israel na faixa de Gaza estão 69 atletas olímpicos, incluindo Hani Al-Mossader, técnico da seleção olímpica palestina de futebol, e Majed Abu Maraheel, o primeiro atleta olímpico palestino.
O COI ignorou o apelo do Comité Olímpico Palestiniano para excluir Israel dos Jogos, um apelo apoiado por mais de um milhão de pessoas em todo o mundo, membros do parlamento, atletas internacionais e de Mandla Mandela, o neto de Nelson Mandela.
Na semana passada, também a FIFA interveio desresponsabilizar o Estado sionista, adiando a decisão de banir a seleção Israelita do futebol mundial até depois dos Jogos Olímpicos.
O Tribunal Internacional de Justiça decidiu que organismos internacionais como o COI e a FIFA estão obrigados a, no seu âmbitos, reconhecer e dar consequência aos crimes cometidos por Israel contra os palestinianos: crimes de guerra, crimes contra a humanidade e genocídio.
Israel matou mais de 39 mil palestinianos na Faixa de Gaza desde outubro de 2023. Especialistas dizem que esse número pode aumentar até quase 200 mil devido aos efeitos duradouros do genocídio, incluindo a guerra de fome contra 2,3 milhões de pessoas.
in www.esquerda.net - 5 de julho 2024 

CEDILLO: Fiestas del Emigrante 2024

 


24.7.24

PORTALEGRE: Exposição "Donde las flores se convierten..." - Museu da Tapeçaria

 


EDUCAÇÃO: II Jornadas de Educação do Bloco de Esquerda

 

O Grupo de Trabalho Educação do Bloco de Esquerda promove as II Jornadas de Educação do Bloco de Esquerda que, desta vez, têm como mote "Como construir uma cidadania para a democracia e para liberdade a partir da Escola?".
Teremos 5 debates, dos quais dois serão presenciais, e duas rodas de conversa. Com exceção dos debates presenciais, todos os outros e as rodas de conversa, acontecem sempre à sexta, às 21h15. Para participar e aceder ao link será necessária uma inscrição breve, e aberta a quem quiser participar, através do formulário disponível em https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSfhGRCQEec7hDb8iAQjaE9Com6gTJ9C-zVUW2yuh56pMsHa-w/viewform?pli=1
O primeiro debate aconteceu no dia 12 julho com a Fabíola Cardoso e o Jorge Humberto Nogueira.
Apelamos à participação e divulgação!

ALPALHÃO: Festas de Verão

 


23.7.24

NISA: Festas, sim, mas sem atropelos... (I)

Nisartes 2008, festa da música, animação, desporto e acima de tudo, a divulgação do riquíssimo, original e variado artesanato nisense, a que se juntou a Gastronomia.
Na sua génese e sob os auspícios da Região de Turismo de S. Mamede, as festas de Verão, os grandes eventos feitos com a intenção de reunir naturais, residentes e ausentes, tomaram o nome de Feiras de Artesanato e Gastronomia. Apresentava-se o que de melhor havia em cada concelho. As Actividades Económicas vieram depois. Claro que havia animação musical, mas esta não tomou as proporções que hoje atingiu, a ponto de, como no caso de Nisa, se destacar, apenas esta área de animação. O Crato está aí como exemplo, que Nisa tem procurado seguir como uma "cópia" reles e mal copiada, que relega para um plano secundário ou mesmo inexistente, o Artesanato e a Gastronomia. Dos concelhos do designado Norte Alentejano poucos foram os que se mantiveram fiéis à linha original destes eventos. Gavião e Arronches, distinguem-se, por isso, de forma positiva. Aliam à oferta musical, não descurando a participação de artistas locais e grupos do concelho, uma cuidada oferta gastronómica e tradicional, a par da valorização do seu artesanato. Não gastam "mundos e fundos" para uma festa de 4 ou 5 dias, mas mesmo sem grandes "cabeças de cartaz", conseguem, com menor investimento, os mesmos ou até melhores resultados, que aqueles que "investem" de forma desmesurada numa panóplia de artistas, alguns bem conhecidos e de créditos firmados;  outros, apenas de quem tem a incumbência de fazer os contratos. Estes, tal como nas operadoras de telecomunicações, vêm como "pacotes", que, por vezes e dado o volume das verbas a dispender, obrigam à duplicação de empresas que contratam os artistas.
As Festas de Verão, designadas como "Nisa em Festa" ou outra designação qualquer, não são mais que minis "Festivais de Verão" de índole musical ou perto disso, promovidas pela autarquia e que todos nós pagamos em duplicado: como munícipes, nos impostos que suportamos ao longo do ano e como "espectadores" ou clientes no caso de participação na "festa". Uma "festa" cuja preparação começa um mês antes da data de início, que causa transtornos e engulhos a muita gente, que impede o estacionamento em áreas construídas para o efeito e pior que tudo, impede a livre circulação de pessoas e bens, ao mesmo tempo que limita e congestiona o trânsito no centro da vila. O Rossio é nestes dias de Agosto um gigantesco estaleiro em obras. Obras "festivas" destinadas, essencialmente, a vangloriar a figura da edil prepotente.
A idalinal personagem não hesitou, sequer, em mandar aterrar o lago construído em 2005, inserido no projecto de requalificação da Praça da República e, por isso mesmo, objecto de aprovação na Câmara e Assembleia Municipal.
A idalinal figura desde o início do ano que faz propaganda à designada "Nisa em Festa", mas, durante todos estes meses, talvez ocupada a desenhar adereços e figuras icónicas, esqueceu-se de planear e discutir com os técnicos municipais a implantação do recinto da festa. Sabia, no entanto, que por iniciativa pessoal, sem qualquer plano e à revelia do projecto aprovado e implantado na Praça da República, mandou instalar junto ao eucalipto um mastodonte metálico a que chama, eufemisticamente, cântaro icónico. Fê-lo, por alturas do Natal e com a desculpa esfarrapada de que era para dar um ar mais alegre à época natalícia, em ano de pandemia. Seria, à partida, uma peça provisória, mas cedo se percebeu as suas intenções: apagar a memória da fonte do Rossio (que prometera recolocar na Praça) e ao mesmo tempo relegar para um plano urbanístico e paisagístico inferior, o lago que agora, despudorada e vergonhosamente, mandou aterrar.
Perante este crime de lesa património, os nisenses não podem ficar calados e indiferentes. Não são "coisas da política" como alguns referem com medo de represálias e de dar a cara. São assuntos sérios, tão sérios como a mudança da fonte e que mexem connosco que aqui vivemos e continuaremos a viver. A senhora prepotente, não. Vai e vem todos os dias de pópó que nós pagamos, para o seu domicílio em Portalegre. Quer lá saber se gostamos ou deixamos de gostar dos seus devaneios icónicos ou identitários.
O Rossio de Nisa já sofreu demasiados atentados. Não é local para Festivais Musicais e propagandísticos. Há sítios apropriados para esse efeito e com menores custos de implantação. A praça central de Nisa não pode ser transformada num gueto, sempre que as idalinais figuras, estas ou outras, o queiram. Os cidadãos são os detentores e usufrutuários do espaço público, espaços de convivência, livre e em segurança. As festas e espectáculos pagos devem ter recintos próprios e não subtraírem os espaços de fruição dos cidadãos. Não se percebe, por outro lado,  como é que as Infraestruturas de Portugal (antiga JAE) permitem o fecho e a interrupção do trânsito numa Estrada Nacional (a EN nº 18), imposição que obriga os motoristas a desvios pelas ruas da vila e a um aumento considerável de congestionamento do tráfego, em locais já de si problemáticos, como são a Avenida D. Dinis e Rua dos Lusíadas, junto ao quartel dos Bombeiros, Intermarché e Mercado Municipal e rua Visconde Vale da Sobreira. 
É tempo da Câmara perceber que vivemos em Liberdade e Democracia e não em permanente "estado de sítio" sempre que dá jeito à edilidade. Os munícipes e visitantes merecem consideração e respeito.
Mário Mendes
NOTA: Este texto foi escrito e publicado há dois anos e torno a publicá-lo porque mantém ainda mais actualidade. Os cidadãos não podem continuar a estar reféns dos caprichos e humores de uma pessoa, que pensa a vida da comunidade como se estivesse em plena época do Absolutismo.

22.7.24

ESTORIL: 43º Salão Internacional de Pintura Naif

- Com Participação de trabalhos dos pintores nisenses Augusto Pinheiro e Virgínia Peleja 
- Inauguração: 28 de Julho
- Exposição patente ao público até 16 de Setembro 2024 na
Galeria de Arte do Casino Estoril.
PASSE POR LÁ E APRECIE AS OBRAS DOS PINTORES/AS NAIFS!

CEDILLO: 37º Festival Folclórico dos Povos do Mundo de Extremadura

 


OPINIÃO: O castigo aos meninos RSI

Nos Açores, as crianças cujos pais estão desempregados ou a auferir de apoios sociais vão ser discriminadas no acesso a creches gratuitas. A ideia foi do Chega, o que já nem surpreende. O que choca é que a iniciativa tenha sido aprovada pela maioria de Direita: além do partido de Ventura, a coligação de Governo (PSD, CDS-PP e PPM) liderada por José Manuel Bolieiro também votou favoravelmente (à exceção de dois deputados, um social-democrata e outro popular, que abandonaram o plenário antes da votação) e a IL absteve-se.
O argumentário do Chega não é novo: é preciso atacar os beneficiários do Rendimento Social de Inserção (RSI). E como? Castigando os filhos. “Os meninos do RSI ocupam as creches enquanto os pais vão para o café, para o supermercado, para onde quiserem”, acusou o deputado José Pacheco no debate inflamado na Assembleia Regional . Atente-se aos rótulos preconceituosos: os “meninos RSI” (como se a condição dos pais, seja ela qual for, deva ser fator de estigma) que “ocupam” as creches, como se de um crime se tratasse. Como se fossem menos do que os outros meninos. Como se a educação fosse um privilégio de alguns e não um direito de todos.
Propaganda à parte, o que este “projeto-piloto”, como Bolieiro lhe chamou, visa, de facto, é esconder a realidade do arquipélago: a falta de lugares na rede pública de creches - responsabilidade do Governo Regional. E é muito mais fácil limitar o acesso com medidas segregacionistas do que criar condições efetivas para que todas as crianças, independentemente das origens, tenham direito à educação.
Para entrar em vigor, a resolução que altera as regras de admissão nas creches públicas terá de ter força de lei. O BE já anunciou que vai enviar a matéria ao representante da República nos Açores e espera que haja um veto ou um pedido de fiscalização preventiva ao diploma. Ou Bolieiro pode recuar e tentar salvar a face num caso que o devia envergonhar.
* Helena Norte - Jornal de Notícias - 22 julho, 2024 


21.7.24

AREZ (Nisa): Festas em louvor da Senhora da Graça e Santo António

 

JUSTIÇA FISCAL: Mariana Mortágua recebeu Chave da Cidade de Miranda do Douro

Na cerimónia organizada pela autarquia, a coordenadora bloquista reafirmou o seu compromisso com a causa do povo da região, que continua a reclamar o pagamento dos impostos por parte da EDP em relação às barragens ali instaladas.
Em cerimónia realizada esta quarta-feira, a Câmara Municipal de Miranda do Douro atribuiu a Chave da Cidade à coordenadora bloquista Mariana Mortágua, ao ex-secretário de Estado da Finanças Nuno Santos Félix e ao antigo líder do PSD Rui Rio. A decisão unânime dos autarcas do concelho foi justificada pela presidente da Câmara, Helena Barril, com “o empenho muito grande na luta a favor da reversão do não pagamento de impostos devidos por parte da EDP e da atual concessionária Engie, como o Imposto do Selo, IMI ou IRC no negócio das barragens”.
Mariana Mortágua agradeceu a distinção e considerou-a “o reconhecimento do trabalho que uniu figuras políticas de diferentes quadrantes” aos movimentos culturais e autarquias da região, numa “experiência única no país e que deve sempre ser relembrada e celebrada”.
E as razões para essa união residem na “convicção profunda” de que “há uma injustiça em curso para com as terras de Miranda, para com estes municípios, que tem a ver com o facto de a EDP ter vendido conjunto de barragens, que hoje são propriedade da Engie, que não só nunca pagaram impostos, nunca pagaram IMI a estas autarquias, como houve um negócio milionário que ainda não pagou os impostos pela venda dessas barragens”.
“Há anos que temos vindo a exigir o pagamento destes impostos à EDP”, recordou Mariana Mortágua, acrescentando que “há muito para ser investigado” neste negócio da venda das barragens. Por essa razão, a cerimónia de hoje é também “uma reivindicação sobre aquilo que não está feito e estamos aqui para lembrar isso: para lembrar a EDP, a Engie, as concessionárias das barragens, que têm que pagar o que devem estes municípios, a estas terras e a estas gentes”.
Questionada pelos jornalistas sobre a intenção do Governo de criar um novo grupo de trabalho para rever o código do IMI e com isso protelar a cobrança deste imposto, Mariana Mortágua afirmou que “a história vai-se repetindo”, depois de também o PS ter criado um grupo de trabalho com as autarquias para dividir as receitas fiscais da venda das barragens, descobrindo-se depois que não havia receitas porque nem a EDP nem a Engie tinham pago impostos pela venda.
“É muito importante que estes grupos de trabalho não sejam mecanismos de escapatória para que a Autoridade Tributária não faça o seu papel”, tendo em conta que existe um despacho em vigor e que “diz que o IMI tem de ser cobrado, incluindo sobre os equipamentos que estão nas barragens e que são o que traz valor económico às barragens”. Para Mariana Mortágua, o mais sensato “é cumprir esse despacho à letra”, pois qualquer alteração à lei dará mais argumentos à EDP para uma nova litigância contra o Estado e contra os municípios.
“Se for preciso criar um grupo de trabalho, então que se crie um grupo de trabalho para proteger a língua e a cultura de Miranda. Parece-me melhor propósito - e com financiamento - para que possamos celebrar também este património cultural que é único e que estamos aqui hoje também para proteger”, concluiu a coordenadora do Bloco. 
in www.esquerda.net - 10 de julho 2024 

ARNEIRO, DUQUE e PARDO (Nisa): Festas em Louvor de Santa Ana

 
Festa, Convívio e Animação nos dias 16, 17 e 18 de agosto.

CICLISMO: Volta a Portugal passa no concelho de Nisa no próximo sábado

 
A Volta a Portugal deste ano começa a subir
O Observatório de Vila Nova regressa ao percurso da Volta a Portugal em bicicleta, surgindo logo na primeira etapa de uma 85.ª edição, apresentada nesta quarta-feira, e que terá três chegadas em alto nos primeiros cinco dias.
A Volta deste ano arranca com um prólogo em Águeda, em 24 de Julho, e percorre um total de 1540,1km até Viseu, onde, em 4 de Agosto, será coroado o sucessor de Colin Stüssi (Vorarlberg) após um contra-relógio individual.
Depois de 5600 metros de prólogo em Águeda, que volta a receber um arranque da Volta depois da edição de 1987, o pelotão sai de Sangalhos, em Anadia, até ao Observatório de Vila Nova, uma contagem de primeira categoria em Miranda do Corvo, que se estreou em 2022, com vitória de Frederico Figueiredo, e esteve ausente no traçado do ano passado.
A segunda etapa evoca os 50 anos do 25 de Abril de 1974, imitando o percurso entre Santarém e Lisboa da coluna liderada por Salgueiro Maia, no dia da Revolução dos Cravos, com 164,5km entre Santarém e Marvila, em Lisboa, na primeira oportunidade para os sprinters.
A tão temida como lendária subida à Torre, de categoria especial, chega este ano logo ao quarto dia de corrida, numa tirada que parte do Crato e termina 161,2km depois no ponto mais alto de Portugal continental, em plena Serra da Estrela.
Na jornada seguinte, e antes do dia de descanso, o pelotão chega à Guarda após 164,5km iniciados no Sabugal, num novo final "empinado" e, neste caso, empedrado, com a meta a coincidir com uma contagem de montanha de terceira categoria.
As duas etapas seguintes ao dia de descanso são disputadas para lá do Marão, com 176,8km entre Penedono e Bragança na sexta tirada, recebendo aquela capital de distrito a partida seguinte, rumo a Boticas, esta com cinco contagens de montanha, a última de primeira categoria, na Aldeia de Torneiros.
Com menos 50 quilómetros em relação à edição de 2023, em que o suíço Colin Stüssi (Vorarlberg) se impôs ao pelotão nacional - voltando este ano para tentar o "bis" -, o traçado apresenta várias passagens familiares.
Viseu, que tinha acolhido o arranque em 2023, serve este ano de pano de fundo para o último ato da 85.ª edição, com 26,7km de "crono" que farão as últimas diferenças entre ciclistas, na oitava vez em que a corrida termina nesta cidade, este ano Cidade Europeia do Desporto.
Em 3 de Agosto, na nona e penúltima etapa, será o Monte Farinha a pôr todos no lugar, com a subida de primeira categoria a encerrar os 170,8km começados na Maia a caminho de nova romaria à Senhora da Graça, numa jornada que inclui ainda as serras do Marão e do Alvão.
Ambas habituadas a estas lides, Viana do Castelo e Fafe recebem partida e chegada, respectivamente, da oitava etapa, outra oportunidade para velocistas, se forças houver, depois de outra chegada propícia, na sétima etapa, disputada entre Felgueiras e Paredes.
Já assumido é outro factor importante na disputa da Volta, a prova "rainha" do calendário velocipédico português, no caso o forte calor que se prevê para os 11 dias de competição.
De fora fica a Serra do Larouco, em Montalegre, que tem sido palco de decisões, desde logo no ano passado, uma vez que foi aqui que Colin Stüssi venceu e conquistou a camisola amarela, para nunca mais a largar, depois de uma edição em que a primeira metade foi muito menos dura do que será desta feita.
Entre as 17 equipas presentes, destaque para a Vorarlberg, do actual campeão, em busca de defender o título de 2023, e as espanholas Caja Rural, Euskaltel-Euskadi, Kern Pharma e Burgos-BH, as únicas do segundo escalão internacional.
A Volta a Portugal deste ano começa a subir
As proponentes internacionais incluem a Parkhotel Valkenburg, dos Países Baixos, a Echelon Racing, dos Estados Unidos, e a mexicana Petrolike, que se juntam às formações nacionais.
A Sabgal-Anicolor é o principal destaque do contingente luso, com o uruguaio Mauricio Moreira, vencedor em 2022, à cabeça, à qual se juntam ABTF-Feirense, AP Hotels&Resorts-Tavira-Farense, Aviludo-Louletano-Loulé Concelho, Credibom-LA Alumínios-MarcosCar, Efapel, Gi Group Holding-Simoldes-UDO, Rádio Popular-Paredes-Boavista e Tavfer-Ovos Matinados-Mortágua.

19.7.24

OPINIÃO: Rambo à prova de bala

“Fight, fight, fight”. O desafio lançado por Donald Trump, escassos minutos após ter ludibriado a morte no comício da Pensilvânia, cravou-se no peito de não se sabe quantos republicanos ou simples admiradores. O punho erguido, ao lado da face enraivecida e ensanguentada do candidato à presidência norte-americana, acompanha o slogan. A bandeira dos EUA compõe o cenário como pano de fundo. A história registará o momento. A fotografia, perfeita, e a frase são estampadas em t-shirts, “made in” país que mais incomoda os Estados Unidos. Da China para o Mundo, explica um criativo empreendedor nipónico que fez da tentativa de assassinato um negócio. Vende centenas por dia. Tem concorrência feroz no TikTok, na Amazon e também nas lojas de souvenirs de Nova Iorque. Há também as “Fight Fight Fight High-Tops”. São sapatilhas. Edição limitada a cinco mil pares. Brancas, adornadas com a bandeira norte-americana na zona do tornozelo e com a imagem de Donald Trump a erguer o braço após ter sido atingido numa orelha pela bala disparada por um jovem atirador que nem precisou de brincar às escondidas com os poderosos serviços de secretos. Fabricadas por uma empresa do império Trump, custam 273 euros. Dez delas serão autografadas.
“As lendas nunca morrem”, “Atingido, mas não abalado”, “Make America great again” são frases impressas também em chávenas e em outros objetos desta tática comunicacional pouco dada a questões éticas.
Donald Trump aceitou formalmente a nomeação do Partido Republicano para concorrer à cadeira do maior poder. Com 78 anos, surge qual Rambo nestas eleições presidenciais. Dos tempos modernos, com redes sociais e com estratégias de um verdadeiro influencer. À prova de bala, como se lê noutros produtos de merchandising.
* Manuel Molinos - Jornal de Notícias -19 julho, 2024 

18.7.24

SAÚDE: Colheita de sangue na vila de Fronteira alterada para 03 de agosto

A Associação de Dadores Benévolos de Sangue de Portalegre – ADBSP – informa que a brigada agendada para a vila de Fronteira, a 27 de julho, teve de ser alterada.
Por razões logísticas, ligadas à Unidade Funcional de Imunohemoterapia da ULSAALE, a nova data para esta colheita foi remarcada para a manhã do sábado 03 de agosto, no centro de saúde de Fronteira.
Apresentamos as nossas desculpas pelo sucedido, pese embora a ADBSP ser totalmente alheia à situação.
https://www.facebook.com/AssociacaoDadoresBenevolosSanguePortalegre/
JR

NISA: "Nisa em Festa" - Programa completo

 

COMENDA (Gavião): Festival BeatFest 2024

Transporte Oficial para o BeatFest 2024! 🚍
Temos ótimas notícias para todos os fãs do BeatFest 2024! Em parceria com o município do Gavião @municipiodegaviao , serão disponibilizados circuitos de autocarros para facilitar a tua ida e regresso ao festival. 🎉
Detalhes dos Circuitos:
CIRCUITO 1: [ABRANTES] ➡️ [RIBEIRA DA VENDA] - BeatFest 
Horário saída: 20h30 
Horário chegada: 22h00
Custo de 2.50€/viagem
CIRCUITO 2: [NISA] ➡️ [RIBEIRA DA VENDA] - BeatFest 
Horário saída: 20h30 
Horário chegada: 21h15
Custo de 2.50€/viagem
CIRCUITO 3: [PORTALEGRE] ➡️ [RIBEIRA DA VENDA] - BeatFest 
Horário saída: 20h30 
Horário chegada: 22h05
Custo de 2.50€/viagem
CIRCUITO 4: [PONTE SOR] ➡️ [RIBEIRA DA VENDA] - BeatFest 
Horário saída: 20h30 
Horário chegada: 21h30
Custo de 2.50€/viagem
Todos os circuitos acima mencionados têm hora prevista de regresso às 04h00
CIRCUITOS DIURNO 5: 
[RIBEIRA DA VENDA] ➡️ [COMENDA] ➡️ [RIBEIRA DA VENDA] - BeatFest 
Horário saída: 11h00/15h00
[RIBEIRA DA VENDA] ➡️ [GAVIÃO] ➡️ [RIBEIRA DA VENDA] - BeatFest 
Horário saída: 13h00/18h00

🌟 Benefícios:
Conveniência: Viagem confortável e sem preocupações.
Sustentabilidade: Reduz a pegada de carbono optando pelo transporte coletivo.
Como Usar:
Chega a Tempo: Certifica-te de chegar ao ponto de paragem com antecedência.
Curte a Viagem: Relaxa e aproveite a viagem até o #BeatFest!
🚍 Confere os Horários e CIRCUITOS Completos [texto acima 👆🏼 e no 2º slide]
Prepara-te para viver a experiência do BeatFest 2024 com todo o conforto e comodidade que mereces. Graças ao apoio do município do Gavião @municipiodegaviao , a tua viagem até o festival será ainda mais fácil e sustentável. 🌿
Não percas tempo! Planeia a tua rota e garante uma viagem tranquila até o BeatFest.

14.7.24

OPINIÃO: Futebol de Causas

O futebol pode ser uma plataforma poderosa no ativismo social e político. Os futebolistas, com toda a visibilidade mediática e influência junto das massas, têm a capacidade de chamar a atenção para questões importantes e de promover mudanças.
Neste cenário mundial em constante mudança, quer desportivo, quer social, em que crescem as incertezas e as guerras, o futebol continua a ser um desporto de massas, que se reflete na união à volta das seleções nacionais (como se pode ver neste Campeonato da Europa de futebol) ou dos clubes. Esta modalidade desportiva atrai milhões de praticantes, que se entregam à paixão pela bola e pelo jogo e encantam milhões de adeptos por todo o mundo. Seja de forma mais organizada, nos clubes de bairro ou de aldeia, nos clubes mais profissionalizados, ou até mesmo de uma maneira improvisada, nos ringues das grandes cidades ou nos baldios dos campos, o futebol é uma experiência universal que transcende nações, gerações, religiões e géneros. Devido à sua projeção mediática, alguns atletas têm aproveitado para passar mensagens para as massas, agitando consciências quer a nível político, social ou ambiental.
A história do futebol português não é muito rica em momentos destes. Uma exceção é o caso da equipa de futebol da Associação Académica de Coimbra, cujo papel foi crucial na luta estudantil contra a ditadura fascista. Em pleno regime ditatorial fascista, os estudantes de Coimbra reivindicavam mais liberdade, melhor qualidade de ensino, melhores condições nos refeitórios universitários, menos censura e liberdade de associação e reunião.
No dia 22 de junho de 1969, a final da Taça de Portugal de futebol colocou frente a frente a Associação Académica de Coimbra - Secção de Futebol contra o galardoado Benfica de Eusébio. Neste dia, milhares de panfletos foram distribuídos pelos espectadores no Estádio do Jamor com um comunicado da Direção da Académica, onde se pedia mais direitos para os estudantes universitários. Pela primeira vez, o chefe de Estado não compareceu à final da Taça de Portugal, evidenciando o medo do regime face à crescente onda de protestos estudantis e à possibilidade de revolta da massa adepta naquele dia. Os jogadores da Académica entraram em campo com as capas negras e em marcha lenta como forma de protesto. Por pouco não venceram a Taça (o Benfica venceu no prolongamento com golo de Eusébio).
A Associação Académica de Coimbra utilizou os seus jogos de futebol como veículo para continuar a luta estudantil, demonstrando como o desporto pode ser um meio poderoso para a luta e para a mudança. Por esta altura, Coimbra era um farol de esperança e liberdade para todo o país, culminando anos mais tarde na Revolução dos Cravos a 25 de abril de 1974. No Brasil, um dos exemplos mais conhecidos de ativismo no futebol foi Sócrates, ícone do Corinthians. Sócrates foi o fundador da Democracia Corinthiana, um movimento que promoveu a gestão democrática do clube, dando voz a todos os seus membros, desde jogadores a funcionários. Este coletivo era uma das principais correntes da luta pela democracia num Brasil ainda sob o jugo de uma ditadura militar.
A Democracia Corinthiana foi um movimento revolucionário que cresceu muito para além do futebol, influenciando a política e a sociedade brasileiras. Ao transferir-se para a Fiorentina, anos mais tarde, Sócrates afirmou, na conferência de imprensa que servia para apresentação aos adeptos, que a sua ida para Itália tinha como principal objetivo estudar e ler mais sobre Gramsci, reforçando o seu compromisso com a causa política.
Diego Armando Maradona, um dos maiores futebolistas de todos os tempos, também não se coibiu de se expressar a nível político. Numa Argentina assolada pela ditadura militar de Videla, Maradona usou a sua notoriedade para criticar o regime e apoiar causas populares. No futebol, foi crítico das medidas do futebol-negócio da FIFA de Havelange a Blatter, criticando a organização do Mundial de Futebol do México, em 1986, que tinha jogos ao meio-dia, sob calor abrasador, com o objetivo de aumentar as audiências televisivas na Europa. A força da sua voz ultrapassou as causas desportivas, tornando-se um símbolo de resistência. Maradona não teve medo de se posicionar de uma forma firme e convicta contra as injustiças, quer na Argentina, quer por onde foi passando enquanto futebolista, tornando-se grande amigo de líderes revolucionários como Fidel Castro e Hugo Chávez.
Eric Cantona, ex-jogador do Manchester United, é conhecido tanto pelo seu talento quanto pelo seu ativismo. Em 1995, durante um jogo frente ao Crystal Palace, Cantona protagonizou um incidente ao pontapear um adepto fascista que era militante do National Front (partido político britânico de extrema-direita, populista e fascista) durante um jogo do Man Utd. Este ato, embora controverso na altura, demonstrou a sua posição contra o racismo e o fascismo. Eric é neto de espanhóis republicanos que lutaram contra Franco na Guerra Civil Espanhola, o antifascismo corre-lhe nas veias. Em 2010, já depois de ter acabado a carreira futebolística, incentivou a população a retirar todas as suas economias dos bancos como forma de protesto contra um sistema financeiro que apenas beneficiava o grande capital, sufocando a vida do povo francês ao máximo, o que levou o presidente francês e a ministra da Economia, à data, Nicolas Sarkozy e Christine Lagarde, respetivamente, a pedirem em direto à população que não o fizessem. Atualmente, Cantona apoia ativamente a causa palestiniana e outras lutas por justiça social. A sua carreira foi marcada por uma série de atos de rebeldia, mas também por uma grande consciência social e política.
O guarda-redes Claudio Bravo da seleção chilena manifestou-se publicamente contra as políticas neoliberais do presidente Sebastián Piñera em 2019, criticando a privatização excessiva que estava a ser levada a cabo pelo Governo no Chile (água, luz, gás, sistema de ensino, saúde, pensões, estradas, florestas, o sal de Atacama, os glaciares e os meios de transporte) e afirmando «que o país pertencia ao povo, não a um punhado de indivíduos».
Megan Rapinoe, capitã da seleção feminina de futebol dos Estados Unidos, é uma grande voz em defesa da igualdade salarial, direitos LGBT+ e justiça racial. Após o Mundial de Futebol, Rapinoe usou o discurso de vitória para exigir mudanças significativas na igualdade de género no desporto, destacando a disparidade salarial entre as seleções femininas e masculinas. Além disso, tem sido uma defensora fervorosa dos direitos LGBT+, utilizando a sua visibilidade para apoiar a comunidade e promover a inclusão. Para além da luta pela igualdade de género, Megan tem sido uma defensora da justiça racial, sendo uma das primeiras atletas a ajoelhar-se durante o hino nacional dos Estados Unidos em solidariedade com o movimento Black Lives Matter. Tudo isto fez dela uma das vozes mais influentes no panorama do desporto feminino a nível mundial.
Marta foi outra das futebolistas com mais brilhantismo na história do futebol feminino e, tal como Rapinoe, enquanto atleta, usou a sua visibilidade para lutar pela igualdade de género no futebol. Foi uma voz incansável na defesa da igualdade salarial e melhores condições para as jogadoras de futebol feminino. Durante o Mundial de Futebol Feminino de 2019, Marta fez um apelo às jovens jogadoras para lutarem pelos seus sonhos e pela igualdade, mostrando-se crítica do patriarcado instalado no futebol.
Asisat Oshoala, futebolista da seleção feminina da Nigéria, atualmente no Bay FC e ex-jogadora de Barcelona e Arsenal, tem sido uma defensora ativa dos direitos das mulheres e da educação das raparigas no seu país. Através da sua fundação, Oshoala organizou programas de desenvolvimento e bolsas de estudo para jovens raparigas, promovendo a educação e o desporto como ferramentas de emancipação feminina.
Marcus Rashford, estrela do Manchester United e da seleção inglesa, liderou uma campanha para fornecer refeições escolares de forma gratuita às crianças mais carenciadas do Reino Unido. Esta iniciativa foi crucial durante a pandemia do COVID19, quando muitas famílias enfrentavam dificuldades económicas, Rashford utilizou a sua plataforma para pressionar o governo britânico a manter o programa de refeições gratuitas, garantindo que milhares de crianças não passassem fome.
Héctor Bellerín, lateral do Real Betis e antigo jogador do Arsenal, tem sido outro dos futebolistas que tem utilizado a sua posição mediática para promover, neste caso, uma maior consciência ambiental. Quando jogava em Londres, no Arsenal, comprometeu-se a plantar milhares de árvores para cada vitória dos gunners e tem sido um defensor ativo de práticas sustentáveis, tanto na sua vida pessoal (veganismo e defesa dos direitos dos animais) como no futebol (é acionista do Forest Green Rovers, um clube de futebol com pegada de carbono zero que irá militar na National League inglesa na época 2024/25). Além disso, Bellerín apoia diversas iniciativas ecológicas, mostrando que os futebolistas também podem ter um papel crucial na luta contra as alterações climáticas.
Raheem Sterling, jogador do Chelsea e da seleção inglesa, é uma voz ativa contra o racismo no futebol e na sociedade. Sterling tem utilizado as suas redes sociais e entrevistas para denunciar atos de racismo e para promover a igualdade racial incentivando as autoridades a tomar medidas mais rígidas contra o racismo nos estádios de futebol.
Alphonso Davies, jogador do Bayern de Munique e da seleção canadiana, tem origens libanesas e nasceu num campo de refugiados no Gana, para onde fugiram os seus pais de uma guerra civil na Libéria. Tem utilizado a sua história pessoal como refugiado para apoiar causas relacionadas com os direitos dos refugiados e migrantes. Davies tem colaborado com a ONU para promover a consciencialização sobre os desafios enfrentados pelos migrantes e para angariar fundos para programas de assistência humanitária nos campos de refugiados.
Juan Manuel Mata, antigo jogador do Valência e Man Utd, é o fundador do projeto chamado Common Goal, que convida jogadores de todo o mundo a doarem 1% dos seus salários a projetos de caridade ao redor do mundo. Este movimento tem vindo a crescer e atraiu a participação de muitos jogadores um pouco por todo o mundo.
Vários outros jogadores e ex-jogadores de futebol têm demonstrado publicamente o seu apoio à causa palestiniana, utilizando as suas redes sociais para demonstrar solidariedade e consciencializar os seus seguidores sobre o genocídio levado a cabo pelo Estado de Israel contra o povo palestiniano, entre eles estão Benzema, Mané, Salah, Pogba, Hakimi, Mahrez, Slimani, Mohamed Elneny, Marega, Ozil e Arda Turan.
Nesta edição de 2024 do Campeonato da Europa de futebol masculino a decorrer na Alemanha, foram mais que uma as vezes que Kylian Mbappé e alguns dos seus colegas utilizaram as conferências de imprensa e as suas contas das redes sociais para apelar ao voto nas eleições legislativas francesas, alertando contra o perigoso crescimento da extrema-direita e do fascismo em França e o que isso pode significar para a população francesa no geral, essencialmente para a população racializada.
O número dez e capitão dos Bleus, um dos jogadores mais talentosos do mundo do momento, não se limitou às jogadas incríveis que nos vai presenteando no campo, tem sido também uma figura ativa na promoção de causas sociais, incluindo o combate ao racismo e na promoção da educação. Esta influência é sentida não apenas no bairro onde cresceu, mas um pouco por toda a França.
Atualmente, ao nível do nosso país temos Francisco Geraldes, que joga no Johor da Malásia, que tem utilizado as redes sociais para manifestar-se a favor de várias causas sociais. Recentemente, após marcar um golo, celebrou levantando uma camisola com a imagem de Cláudia Simões, condenada num caso envolvendo polícias na Amadora. Este gesto serviu para alertar o país de um caso que passou despercebido na generalidade da comunicação social e sublinhou o seu apoio à causa e o combate à discriminação racial.
Estes são alguns dos exemplos que demonstram como o futebol pode ser uma plataforma poderosa no ativismo social e político. Os futebolistas, com toda a visibilidade mediática e influência junto das massas, têm a capacidade de chamar a atenção para questões importantes e de promover mudanças. Assim, desejo que mais atletas percam o medo e se pronunciem sobre as injustiças sociais, levando a que isso agite a consciência das massas e desperte para a luta por um mundo mais justo.
* Filipe Freitas in AbrilAbril - 12 de Julho 2024