"As Câmaras tornaram-se agências de empregos (quem não tem cartão do partido é ladrão de si próprio! - princípio comum à área governamental), dilatam quadros de pessoal, criam gabinetes repletos de assessores e forjam redes de empresas municipais, de controle duvidoso, que também são lugares selectos para apaniguados ou afilhados. Não faltam exemplos de um novo-riquismo que não é apenas vexatório para os que vivem dificuldades, mas também difícil de engolir para o próprio quotidiano dos Municípios".
Isto escreveu Fernando Palouro Neves no "Editorial" do Jornal do Fundão em 5 de Julho de 2007. O cenário descrito por aquele ilustre jornalista, não se alterou, positivamente, ao longo destes 13 anos. Antes pelo contrário. Há autarquias que são autênticos pântanos de corrupção. Não espanta, por isso, notícias como a veiculada pelo "Público" de hoje, dia 9 e que titula "Penamacor contratou obra três anos depois de estar feita".
Qual o espanto? Para além do presidente ser um homem do partido do governo, mostra que é um "exemplo", com uma mentalidade muito à frente do tempo. Do seu, evidentemente... Como é normal nestes casos, mesmo sem estarmos na Calábria ou na Sicília, o assunto, quase aposto, deve ficar "em águas de bacalhau"...
Ah! Alpalhão e Tolosa já podem vir à Feira dos Passos, a Nisa. A passos de penantes ou de bicicleta, pois consta que uma conhecida colectividade alpalhoense, reconhecida pela oferta de um quadro de azulejos, se dispõe a organizar, sempre que haja feiras, um passeio ciclista à sede do concelho. Vá lá nem tudo é mau no reino da roseira brava!
