13.12.22

Trabalhadores do Grupo AdP em Greve no dia 13 de Dezembro

 
PELO AUMENTO DOS SALÁRIOS, MAIS DIREITOS E MELHORES CONDIÇÕES  LABORAIS 
Os trabalhadores do Grupo Águas de Portugal vão realizar uma greve  nacional de 24 horas na próxima terça-feira (dia 13), para exigir, entre  outras matérias, o aumento imediato dos salários em 120 € para todos, e  900 € de salário mínimo no Grupo AdP; o retomar das negociações; a  aplicação global do Acordo Colectivo de Trabalho (ACT) e a sua revisão;  assim como a atribuição e regulamentação dos subsídios de Insalubridade,  Penosidade e Risco, e de Transporte. 
Desde 2009, os trabalhadores do Grupo AdP - Águas de Portugal apenas  beneficiaram de um aumento de 20 € (em 2018), aquando da entrada em vigor  do ACT, havendo trabalhadores altamente qualificados, com 15 ou 20 anos de  serviço, a ganharem o Salário Mínimo Nacional (SMN), sendo que muitos serão,  já no início de 2023, “apanhados” pelo novo SMN, ficando assim em iguais  condições do que um trabalhador que entre ao serviço da empresa a 1 de  Janeiro. 
Recentemente, a administração do Grupo AdP avançou com uma proposta, de  todo inaceitável, de actualização salarial para este ano de 1,2% (que  corresponde à soma dos 0,3% de “aumentos” impostos pelo governo PS na  Administração Pública em 2021 e aos 0,9% em 2022), e que só não é risível  porque é profundamente injusta e gravosa para os trabalhadores, que, sobretudo  ao longo deste ano, têm enfrentado muitas dificuldades devido à subida brutal  do custo de vida e à maior taxa de inflação dos últimos 30 anos. 
Apesar da total disponibilidade demonstrada pelo STAL e da FIEQUIMETAL  para negociar o Caderno Reivindicativo apresentado, a administração do Grupo  AdP tem vindo a adiar, de forma sucessiva, esta discussão, de que o mais  recente exemplo foi o adiamento (mais um…) da reunião agendada para 7 de  Dezembro para dia 25 de Janeiro, dando assim prova cabal de que continua a  ignorar as reais dificuldades dos trabalhadores e as suas justas e legítimas  aspirações.
MILHÕES PARA OS ACCIONISTAS, “MIGALHAS” PARA OS  TRABALHADORES 
A resolução dos graves problemas dos trabalhadores não se compadece com  mais demoras nem adiamentos, num grupo empresarial que apresentou lucros  de 83,3 milhões de euros em 2021 (+6% face a 2020), e mais de 400 milhões de  euros nos últimos 10 anos. Não são suficientes para valorizar os trabalhadores? 
O STAL e a FIEQUIMETAL responsabilizam a administração do Grupo AdP pela  realização desta greve, assim como pelos eventuais incómodos causados às  populações, o que, desde já, lamentam, apelando à compreensão e  solidariedade para com a luta dos trabalhadores, fundamentais para a prestação  do serviço público de qualidade às populações e, já agora, para os sucessivos  resultados económicos positivos apresentados pelas empresas do Grupo AdP. 
O STAL e a FIEQUIMETAL lembram que os trabalhadores têm sido severamente  penalizados nos últimos anos por políticas gravosas dos seus direitos laborais,  sociais e económicos, pelo que urge a sua valorização, assim como é imperioso  travar esta ofensiva e iniciar o caminho da reposição de salários, direitos e  condições de trabalho. 
Manifestando, desde já, inteira disponibilidade para encontrar soluções que  melhor sirvam os interesses dos trabalhadores do Grupo AdP e a prestação  deste serviço público, as duas estruturas sindicais não deixarão de continuar a  bater-se por reais aumentos salariais e por uma revisão do ACT que reflicta as  justas reivindicações dos trabalhadores, exigindo uma verdadeira negociação. 
Os trabalhadores da EPAL/VT, em greve, vão estar concentrados a partir das  10.00 horas frente ao Palácio Póvoas (Rossio) em Portalegre. 
Portalegre, 12 de Dezembro de 2022 
A Direcção Regional de Portalegre do STAL