Artes visuais, cinema, contos, conversas, música e teatro, são algumas das propostas do programa da segunda edição do festival Artística, promovido pela Câmara Municipal de Évora, com início marcado para amanhã, dia 4, e se prolonga até ao próximo domingo, 8 de março.
A sensibilidade feminina nas artes é o mote deste festival, em que também outras questões culturais e sociais relacionadas com a mulher, enquanto criadora e produtora artística, são interrogadas e abordadas, sob várias perspetivas, como os seus direitos, por um lado, e as desigualdades de que é alvo, por outro lado.
Entendido como um encontro de formas de arte com olhar e voz femininos, o Artística parte do princípio de que todos os criadores, produtores de arte, ou artistas, que seguem uma sensibilidade e um senso ditos femininos, sejam mulheres ou homens, devem usufruir de total liberdade e igualdade. Os seus objetivos são promover e divulgar a criação e o trabalho artístico de mulheres e de expressões do feminino; promover e praticar o livre acesso à cultura.
As atividades que compõem o seu programa decorrem na Igreja de S. Vicente, no auditório do Colégio Mateus D’Aranda (R. do Raimundo), no Auditório Soror Mariana, na Associação é Neste País e na Sociedade Harmonia Eborense (SHE).
No dia 4 há cinema com a exibição do filme “Made In Bangladez”, de Rubaiyat Hossaino, com o apoio da SOIR Joaquim António D’Aguiar. As sessões realizam-se no Auditório Soror Mariana, às 18h00 e 21h30. No dia 5, sugere-se uma conversa, sob o tema “Ser Mulher na Sociedade e na Cultura”, com as participações de Manuela Oliveira, Susana Cecílio, Lenna Bahule, Margarida Rita e Joana Ricardo, pelas 18h00, e a leitura de poesia erótica, “E o verbo fez-se carne”, por Elisabete Piecho, com poemas recolhidos da “Antologia de Poesia Portuguesa Erótica e Satírica” de Natália Correia, pelas 21h30. Para as 22h30 está agendado o espetáculo #Vibra #Dor, de Rita Vilhena. Estas três sugestões estão agendadas para a Igreja de São Vicente, sendo que as últimas duas são para maiores de 16 anos.
O teatro de marionetas sob ao palco da SHE, no dia 6, pelas 17h00, com o espetáculo para famílias “A Árvore Cantada”, interpretado por Cátia Vieira, da Companhia Bipolar. Ainda neste dia, a Igreja de S. Vicente recebe um showcase da cantora marroquina Soukaina Fahsi, com as participações de Cantares de Évora, Carlos Menezes, Rui Gonçalves e Smadj, às 19h00. O auditório do Colégio Mateus D’Aranda acolhe um concerto da moçambicana Lenna Bahule, às 21h30.
No dia 7, a peça (M)arço (M)ulher SHE 2020, do Teatro do Oprimido, e da autoria de Cláudia Lazaro, é a proposta para as 11h30, na Igreja de São Vicente. Nessa manhã há também uma sessão de contos com Susana Cecílio, intitulada “É pró Menino e prá Menina”, na Associação É neste país. Pelas 17h00, na SHE é inaugurada a instalação “Eu, Elas, Nós” da artista de artes visuais Anabela Calatroia, um trabalho que conta com a participação de associações culturais, escolas secundárias e outras instituições locais. A programação da tarde culmina com o showcase “O lado de dentro”, de Joana Ricardo e Mariana Correia, pelas 19h00, na Igreja de S. Vicente. A atuação de Bia Ferreira, artista do Brasil, acontece às 21h30 no auditório do Colégio Mateus D’Aranda. Essa noite termina com o concerto de Momma T, de Portugal, a partir das 23h00, na SHE.
O Festival Artística encerra dia 8 com o espetáculo de Joana Amendoeira, a que esta dá o nome de “Amália – A alma do fado”, às 21h30, no auditório do Colégio Mateus D’Aranda.