26.12.13

NISA: Albergaria Penha do Tejo (continua) ao abandono

QUE RESPONSABILIDADES APUROU A ASSEMBLEIA MUNICIPAL?
Há mais de um ano, a 24 de Setembro de 2012, a Assembleia Municipal de Nisa aprovou um documento no qual tecia diversas considerações sobre a situação de abandono, incúria e desleixo, a que fora votada a Albergaria Penha do Tejo, a "triste entrada norte do Alentejo" como a definiu e bem, a jornalista Ana Pires, em artigo de fundo publicado no extinto semanário "O Distrito de Portalegre".
No mesmo documento, a Assembleia Municipal prometia a denúncia da situação e o apuramento de responsabilidades que permitiram que empreendimento tão vultuoso e considerado, na altura, como uma das "âncoras de desenvolvimento do concelho" chegasse ao estado degradante a que chegou.
Passou-se mais de um ano e as responsabilidades ou a falta delas, devem ter sido de tal monta que a Assembleia Municipal nunca mais se sentiu na obrigação de dizer o que quer que fosse sobre assunto de tanta importância para o concelho.
Um ano após a transcendente tomada de posição do órgão autárquico dito fiscalizador do município, os munícipes nada sabem - e, porventura, jamais ficarão a saber - que medidas concretas, que diligências efectuou e que resultados apurou no sentido de dar sequência legal e institucional ao que ela própria, Assembleia, deliberou.
Sinceramente, acho "normal" e não estranho este comportamento dos eleitos e do órgão a que pertencem.
Quem precisou de um ano para discutir e aprovar uma mera acta de reunião, vai precisar, no mínimo, de dez, para produzir algo de substancial sobre a Albergaria Penha do Tejo. A anterior ocupante da cadeira presidencial da Praça do Pelourinho, em doze anos, não "mexeu uma palha" para inverter a situação.
Prometeu mundos e fundos, "montes" de empresários interessados na recuperação do complexo turístico, deixou passar o prazo de validade dos três mandatos e a Albergaria Penha do Tejo lá continuou entregue à sua (má) sina, servindo de abrigo e de curral para ovelhas e cabras de "importantes" agricultores da região. 
O documento aprovado a 24 de Setembro de 2012 na Assembleia Municipal serviu, apenas,  no meu entender, para dar força e razão ao aforismo popular: é preciso que alguma coisa mude, para que tudo fique na mesma!
Mário Mendes