Vão ter início neste mês de julho as obras de requalificação e ampliação do Centro de Interpretação de Arte Rupestre do Vale do Tejo (CIART), uma intervenção abrangente que, entre outros aspetos, prevê a construção de uma nova entrada e a criação de quatro galerias expositivas, de um centro de documentação e de uma sala de multimédia e audiovisuais.
O projeto foi candidatado ao Centro 2020 e representa um investimento total de 750.733, 60 €, dos quais 524.601,79 € serão elegíveis e comparticipado em 85% através do FEDER – Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (445.911,52€). As obras têm um prazo de execução de 365 dias.
No que respeita ao edifício que existe atualmente, o projeto prevê a reformulação do seu interior e a introdução de um programa específico, com vista à exposição de conteúdos museológicos pretendidos: Arte Rupestre, Paleolítico, Geologia e Geomorfologia.
O edifício será ainda alvo de uma ampliação, para a zona devoluta a poente, onde será edificado um novo corpo com uma linguagem distinta, que visa afirmar claramente um novo tempo de intervenção neste conjunto e por onde se passará a fazer o acesso ao Centro de Interpretação de Arte Rupestre do Vale do Tejo.
“Trata-se de um projeto ambicioso e muito abrangente que, para além de aumentar o espaço de exposição, vem criar novos espaços dedicados aos serviços e à área educativa e inclui uma sala multimédia, na qual os visitantes vão poder usufruir de um acesso virtual às figuras de arte rupestre submersas aquando da construção da barragem do Fratel”, explica o presidente da Câmara Municipal de Vila Velha de Ródão, Luís Pereira.
O objetivo da autarquia é criar um espaço museológico contemporâneo, atual e funcional, que permita ao visitante conhecer melhor e perceber a riqueza patrimonial que constitui o Complexo de Arte Rupestre do Vale do Tejo, um dos mais importantes conjuntos de arte pós-paleolítico da Europa, constituído por mais de 20 mil gravuras dispersas ao longo de 40 km de ambas as margens do rio Tejo.