24.9.24

Somos “Filhos da Madrugada” da Aurora e pela noite fora na ACERT

Este fim-de-semana na ACERT lembra-nos a canção do Zeca que nos diz, “Lá de cima de uma montanha, Acendemos uma fogueira, Para não se apagar a chama, Que dá vida na noite inteira”. Aqui, não no cimo, mas no sopé do Caramulo, começamos antes do romper do dia de sábado com “Aurora”, da Gambozinos e Peobardos. Um espetáculo que convida o público a ver o sol nascer, deixando-se guiar na escuridão a caminho da celebração de Abril mantendo a chama acesa daquele “dia inicial, inteiro e limpo” de que nos falava Sophia de Mello Breyner. Para ver sábado e domingo às 6 da manhã, e com lotação limitada a 35 pessoas.Pela tarde às 18h00, inaugura a exposição “Fornada”, da Olaria Lab. Laboratório de Cerâmica. Uma mostra que resulta do saber da tradição em cruzamento com a tecnologia, e que nos traz pastas diferentes, cozeduras diferentes, a tentativa de domar o fogo e a imprevisibilidade em forma de peças de barro. À noite, o palco é de Carlos Peninha com Quarteto de Cordas, que apresenta um novo disco “Tudo Começa Agora”. O talento há muito reconhecido permite-lhe criar música aparentemente simples, mas sublime na sua complexidade. Um concerto que será também tempo de reflexão sobre a determinação da humanidade em superar a agressão da pandemia, e a agressão contínua que a natureza tem sofrido e que nos está a fazer chegar a um ponto sem retorno. Contamos convosco, “Noite e dia ao romper da aurora”!