15.10.21

NISA: COISAS DO (NOSSO) PODER LOCAL (II)

IMAGINE 2 - Que em plena  campanha eleitoral para as Autárquicas, numa sessão ou comício, o ainda presidente da Assembleia Municipal lhe dizia, eufórico e com a maior das convições, que a AM trabalha para as pessoas, que é um órgão independente e que se pauta pelas regras da transparência. Imagine, agora, que acaba de consultar o site do Município de Nisa, como eu fiz e verifica que a ÚLTIMA ACTA do órgão Assembleia Municipal tem a data de 25 de Setembro de 2020, ou seja, HÁ MAIS DE UM ANO. 
Como é que entenderia uma situação destas? O que ficaria a pensar de um eleito que, desde há 12 anos desempenha este cargo, sem nada de objectivo lhe acrescentar e ainda permite que se brinque com os munícipes? Dará assim tanto trabalho elaborar a Acta de uma sessão logo após esta ter decorrido e ser aprovada na sessão seguinte para ser publicada? Ou a mesma terá de passar pelo crivo da Censura? Mas as Assembleias Municipais não são órgãos do poder local, autónomos e independentes? Mesmo quando tem de ser a edil a escolher o local - contrariando a lei e desrespeitando os eleitos -, onde as mesmas se hão-de realizar? 
Vão os novos eleitos municipais, os do poder e os da oposição, continuar alheados e indiferentes a este facto que prejudica todos os eleitores do concelho? A informação municipal não deve ser prestada "na hora"? Ou irão permitir este estado de desinformação,  contínuo e premeditado, por parte de um poder municipal autocrata e autoritário?
Para que servem, afinal, as Assembleias Municipais?