Não somos mais aqueles cujo amor
imaginou a juventude eterna.
Hoje, idosos, os corpos sem
calor...
O fogo da paixão agora hiberna.
Somente o amor, essa visão
interna
consegue ainda ver todo o
esplendor
da convivência cada vez mais
terna
em saudades diárias a compor
e recompor, história por
história,
as imagens dos dias consumidos
a fim de preservar mútua memória.
Mesmo que restem fatos
esquecidos,
no turbilhão da vida transitória,
jamais se perderão, porque
vividos.
Valter da Rosa Borges