31.7.24

MARVÃO: Exposição "Terra (da) Mãe" de Jaime Rodrigues

 


“Incompetência”. O que se passa no Metro de Lisboa?

Prometeu resolver os problemas. No entanto, um ano passou e o Metro de Lisboa tem cada vez mais elevadores e escadas rolantes avariados. Empresa pública culpa avarias, vandalismo e as empresas contratadas para reparação.
Em julho de 2024, 22 dos 117 elevadores estavam fora de serviço, um aumento face aos 16 avariados no ano anterior. Segundo dados avançados pelo Público esta terça-feira, as escadas rolantes imobilizadas passaram de 26 para 39 — cerca de 19% e 16% de inoperacionalidade, respetivamente.
A situação tem gerado grandes transtornos para os utentes, especialmente para aqueles com mobilidade reduzida que dependem desses equipamentos para poderem utilizar o metro.
Faltam peças e meios, diz a empresa pública há mais de dois anos, que também culpa os recorrentes atos de vandalismo. E apesar de a acessibilidade ser “matéria prioritária”, a solução não está próxima, avisa.
Muitos dos problemas são causados por avarias pequenas, que são resolvidas no próprio dia, enquanto outras, mais graves, podem demorar mais devido à necessidade de peças específicas que não estão imediatamente disponíveis.
O Metro culpa também a ineficácia das empresas contratadas em assegurar as reparações, uma justificação que “custa a aceitar”, na opinião de Bruno Vieira Amaral na rádio Observador.
“Já nem vou falar do metro em si, que em hora de ponta chegam a ter intervalos de 10 minutos, o que é absolutamente inaceitável numa capital europeia. Acho que não funciona assim em lado nenhum”, diz.
O “desgaste, fruto da utilização diária pelos clientes a situações adversas, como condições ambientais a atos de vandalismo, agravadas pela idade média dos equipamentos, bem como a falta de meios dos prestadores externos de serviços de manutenção e a incapacidade de adquirirem atempadamente peças necessárias às reparações” são os motivos apontados para a crescente degradação das instalações.
“Não é um incentivo ao exercício físico. É só incompetência“, remata o comentador.
Investimento não melhorou. Só piorou
Em 2023, o Metropolitano de Lisboa anunciou um investimento de 3,2 milhões de euros em manutenção e substituição de acessos mecânicos, um aumento em relação aos dois milhões gastos no ano anterior. No entanto, este investimento não resultou numa melhoria significativa do serviço.
A empresa iniciou um processo de reabilitação das escadas rolantes na estação Baixa-Chiado em 2018, com um custo total de 1,5 milhões de euros, depois de ser relatada uma situação “infernal” na movimentada estação: sem elevadores disponíveis, é preciso enfrentar mais de 200 degraus para chegar ou sair do metro.
As obras incluem a substituição e reparação de escadas rolantes e estão previstas para concluir em setembro de 2024. Para melhorar a acessibilidade, três novos elevadores estão a ser instalados na estação Baixa-Chiado e dois na estação da Alameda.
A Linha Azul é a mais afetada, com uma taxa de inoperacionalidade dos elevadores de 28,57%. Dos 42 elevadores nesta linha, 12 estão fora de serviço. A Linha Vermelha também enfrenta problemas significativos, com uma taxa de inoperacionalidade de 24,39%. Em comparação, a Linha Verde tem 19% dos seus elevadores inoperacionais, enquanto a Linha Amarela é a menos afetada, com apenas 8% dos elevadores fora de serviço.
A empresa prevê que 60% das escadas rolantes imobilizadas estarão operacionais até ao final de agosto de 2024.
Tomás Guimarães, ZAP //31 Julho, 2024
 

CAMPO MAIOR: Quinzena Gastronómica do Bacalhau

 


SINES: A Pedalar pela Fronteira | Aguarelas de Pedro Gil

03 a 31 Agosto 2024
CAS - Átrio e Espaço de Periódicos | Abertura no dia 3 de agosto, 15h00, com a presença do artista | Segunda a sexta, 10h00-20h00; Sábados e feriados, 12h00-18h00
Pedro Gil, cicloturista natural de Leiria, percorreu de bicicleta os limites de Portugal Continental, de Moledo a Vila Real de Santo António, e pintou, em aguarelas, os locais mais emblemáticos por onde passou ao longo de 1300 km.
O projeto nasceu durante a pandemia, quando o artista, impedido de sair do País, se sentiu estimulado a ir conhecer o interior de Portugal.
Depois da primeira experiência pela fronteira, em 2021, Pedro Gil prosseguiu a aventura, viajando pela costa, em 2022, também motivado pelo objetivo de incentivar o uso da bicicleta.
Em 2023, foi a vez do arquipélago dos Açores.
Com um percurso académico sempre com base em óleo e acrílico, "A Pedalar pela Fronteira" deu a Pedro Gil a possibilidade de uma abordagem à técnica da aguarela.

PROENÇA-A-NOVA: Festival da tigelada arranca a 3 de agosto em 19 restaurantes

O Festival da Tigelada arranca a dia 3 de agosto e vai prolongar-se até ao dia 25 em 19 restaurantes aderentes que se comprometem a apresentar diariamente esta sobremesa na sua ementa. Para a realização do Festival da Tigelada, a autarquia irá oferecer aos restaurantes aderentes caçoulos personalizados para a venda e exibição deste doce típico do concelho e alguns brindes a distribuir pelos clientes que consumirem este doce.
A tigelada de Proença-a-Nova é hoje uma marca consolidada do concelho de Proença-a-Nova e a realização do Festival vem também reforçar o aumento da aposta neste produto endógeno, que reforça o interesse do Município em dar a conhecer este doce tão típico do concelho, produzido ao longo de todo o ano e com interesse acrescido nos meses de maior enchente.
O balanço do ano passado foi positivo: pela forte procura pela tigelada seja em doses individuais, seja em caçoulo para levar, principalmente por parte de turistas que vêm a Proença-a-Nova para degustar a tigelada que já todos conhecem. Na generalidade, os agentes económicos consideram uma boa aposta da autarquia em promover este doce típico e que foi uma das sobremesas que venderam mais.
O Município tem aposta ano após ano na promoção daquela que é considerada a rainha da doçaria do concelho e que promove igualmente o território e outras atividades económicas a ela associadas.
Atualmente, a maioria dos restaurantes tem a tigelada nas suas ementas durante todo o ano e um dos pontos de venda é a marca Proença-a-Nova Origem, em que pode encomendar para levantar em Proença-a-Nova ou na loja o Sítio Certo, no Mercado de Benfica, em Lisboa.

30.7.24

COISAS BUNITAS: CELEBRAR SARA TAVARES

 

CONCERTO DE HOMENAGEM - 19 NOVEMBRO 2024
COLISEU DOS RECREIOS DE LISBOA
Dia 19 de Novembro de 2024 fará um ano que a nossa querida Sara Tavares nos deixou e, para assinalar esta data, acontece um espetáculo de homenagem e celebração da sua vida e obra, no Coliseu dos Recreios de Lisboa, o qual juntará num só palco e numa só noite muita gente “bunita”.
Este concerto irá contar com 16 cantores convidados - Ana Moura, Capicua, Carlão, Dino D' Santiago, Djodje, Ivandro, Luiz Caracol, Lura, Miroca Paris, Nancy Vieira, Nenny, Richie Campbell, Samuel Úria, Selma Uamusse, Slow J e Toty Sa'Med - que se irão juntar a toda a equipa que acompanhava a Sara Tavares – os seus músicos e técnicos – para nos proporcionarem um momento que, não temos dúvida, será memorável!
O impactante início de carreira de Sara Tavares, o desenvolvimento da sua sonoridade tão própria, juntamente com a valorização cultural individual e comunitária, serviu de inspiração e motivação para toda a sua geração e seguintes, em especial em Portugal e nos países da Lusofonia, mas também um pouco por todo o Mundo, abrindo, ao mesmo tempo, portas para os artistas que vieram a seguir ou mesmo para alguns contemporâneos que não tinham o devido reconhecimento.
Para dar continuidade a tudo o que a Sara Tavares representa, está a ser desenvolvido o projeto "Casa Saracotiar" (a Casa Sara Tavares) que, um dia, queremos que seja física e na cidade de Lisboa; um lugar onde se continuará a desenvolver e a dar a conhecer mais de perto a Sara Tavares, a sua história, a sua música, o seu legado e que irá continuar a criar pontes, oportunidades, a apoiar e inspirar novos artistas, nas mais diversas formas de arte, através de ações desenvolvidas para o efeito. Qualquer receita positiva deste espetáculo reverterá a favor da “Casa Saracotiar”.
“Coisas Bunitas – Celebrar Sara Tavares” será uma oportunidade única para todos podermos reviver a Sara Tavares e a sua música e, ao mesmo tempo, celebrar e homenagear, em boa companhia, esta Pessoa e esta Artista que tanto nos deu!

29.7.24

Apresentação mundial em CASTELO DE VIDE

 

Suporte Básico de Vida inspira poesia de Manuel Jorge Marmelo
Não, não é um livro de socorrismo. Melhor ainda, trata-se de uma peça poética. E com direito a cereja em cima do bolo, pois tem a assinatura de Manuel Jorge Marmelo – MJM.
A primeira sessão de apresentação vai ter lugar no sábado 03 de agosto, às 17:00 horas, na Casa da Liberdade, rua de Santo Amaro n.º 13, perto da Igreja Matriz de Castelo de Vide.
Segundo o site e-cultura.pt : «ao perguntaram a MJM se também escrevia poesia, o romancista teve sempre o hábito de desconversar e fingir — afinal como qualquer poeta. Suporte Básico de Vida (SBV) – edição de autor com a chancela Piolho dos Livros – reúne uma parte substancial dos versos que MJM foi cometendo a par da prosa, permitindo finalmente conhecer o seu irregular labor poético.
Às vezes ternos, às vezes cruéis, os poemas de SBV dão corpo a um universo poético marcado pela ironia e pela melancolia, pela persistência da infância e também pelo amor, pela vida e pela morte.
 Recordo ainda, tantas vezes, o sabor
de um punhado de terra na boca,
o frio da lâmina na garganta,
a mão rude posta no meu peito
e o hálito do rufião que me ensinou
de quanto medo se faz um homem.

 Reunindo um conjunto de textos na sua esmagadora maioria inéditos, SBV inclui também poemas que já haviam sido revelados, de forma discreta e episódica.
“Nunca fui capaz de determinar se os poemas que escrevo possuem alguma qualidade que os favoreça ou se podem, sequer, ser considerados poesia. Deixo-o agora à consideração dos eventuais leitores da pequena insensatez que há na publicação deste livro”, diz o autor».
Retratos de Jorge Irasagarra
Na emblemática rua de Santo Amaro, naquela casa 13, em paralelo com o lançamento da mais recente edição do escritor com costela castelovidense, vai ser inaugurada a exposição de fotografia “Apenas um pouco tarde” de Jorge Irasagarra (descubra mais em jorgeirasagarra.wixsite.com/home), artista portuense colaborador de jornais e revistas, afinal como MJM.
A fotografia da capa de SBV integra a exposição. Um retrato que foi apresentado pela primeira vez, há quatro anos e meio, na Biblioteca Municipal Florbela Espanca e, agora, emprestado pela Câmara Municipal de Matosinhos para integrar a mostra.
JR
 

3º Festival Mais Solidário alia música à solidariedade

 

Dias 2, 3 e 4 de Agosto/24 na cidade de Castelo Branco
Festival é organizado pela Associação de Apoio Quatro Corações As receitas obtidas neste evento de cariz solidário, destinam-se exclusivamente a financiar e a regular a actividade da associação no apoio a pessoas carenciadas, nomeadamente na entrega de refeições quentes a quem mais necessita.

EDUCAÇÃO: Vila Velha de Ródão garante Ensino Secundário a partir do próximo ano letivo

 

A partir do ano letivo 2024/2025, o Agrupamento de Escolas de Vila Velha de Ródão assegura a oferta do Ensino Secundário aos alunos do concelho, o que lhes permite continuarem a estudar nos seus locais de residência.
Em nota de imprensa, a autarquia refere que se traduz numa “grande vitória para todos os jovens do concelho” e “assegura a igualdade de oportunidades no acesso a uma educação de qualidade”, como esclarecem a diretora do Agrupamento de Escolas, Sandra Jordão, e o presidente da Câmara Municipal de Vila Velha de Ródão, Luís Pereira.
Até agora, Vila Velha de Ródão era um dos poucos concelhos do país e o único do distrito de Castelo Branco a não disponibilizar aos seus alunos a oferta do Ensino Secundário, o que obrigava as crianças e jovens que finalizavam o 9.º ano a continuar os estudos nos concelhos vizinhos.
Para a diretora do Agrupamento de Escolas de Vila Velha de Ródão, Sandra Jordão, “esta é uma grande vitória para todos os jovens do concelho”. “A transição do Ensino Básico para o Secundário é sempre difícil, tornando-se ainda mais difícil quando os alunos se veem obrigados a mudar de escola e localidade. A distância e o tempo necessário para realizar a viagem até aos agrupamentos onde lhes oferecem o Ensino Secundário, quase sempre localizados na sede de distrito (Castelo Branco), obriga os alunos a sair mais cedo de casa e a regressar mais tarde, logo o tempo disponível para o estudo é menor e o cansaço é maior, situação que compromete o seu sucesso e qualidade de sucesso”, esclarece esta responsável.
“Face ao aumento da população entre os 0 e os 14 anos registada nos Censos 2021 e à consolidação do crescimento do número de alunos a frequentar o Agrupamentos de Escolas de Vila Velha de Ródão desde o ano letivo 2017/2018, em nome da igualdade de oportunidades no acesso à educação de qualidade, esta era uma exigência à qual o Ministério da Educação não podia deixar de dar resposta e que vem ao encontro dos esforços feitos pela autarquia para fixar a população no concelho”, revela o presidente da Câmara Municipal de Vila Velha de Ródão, Luís Pereira, que se mostra satisfeito por ver juntar ao desenvolvimento económico, que o concelho já oferece, o desenvolvimento social e cultural.
A oferta iniciar-se-á este ano letivo com uma turma mista de cerca de 25 alunos dos cursos de Ciências e Tecnologias e Línguas e Humanidades e será alargada ao 11.º ano em 2025/2026 e ao 12.º ano em 2026/2027. “Dado que o concelho possui um tecido empresarial muito interessante, vamos continuar a lutar para também oferecer o Ensino Profissional, uma necessidade identificada entre as áreas prioritárias no relatório final da Comunidade Intermunicipal da Beira Baixa de novembro de 2023”, refere Sandra Jordão, que agradece aos colegas de direção e ao executivo da Câmara Municipal de Vila Velha de Ródão o apoio dado para a concretização desta medida.
·       2024-07-28 -Diário Digital Castelo Branco

SAÚDE: 31 dadores de sangue na “Sintra do Alentejo”

Numa manhã bem quentinha, mesmo com os refrescantes ares a descerem da serra de São Paulo, a Associação de Dadores Benévolos de Sangue de Portalegre – ADBSP – instalou o seu staff em Castelo de Vide. Uma jornada que contou com a colaboração da Unidade Funcional de Imunohemoterapia da ULSAALE.
No centro de saúde local entraram 33 voluntários. Também nesta vila as mulheres foram superiores, com 17 inscrições (51,5 %).
Uma vez submetidos aos obrigatórios testes, verificou-se que dois dos presentes não podiam, desta feita, concretizar a doação. Assim, rumaram da “Sintra do Alentejo”, para os utentes que precisam de transfusões, um total de 31 unidades de sangue total, o que é de se sublinhar.
E também não deixamos em branco a boa noticia de que três novos dadores se estrearem nesta ocasião, no caso dois homens e uma mulher.


O final da manhã ficou marcado com a saudável confraternização, num almoço que contou com o apoio da Câmara Municipal de Castelo de Vide.
Fronteira a 03 de agosto
Atenção que foi alterada a data da próxima brigada, no caso na vila de Fronteira. Por razões logísticas, esta colheita foi remarcada para 03 de agosto, no centro de saúde desta vila. Um contratempo pelo qual apresentamos as nossas desculpas, pese embora a ADBSP ser totalmente alheia à situação.
Depois, a 24 de agosto, estaremos no Centro Cultural de Alpalhão (Nisa).
Sábados da parte da manhã.
Não nos cansamos de ecoar que espírito altruísta dos dadores de sangue é ilimitado!
https://www.facebook.com/AssociacaoDadoresBenevolosSanguePortalegre/
JR

28.7.24

MÚSICA: Morreu John Mayall, lendário guitarrista britânico de blues

Tocou com Eric Clapton e Mick Taylor, influenciou inúmeros artistas dentro do rock e entrou este ano para o “corredor da fama” do género: John Mayall morreu aos 90 anos
A notícia da sua morte foi avançada pela sua família, através das redes sociais. O músico britânico na passada segunda-feira na sua casa na Califórnia. Não foram avançadas as causas do óbito mas, em comunicado, a família de Mayall refere “problemas de saúde que levaram ao fim de uma carreira épica na estrada, e que finalmente trouxeram a paz a um dos maiores guerreiros deste mundo”.
A notícia da sua morte foi avançada pela sua família, através das redes sociais. O músico britânico na passada segunda-feira na sua casa na Califórnia. Não foram avançadas as causas do óbito mas, em comunicado, a família de Mayall refere “problemas de saúde que levaram ao fim de uma carreira épica na estrada, e que finalmente trouxeram a paz a um dos maiores guerreiros deste mundo”.
O maior sucesso de John Mayall, ‘Room to Move’, foi lançado em 1969, ano em que também editou “The Turning Point”, álbum ao vivo que atingiu o estatuto de disco de ouro. Em 2001, lançou “Along For the Ride”, disco de celebração dos seus 40 anos de carreira que contou com as colaborações de Billy Gibbons (ZZ Top), Steve Miller, Otis Rush ou Jonny Lang.
Mayall entrou para o “corredor da fama” do blues em 2016 e irá entrar para o do rock em outubro, tendo sido distinguido com o prémio de Influência Musical. O seu último álbum, “The Sun Is Shining Down”, data de 2022. Deu vários concertos em Portugal, o último dos quais no Centro Cultural de Belém, em 2019.
 * Paulo André Cecílio - Expresso - 24 julho 2024

PÉ DA SERRA E VINAGRA: Festas de São Simão

                             

26.7.24

MARVÃO E VALÊNCIA DE ALCÂNTARA: XIX Festival Transfronteiriço Boda Régia

Recriação histórica da chegada do Rei D. Manuel a Marvão no dia 1 de agosto
A 19ª edição do Festival Transfronteiriço “Boda Régia”, organizado pelo Ayuntamiento de Valencia de Alcántara, em colaboração do Município de Marvão, realiza-se de 1 a 4 de agosto, com programa repleto de atividades culturais.
No dia 1, quinta-feira, as atividades estão agendadas para a Portagem, a partir das 21h30, com destaque para a recriação histórica da chegada do Rei D. Manuel a Marvão (junto à Ponte Quinhentista). O programa para esta noite contempla ainda uma representação teatral, danças da época e um recital de guitarra clássica com Miguel Gromicho.
Este evento transfronteiriço, declarado como “festa de interesse turístico regional da Extremadura”, em 2016, conta ainda com um mercado típico da época, artesãos a trabalhar ao vivo, desfiles, jogos para crianças e espetáculos musicais.
Na sexta-feira, dia 2, a partir das 20h00, realiza-se o tradicional desfile das comitivas reais por Valencia de Alcántara, onde o Rei D. Manuel vai ser acompanhado por quatro dezenas de convidados marvanenses.
A recriação histórica do enlace que uniu o Rei de Portugal, D. Manuel I, "O Afortunado", com a Infanta Isabel de Castela e Aragão, filha primogénita dos Reis Católicos, em 1497, é o ponto alto das comemorações e decorre nos dias 3 e 4, pelas 22h00, na Igreja de Rocamador, em Valencia de Alcántara. “De amor, justiça e conveniência” é o nome da obra teatral, com texto e encenação de Javier Uriarte.
Este ano e pela primeira vez, a turma de Teatro e Dança Medieval, da Universidade Sénior de Marvão, participa na Boda Régia com várias representações teatrais e de dança, tanto na Portagem, como em Valencia de Alcántara.

ÉVORA: BUONA FRESCO | Vista Guiada Paço de São Miguel e Casas Pintadas

Ao anoitecer, criaturas mitológicas ganham uma outra vida nas pinturas a fresco do Paço de São Miguel e das Casas Pintadas!
Nesta visita noturna única a interpretação das histórias e da simbologia revela-se numa experiência mágica para os os amantes da arte e da mitologia.
Duração: 60 minutos
A participação é gratuita mediante inscrição prévia em https://www.i-fea.pt/buona-fresco/
31 julho 2024 - quinta-feira, 21h00
Páteo de São Miguel, 7001-901 Évora
mais informação: www.fea.pt

25.7.24

DESPORTO: Nova lei ameaça competições desportivas em Portugal

O fim da manifestação de interesse também está a afetar o desporto. Os clubes têm atrasadas as inscrições dos atletas nas ligas profissionais, e há mesmo o risco de não haver jogadores suficientes até ao arranque do campeonato.
As novas leis da imigração também estão a afetar o desporto nacional.
Desde 4 de junho, os estrangeiros que quiserem viver para Portugal — exceto os oriundos de países da CPLP — têm de apresentar logo à chegada um visto de trabalho ou de procura de trabalho para terem autorização de residência.
Em causa está o fim do art.º 88, dirigido aos trabalhadores por conta de outrem, e do art.º 89, para quem estava no país a trabalhar por conta própria.
Desde a entrada em vigor do decreto-lei, qualquer pedido de manifestação de interesse passou a ser recusado, mesmo que o requerente já esteja em Portugal.
Como explica o especialista em Direito Migratório, Mateus Ferreira, ao Zerozero, até então a manifestação de interesse era uma via muito “vantajosa” para os clubes já que era suficiente para permitir a inscrição dos atletas nas ligas profissionais.
O processo passa, agora, a ser bem mais complexo: “Com o novo Decreto-Lei, os clubes não terão simplesmente de preencher um formulário e submeter um conjunto simples de documentos, o processo requererá maiores conhecimentos, tornando-se mais extenso, burocrático, complexo e previsivelmente mais moroso”, explica o advogado.
Restam, aos clubes, duas hipóteses: fazer o pedido de Visto de Trabalho (Visto D1), para procura de trabalho, ou da Autorização de Residência CPLP, Visto E5 – aplicável a desporto amador, mas não a desporto profissional.
No entanto, o prazo médio do pedido desses vistos é de três meses. Ou seja, neste cenário, os clubes arriscam-se a não conseguir inscrever os jogadores em tempo útil: “Tendo em conta que o prazo para a emissão do visto é de 90 dias úteis, este prazo é completamente inexequível para os clubes e jogadores, pois não coincide com o mercado de transferências que tem a duração de dois meses”.
Para Mateus Ferreira, a solução é criar um visto especial para desportistas, ou ainda pela criação de métodos especiais de aceleração dos processos.
Ao Zerozero, João Amaral, diretor-técnico da SAD do Rio Ave, confessou que o clube se arrisca a não ter jogadores para atuar na primeira jornada da I Liga.
“Temos jogadores de Israel, que chegam agora de Inglaterra e o próprio Brandon Aguilera, que vem da Costa Rica. Temos vários jogadores fora do Espaço [Schengen] que vão ter essa dificuldade se não for resolvido. Podemos correr o risco, se isto não for resolvido rapidamente, de não termos jogadores suficientes para ir a jogo na primeira jornada. Podemos ir a jogo, se calhar, mas com os sub-23. Era simplesmente uma imagem muito negativa para a liga portuguesa”, desabafou.
 
ZAP - 20 JULHO, 2024

69 atletas olímpicos palestinianos mortos por Israel em Gaza

 

O Comité Olímpico Internacional (COI) e a FIFA juntaram-se para assegurar lugar a uma equipa do apartheid genocida de Israel.
Entre os quase 40 mil palestinianos assassinados por Israel na faixa de Gaza estão 69 atletas olímpicos, incluindo Hani Al-Mossader, técnico da seleção olímpica palestina de futebol, e Majed Abu Maraheel, o primeiro atleta olímpico palestino.
O COI ignorou o apelo do Comité Olímpico Palestiniano para excluir Israel dos Jogos, um apelo apoiado por mais de um milhão de pessoas em todo o mundo, membros do parlamento, atletas internacionais e de Mandla Mandela, o neto de Nelson Mandela.
Na semana passada, também a FIFA interveio desresponsabilizar o Estado sionista, adiando a decisão de banir a seleção Israelita do futebol mundial até depois dos Jogos Olímpicos.
O Tribunal Internacional de Justiça decidiu que organismos internacionais como o COI e a FIFA estão obrigados a, no seu âmbitos, reconhecer e dar consequência aos crimes cometidos por Israel contra os palestinianos: crimes de guerra, crimes contra a humanidade e genocídio.
Israel matou mais de 39 mil palestinianos na Faixa de Gaza desde outubro de 2023. Especialistas dizem que esse número pode aumentar até quase 200 mil devido aos efeitos duradouros do genocídio, incluindo a guerra de fome contra 2,3 milhões de pessoas.
in www.esquerda.net - 5 de julho 2024 

CEDILLO: Fiestas del Emigrante 2024

 


TRADIDANÇAS: Festival de Tradições, Dança, Música e Natureza

 

31 Julho a 4 Agosto | Carvalhais
A Fundação INATEL junta-se, como parceira, à ATASA – Associação Turística e Agrícola da Serra da Arada e à Câmara Municipal de São Pedro de Sul, na 6ª edição do TRADIDANÇAS – Festival de Tradições, Dança, Música e Natureza, que tem lugar de 31 de julho a 4 de agosto de 2024, em Carvalhais (São Pedro do Sul).
O TRADIDANÇAS é um espaço de encontro entre artistas, visitantes e a comunidade, que através das danças tradicionais se reúnem para partilhar saberes, formas de estar, de ser, em plena Serra da Arada. É um espaço de multiplicidade e respeito pela diversidade cultural, que estabelece sinergias, cria elos e estabelece relações entre o outro, convidando à participação ativa de todos os que visitam este Festival e fazem da dança a sua língua, ao longo de 4 dias.
A Fundação INATEL convida-o a entrar nesta dança, a visitar este Festival e o Palco INATEL, por onde irão passar músicos e bailadores, profissionais e amadores e viaje, através da dança tradicional, pelo país e pelo mundo. Contamos consigo!
Convite Especial para os Nossos Associados
Gostaríamos de convidar todos os nossos associados a participar neste evento imperdível.
Temos 10 entradas gerais e 5 bilhetes diários para os primeiros associados que se dirigirem à INATEL de Viseu.
 

CONVITE: Cerimónia de Abertura da XXIV Feira Raiana

 

26 de julho de 2024, 18h00
Centro Cultural Raiano
Convida-se toda a população para a Cerimónia de Abertura da XXIV Feira Raiana que vai decorrer no dia 26 de julho de 2024, pelas 18h, no Centro Cultural Raiano, em Idanha-a-Nova, com o seguinte programa:
🔹Receção às entidades com o Grupo de Adufeiras da USIN
🔹Inauguração de exposições:
     ▪️ Bernard Cornu e Portugal: a peregrinação de um olhar – Fotografia
     ▪️ 𝐹𝑟𝑎𝑔𝑚𝑒𝑛𝑡𝑎 𝐹𝑖𝑑𝑒𝑖: a Arte Visigótica da Egitânia
     ▪️ Guardados 002 – instalação 𝑠𝑖𝑡𝑒-𝑠𝑝𝑒𝑐𝑖𝑓𝑖𝑐 - Filipe Faria (Fotografia, Filme e Som)
     ▪️ Paisagem sonora sobre Redondilha para Talha - instalação 𝑠��𝑡𝑒-𝑠𝑝𝑒𝑐𝑖𝑓𝑖𝑐 - CCR XXV / As sementes da criação
🔹 Discursos das entidades oficiais
🔹 Homenagens a cidadãos que se distinguiram pela sua ação no desenvolvimento do concelho de Idanha-a-Nova: Joaquim Morão, João Dionísio, Alfredo Vasconcelos, Jean-Claude Rodet e Nicolaus Zouros
🔹 Apontamento musical “Toque, Eco e Retoque”, com a participação conjunta de 3 grupos de cidades criativas UNESCO na área da música:
     ▪️ Amarante City of Music (As Rosas de Santa Maria de Jazente),
     ▪️ Leiria Cidade Criativa da Música- Unesco  (Trio MaraBilha: António Casal, João Maneta, Miguel Meireles)
     ▪️ Idanha-a-Nova City of Music  (Adufeiras Rancho Etnográfico das Idanha-a-Nova), sob a direção de Sara Yasmine e António Serginho
🔹 Visita ao recinto da Feira Raiana.

GAZA: Israel usa a água como arma de guerra contra civis

 
O Estado sionista cortou o acesso a água em 94% desde o início da ofensiva em Gaza. Os civis tentam sobreviver com menos de um terço da quantidade de água diária recomendada.
Desde 7 de outubro, Israel cortou o acesso a água na Faixa de Gaza em 94%. Estão agora disponíveis 4,74 litros de água por dia por pessoa, o que corresponde a menos de um terço da quantidade diária recomendada em tempo de emergência e a menos do que uma descarga de autoclismo.
Um estudo feito pela Oxfam Internacional, intitulado Water War Crimes, publicado esta quinta-feira, denuncia que o Governo sionista usa “sistematicamente” a água como “arma de guerra” contra os civis.
Já era conhecida a escassez de água, assim como a de alimentos e outros bens básicos, os bloqueios à chegada de ajuda humanitária e os ataques a pessoas que dela estavam à espera, com este relatório passam-se conhecer detalhadamente os números da escassez de água que passam pelos cortes de abastecimento a partir do exterior (a empresa nacional de águas de Israel, Mekorot, cortou em 78% a água que chega a Gaza) e pela destruição sistemática de instalações de abastecimento de água.
Assinala-se a destruição ou danificação de cinco instalações de abastecimento de água ou de infraestrutura de saneamento a cada três dias desde o início da ofensiva, a destruição da infraestrutura elétrica e restrições severas à entrada de peças sobresselentes e combustíveis que limitam a disponibilidade de água potável na zona.
Destruição em Gaza.
Israel destruiu 70% de todas as bombas de esgotos e 100% de todas as estações de tratamento de águas residuais, assim como os principais laboratórios de testes de qualidade da água em Gaza, e restringiu a entrada de equipamento de teste de água.
A Cidade de Gaza perdeu quase toda a sua capacidade de produção de água, com 88% dos seus poços e 100% das suas centrais de dessalinização danificadas ou destruídas.
Não é de estranhar que a falta, que nestas condições, mais de um quarto da população esteja a sofrer com doenças graves que poderiam ser facilmente prevenidas em condições normais.
A especialista em Água e Saneamento da Oxfam, Lama Abdul Samad, diz que “assistimos à utilização por parte de Israel do castigo coletivo e da fome como arma de guerra. Agora estamos a assistir à utilização da água como arma, o que já está a ter consequências mortais”. A situação agravou-se muito agora mas já vinha de trás porque “a restrição deliberada do acesso à água não é uma tática nova: o Governo israelita tem vindo a privar os palestinianos em toda a Cisjordânia e em Gaza de água potável e suficiente há muitos anos”.
Ela apela à comunidade internacional para que tome urgentemente “medidas decisivas para evitar mais sofrimento, defendendo a justiça e os direitos humanos, incluindo os consagrados nas Convenções de Genebra e Genocídio.”
In www.esquerda.net - 18 de julho 2024


24.7.24

PORTALEGRE: Exposição "Donde las flores se convierten..." - Museu da Tapeçaria

 


EDUCAÇÃO: II Jornadas de Educação do Bloco de Esquerda

 

O Grupo de Trabalho Educação do Bloco de Esquerda promove as II Jornadas de Educação do Bloco de Esquerda que, desta vez, têm como mote "Como construir uma cidadania para a democracia e para liberdade a partir da Escola?".
Teremos 5 debates, dos quais dois serão presenciais, e duas rodas de conversa. Com exceção dos debates presenciais, todos os outros e as rodas de conversa, acontecem sempre à sexta, às 21h15. Para participar e aceder ao link será necessária uma inscrição breve, e aberta a quem quiser participar, através do formulário disponível em https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSfhGRCQEec7hDb8iAQjaE9Com6gTJ9C-zVUW2yuh56pMsHa-w/viewform?pli=1
O primeiro debate aconteceu no dia 12 julho com a Fabíola Cardoso e o Jorge Humberto Nogueira.
Apelamos à participação e divulgação!

ALPALHÃO: Festas de Verão

 


DE SINTRA A MALLORCA: Cresce a oposição à turistificação

 

Este fim de semana, dezenas de milhares de pessoas saíram às ruas de Palma de Mallorca. A semana passada em Sintra cartazes e faixas defenderam uma vila “viva e habitada”, ao contrário de um “parque de diversões congestionado” enquanto o Bloco local critica o PS por ignorar o “desconforto das pessoas”.
Este domingo, em Palma de Mallorca, mais de 20.000 pessoas, números da polícia, 50.000 segundo a organização, saíram às ruas contra a turistificação para manifestar-se ao apelo do movimento “Canviem el rumb. Posem límits al turisme”.
O movimento foi criado há menos de dois meses, conta já com representação em todas as ilhas do arquipélago das Baleares e mobiliza milhares de pessoas. Mas esta iniciativa não nasceu do nada. Por detrás dela está um trabalho de vários anos da plataforma “Menys turisme, més vida” que tem trabalhado na oposição a um modelo económico considerado injusto. Agora, mais de 111 outras entidades da sociedade civil juntaram-se à causa.
Ao El Salto, o ativista ambientalista Pere Joan Femenia apresenta algumas das reivindicações concretas que apresentam: “é preciso regular a entrada de cruzeiros e aviões nas Baleares, limitar o número de visitantes, aprovar uma moratória que, paulatinamente, reduza o número de locais turísticos e controlar a compra e venda de imóveis a não residentes.”
O movimento não junta apenas ambientalistas e também há trabalhadores do setor do turismo que se manifestaram como as Kellys Unión Baleares, uma associação de trabalhadoras da limpeza do setor hoteleiro. A sua presidente, Sara del Mar García, ao mesmo órgão de comunicação social, explica que os hotéis estão com uma ocupação de 100% e que o problema local “é outro: a habitação”. Com um salário mensal de 1.500 euros não têm dinheiro para pagar os pelo menos 1.200 que custa uma habitação. E acrescenta: “temos 21% da população em risco de pobreza e falta de mão de obra no nosso setor. Algo falha”.
Manifestações semelhantes e muito participadas têm ocorrido em vários pontos do Estado vizinho como Ibiza, Málaga, Canárias e Barcelona contra a massificação do turismo com o seu modelo económico que ataca o ambiente, aumenta preços das casas e impõe a precarização laboral e uma sazonalidade do trabalho. No sábado anterior, dia 13, tinha sido a vez de Alicante.
Sintra na rota das mobilizações contra a turistificação
A semana passada, Sintra juntou-se à rota dos destinos turísticos onde os habitantes se mobilizam contra as consequências da turistificação. A associação QSintra – Em Defesa de um Sítio Único desencadeou uma ação que passou pela colocação de faixas em janelas e varandas e de cartazes em montras de lojas, em cafés e restaurantes com mensagens como "Queremos Sintra viva e habitada, não ao turismo de massas!".
A associação afirma que não quer que a vila se transforme “num mero parque de diversões congestionado” perante uma situação de “perda de qualidade de vida”, “constantes congestionamentos de trânsito” e “descaracterização acelerada da zona inscrita como Património Mundial”.
No manifesto que redigiram apresentam reivindicações como a revitalização da comunidade e qualidade de vida dos residentes, um maior cuidado e mais critério no planeamento e na gestão urbana, um turismo de qualidade e não de quantidade, combater a “excessiva dependência” do turismo, a preservação a natureza com “regras e fiscalização mais estritas que preservem a paisagem, a área florestal e a orla costeira” e a criação de uma estrutura especializada para gerir a Paisagem Cultural de Sintra.
Pretende-se ainda “um levantamento sistemático de todos os grandes projetos” incluindo hotéis, empreendimentos imobiliários e superfícies comerciais para “avaliar o seu impacto sobre a paisagem, o ecossistema, a mobilidade e a vida das pessoas”.
"O PS continua a ignorar o desconforto das pessoas"
Ao Esquerda.net, André Beja, deputado municipal do Bloco de Esquerda em Sintra considera que o que se está a passar é uma “expressão de descontentamento da população que sente que pouco é feito para proteger os moradores e o lugar”.
No seu entender, na vila , “o Alojamento Local cresce, o comércio tradicional é pressionado e encerra e não há medidas para estancar esta tendência”. Ao mesmo tempo, “as grandes cadeias de espaços comerciais continuam a obter licenças para construir em zonas delicadas, as soluções para o trânsito e para o estacionamento tardam e surgem pouco enquadradas, as estratégias são pouco claras e pouco discutidas com a população e os transportes melhoraram mas ainda são insuficientes para quem trabalha estuda e visita o  concelho”.
O que se passa é classificado como “a turistificação no seu esplendor” e critica-se o partido que gere a autarquia, o PS, por continuar “a ignorar o desconforto das pessoas e alimentar a massificação, ao mesmo tempo que diz estar preocupado e não querer ver o património destruído e descaracterizado”.
22 de julho 2024 – in ww.esquerda.net
IMAGEM: Manifestação em Palma de Mallorca contra a turistificação. Foto de Menys Turims, Més Vida.
https://www.elsaltodiario.com/turismo/manifestacion-masiva-mallorca-saturacion-turistica
 
 

23.7.24

NISA: Festas, sim, mas sem atropelos... (I)

Nisartes 2008, festa da música, animação, desporto e acima de tudo, a divulgação do riquíssimo, original e variado artesanato nisense, a que se juntou a Gastronomia.
Na sua génese e sob os auspícios da Região de Turismo de S. Mamede, as festas de Verão, os grandes eventos feitos com a intenção de reunir naturais, residentes e ausentes, tomaram o nome de Feiras de Artesanato e Gastronomia. Apresentava-se o que de melhor havia em cada concelho. As Actividades Económicas vieram depois. Claro que havia animação musical, mas esta não tomou as proporções que hoje atingiu, a ponto de, como no caso de Nisa, se destacar, apenas esta área de animação. O Crato está aí como exemplo, que Nisa tem procurado seguir como uma "cópia" reles e mal copiada, que relega para um plano secundário ou mesmo inexistente, o Artesanato e a Gastronomia. Dos concelhos do designado Norte Alentejano poucos foram os que se mantiveram fiéis à linha original destes eventos. Gavião e Arronches, distinguem-se, por isso, de forma positiva. Aliam à oferta musical, não descurando a participação de artistas locais e grupos do concelho, uma cuidada oferta gastronómica e tradicional, a par da valorização do seu artesanato. Não gastam "mundos e fundos" para uma festa de 4 ou 5 dias, mas mesmo sem grandes "cabeças de cartaz", conseguem, com menor investimento, os mesmos ou até melhores resultados, que aqueles que "investem" de forma desmesurada numa panóplia de artistas, alguns bem conhecidos e de créditos firmados;  outros, apenas de quem tem a incumbência de fazer os contratos. Estes, tal como nas operadoras de telecomunicações, vêm como "pacotes", que, por vezes e dado o volume das verbas a dispender, obrigam à duplicação de empresas que contratam os artistas.
As Festas de Verão, designadas como "Nisa em Festa" ou outra designação qualquer, não são mais que minis "Festivais de Verão" de índole musical ou perto disso, promovidas pela autarquia e que todos nós pagamos em duplicado: como munícipes, nos impostos que suportamos ao longo do ano e como "espectadores" ou clientes no caso de participação na "festa". Uma "festa" cuja preparação começa um mês antes da data de início, que causa transtornos e engulhos a muita gente, que impede o estacionamento em áreas construídas para o efeito e pior que tudo, impede a livre circulação de pessoas e bens, ao mesmo tempo que limita e congestiona o trânsito no centro da vila. O Rossio é nestes dias de Agosto um gigantesco estaleiro em obras. Obras "festivas" destinadas, essencialmente, a vangloriar a figura da edil prepotente.
A idalinal personagem não hesitou, sequer, em mandar aterrar o lago construído em 2005, inserido no projecto de requalificação da Praça da República e, por isso mesmo, objecto de aprovação na Câmara e Assembleia Municipal.
A idalinal figura desde o início do ano que faz propaganda à designada "Nisa em Festa", mas, durante todos estes meses, talvez ocupada a desenhar adereços e figuras icónicas, esqueceu-se de planear e discutir com os técnicos municipais a implantação do recinto da festa. Sabia, no entanto, que por iniciativa pessoal, sem qualquer plano e à revelia do projecto aprovado e implantado na Praça da República, mandou instalar junto ao eucalipto um mastodonte metálico a que chama, eufemisticamente, cântaro icónico. Fê-lo, por alturas do Natal e com a desculpa esfarrapada de que era para dar um ar mais alegre à época natalícia, em ano de pandemia. Seria, à partida, uma peça provisória, mas cedo se percebeu as suas intenções: apagar a memória da fonte do Rossio (que prometera recolocar na Praça) e ao mesmo tempo relegar para um plano urbanístico e paisagístico inferior, o lago que agora, despudorada e vergonhosamente, mandou aterrar.
Perante este crime de lesa património, os nisenses não podem ficar calados e indiferentes. Não são "coisas da política" como alguns referem com medo de represálias e de dar a cara. São assuntos sérios, tão sérios como a mudança da fonte e que mexem connosco que aqui vivemos e continuaremos a viver. A senhora prepotente, não. Vai e vem todos os dias de pópó que nós pagamos, para o seu domicílio em Portalegre. Quer lá saber se gostamos ou deixamos de gostar dos seus devaneios icónicos ou identitários.
O Rossio de Nisa já sofreu demasiados atentados. Não é local para Festivais Musicais e propagandísticos. Há sítios apropriados para esse efeito e com menores custos de implantação. A praça central de Nisa não pode ser transformada num gueto, sempre que as idalinais figuras, estas ou outras, o queiram. Os cidadãos são os detentores e usufrutuários do espaço público, espaços de convivência, livre e em segurança. As festas e espectáculos pagos devem ter recintos próprios e não subtraírem os espaços de fruição dos cidadãos. Não se percebe, por outro lado,  como é que as Infraestruturas de Portugal (antiga JAE) permitem o fecho e a interrupção do trânsito numa Estrada Nacional (a EN nº 18), imposição que obriga os motoristas a desvios pelas ruas da vila e a um aumento considerável de congestionamento do tráfego, em locais já de si problemáticos, como são a Avenida D. Dinis e Rua dos Lusíadas, junto ao quartel dos Bombeiros, Intermarché e Mercado Municipal e rua Visconde Vale da Sobreira. 
É tempo da Câmara perceber que vivemos em Liberdade e Democracia e não em permanente "estado de sítio" sempre que dá jeito à edilidade. Os munícipes e visitantes merecem consideração e respeito.
Mário Mendes
NOTA: Este texto foi escrito e publicado há dois anos e torno a publicá-lo porque mantém ainda mais actualidade. Os cidadãos não podem continuar a estar reféns dos caprichos e humores de uma pessoa, que pensa a vida da comunidade como se estivesse em plena época do Absolutismo.

22.7.24

ESTORIL: 43º Salão Internacional de Pintura Naif

- Com Participação de trabalhos dos pintores nisenses Augusto Pinheiro e Virgínia Peleja 
- Inauguração: 28 de Julho
- Exposição patente ao público até 16 de Setembro 2024 na
Galeria de Arte do Casino Estoril.
PASSE POR LÁ E APRECIE AS OBRAS DOS PINTORES/AS NAIFS!

CEDILLO: 37º Festival Folclórico dos Povos do Mundo de Extremadura

 


Autarcas do Litoral Alentejano contestam corte de apoios a ONG que ajudam imigrantes

Secretária de Estado «comprometeu-se a reunir informação sobre a situação relatada e convocar, posteriormente, outra reunião sobre o tema»
A Comunidade Intermunicipal do Alentejo Litoral (CIMAL) contesta o corte de todos os apoios governamentais às instituições que trabalham com imigrantes no Alentejo Litoral e já transmitiu o seu descontentamento de viva voz à secretária de Estado da Ação Social e da Inclusão, numa reunião mantida com a governante na sexta-feira, dia 19.
«O Litoral Alentejano está a ser discriminado» pelo Poder Central em matéria de apoio aos imigrantes, contestou Vítor Proença, presidente da CIMAL e da Câmara de Alcácer do Sal, após a reunião com a governante, em Lisboa.
Segundo o autarca, as organizações não governamentais (ONG) do Alentejo Litoral, que «vinham fazendo um trabalho excecional» com os imigrantes, viram «o FAMI [Fundo para o Asilo, a Migração e a Integração] cortar-lhes o financiamento», aponta Vítor Proença.
Referindo casos concretos, o presidente da CIMAL aponta a Associação para o Desenvolvimento do Torrão, que desenvolve a atividade nos concelhos de Grândola e Alcácer do Sal, e a Associação Caboverdiana de Sines e Santiago do Cacém, a atuar nestes dois municípios, como dois exemplos de ONG que viram os financiamentos interrompidos.
Também o concelho de Odemira, com a maior comunidade de imigrantes do Litoral Alentejano, «está nesta altura sem qualquer financiamento governamental para apoiar a vasta comunidade de estrangeiros residentes na região», assegura a CIMAL.
A secretária de Estado «ouviu os autarcas e comprometeu-se a reunir informação sobre a situação relatada e convocar, posteriormente, outra reunião sobre o tema».
Além de Vítor Proença, integraram a comitiva os presidentes das câmaras de Grândola e Santiago do Cacém, respetivamente António Figueira Mendes e Álvaro Beijinha, o vice-presidente do Município de Sines, Fernando Ramos, e a vereadora Isabel Palma, da Câmara de Odemira.
* Sul Informação • 21 de Julho de 2024