20.6.24

AMIEIRA DO TEJO: Se o ridículo pagasse imposto...

... As finanças públicas viviam em completo desafogo.
O cartaz diz tudo: Não é preciso inventar palavras identitárias, figuras de estilo "nizorras", bizarras e ridículas para explicar o cancelamento de uma Festa de S. João em Amieira do Tejo. Um santo popular que até tem na antiga vila do priorado do Crato, uma capela em sua homenagem anexa ao Castelo.
A Câmara de Nisa - mais propriamente a sua presidente, natural da localidade - NÃO AUTORIZOU a Festa que iria realizar-se na Casa do Balcão. Porquê?, perguntarão. Tão só e apenas, porque a edil agendou uma INAUGURAÇÃO EM NISA, na mesma data.
O motivo da recusa tem tanto de ridículo, como de caricato e até ilegal. Viola de forma clara e ostensiva, Direitos Constitucionais consagrados. Revela, por outro lado, uma clamorosa falta de respeito e consideração pela Comunidade no seio da qual, nasceu.
Ainda há pouco tempo podia ler-se numa publicação:" Populismo cresce entre quem se sente esquecido. Podem os municípios ouvi-los?
A proximidade das câmaras municipais e outras entidades locais aos cidadãos pode ser uma forma de dizer que a sua voz importa, defendeu-se na cimeira do Comité das Regiões Europeu."
No reino proto-medieval da Isaltina, defende-se o oposto. Se "com festas e bolos se enganam os tolos" , os bodos aos pobres, as festas e os bolos têm de ser "dados" pela edil amieirense, num festim pago por todos os munícipes, tal como a ambulância com que se auto-homenageou e outras bizarrias que vão enxameando o município.

Amieira era (e é) São Joanina
Em tempo de verdade e razão
Mas agora a Santa Isaltina
Por causa da festa, desatina
E quer impor a "sua" inauguração.
***
Já nem os santos, populares são
A Isaltina quer certificado de garantia
Festas só quando ela quiser
E de homenagem à sua "tia"
***
E lá se vai mais um serão
Por causa da vingançazinha
Da imperatriz de d´Amieira
Desprezo p´la comunidade inteira
Pois já nem a sua terra estima.