23.3.20

Isolamento social e Violência Doméstica / Apliacação VIVE +AQUI

E Quando se vive em isolamento com um agressor ?
O Movimento Democrático de Mulheres, neste momento em que está decretado o estado de emergência devido à pandemia de Covid19, considera da máxima importância o esclarecimento e sensibilização da população relativamente a este virus, assim como que todas as formas de prevenção e combate ao mesmo seja asseguradas de modo a salvaguardar a saúde pública. 
Contudo importa também lembrar que a  violência doméstica constituir um verdadeiro flagelo social em Portugal e alertar para o facto da ansiedade e stress psicológico associados a este momento de incerteza e isolamento social poderem tornar-se uma alavanca para as agressões no meio familiar. Por este motivo, é importantíssimo redobrar a atenção e vigilância assim como reforçar os meios dedicados à proteção de vítimas de violência doméstica. 
Sendo uma das suas grandes preocupações, o MDM dispõe no seu sítio na Internet (www.mdm.org.pt) de ligação ao “Sistema Queixa Eletrónica”, que facilita a apresentação à GNR, à PSP e ao SEF de queixas e denúncias por via eletrónica, de determinados tipos de crime, nomeadamente, o de Violência Doméstica.
O MDM dispõe, ainda, de uma aplicação desenvolvida pelo mesmo e que está disponível gratuitamente para ajudar pessoas em risco ou em situação de violência doméstica, o “VIVE+AQUI!”, que pode instalar gratuitamente no seu telemóvel. Esta aplicação é um instrumento complementar, informativo, que pode ajudar a monitorizar situações de conflito. Disponibiliza informação que permite o acesso direto aos serviços de emergência. Informa sobre direitos e procedimentos legais, dá acesso a requerimentos e guias, disponibiliza contactos para ajuda profissional e cria uma área reservada que permite criar contactos próprios de emergência para pedir ajuda de forma discreta e regista, de forma protegida, episódios de violência doméstica.
Sabemos que não é possível falar de igualdade enquanto a violência fizer parte da vida das mulheres, por isso, tal como no passado, estaremos atentas a esta problemática e seremos uma voz na defesa dos direitos das mulheres.