Quercus é
o parceiro desta iniciativa em Portugal
O Fundo
Internacional para o Bem-estar Animal (IFAW), em colaboração com a Quercus,
lança hoje, dia 3 de Julho, uma nova campanha para acabar com a venda de marfim
na Europa.
A venda
de marfim ameaça dezenas de milhares de elefantes em África que continuam a ser
abatidos de forma lenta e desumana, desequilibrando populações inteiras destes
emblemáticos animais. Portugal, como outros países da UE, continua a
comercializar marfim em mercados, leilões e online, estimulando o interesse
para esta matéria-prima em mercados asiáticos e encobrindo, com o marfim
antigo, a caça ilegal que se mantém todos os dias no coração de África.
Num
estudo recente conduzido pela IFAW, os cidadãos entrevistados em quinze Estados-Membros
mostraram-se a favor de uma proibição total de todo o marfim na UE. “Com os
elefantes a serem abatidos a um ritmo alarmante, o marfim não deve continuar a
ser visto como um objeto desejável” refere Sonja Van Tichelen, Diretora da
IFAW-UE, “Sentimo-nos encorajados ao ver que 90% dos entrevistados não desejam
comprar produtos de marfim”. Neste estudo, apenas 42% dos inquiridos estavam
cientes de que os elefantes eram brutalmente mortos pelo marfim e 24%
desconheciam que os elefantes morrerem pelas suas presas.
Para a
IFAW e a Quercus, só existe uma forma de controlar esta situação - enquanto
cidadãos europeus, é urgente pedir ao Governo e à Comissão Europeia que encerrem
todos os mercados de marfim da UE para interromper a mortandade de elefantes.
Assista ao vídeo e assine a petição para
mostrar o seu apoio.
Sobre a IFAW (International Fund for Animal Welfare)
Fundada
em 1969, a
IFAW dedica-se à proteção de animais, tendo projetos em mais de 40 países. A
IFAW resgata animais em perigo, trabalha na prevenção de maus tratos a animais
e na proteção de espécies e habitats. Para mais informações, visite
www.ifaw.org. Siga-nos em @IFAWEU e Facebook/IFAW
O
comércio de marfim põe atualmente em perigo dezenas de milhares de elefantes,
abatidos de forma lenta e cruel, com armas concebidas para abater animais de 80 Kg , em vez de 5000 Kg . Cinco milhões de
anos de evolução produziram esta espécie sensível, altamente inteligente e
social, que agora se encontra ameaçada pelo insaciável desejo de insustentável
riqueza.
O marfim
continua a ser vendido em muitos países da União Europeia, em mercados,
leilões, casas de antiguidades e online. Com o passado histórico que liga
Portugal a África, o nosso país é detentor de uma grande coleção de marfim
trabalhado e não trabalhado com tendência a re-entrar no mercado europeu. Este
comércio de marfim na UE serve muitas vezes de cobertura para a caça ilegal e
estimula a procura deste material nos países do Sudoeste Asiático.
Atualmente,
os regulamentos da UE permitem o comércio de marfim sob determinadas condições
para marfim antigo[1] e pré-Convenção[2].
Apesar
das encorajadoras medidas tomadas pela UE, é convicção da IFAW que existem
ainda muitas lacunas, como as expostas na recente campanha, que necessitam de
ser abordadas para ser possível travar o rápido declínio das populações de
elefantes.
A
Comunidade Internacional reconheceu este problema, tendo adotado duas importantes
resoluções que exigem o encerramento do mercado interno de marfim na 17ª
reunião da Conferência das Partes Signatárias da CITES (CoP17) e no Congresso
da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN).
A China,
o maior destino mundial de marfim, proibiu recentemente a maioria das
importações comerciais de marfim, assumiu o compromisso de encerrar o seu
mercado de marfim até o final de 2017 e apelou à UE que adotasse também uma
posição mais forte.