Às Termas
da Fadagosa
(O último
adeus desta época)
Adeus
Fadagosa de Nisa
Tens um
pavilhão que é uma loucura
Para onde
vão coxos e paralíticos
À procura
da sua cura.
Ó
Fadagosa de Nisa
O teu
nome mudarás
A água é
água santa
Pelo
efeito que faz.
A água
que é tão pura
Em
remédio se transformou
Para
curar os doentes
Que a
providência castigou.
Uns
amparados a muletas
Outros
andam pelo seu pé
Depois de
tomarem o primeiro banho
Dizem:
que bom isto é!
A tua
água está acreditada
Por toda
a nação inteira
Todos os
que a experimentaram
Falam da
mesma maneira.
É a praia
dos pobrezinhos
Onde vão
passar a temporada
À procura
da saúde
Da saúde
e mais nada...
Todos com
pouco dinheiro
Ali se
vão instalar
Para
passar sete dias
Porque
mais não podem estar
À Exma
Câmara de Nisa
Peço um
favor, dos pequeninos
Que
modifique a tabela
Em
benefício dos pobrezinhos.
Á família
do banheiro
Mil vezes
obrigado
Por
cuidarem dos doentes
Com tanto
carinho e cuidado.
Também
agradeço à Exma Câmara
Uma ideia
tão esperta
Em
construir um pavilhão
Que está
sempre c’a porta aberta.
Está
sempre c´a porta aberta
Para
receber os desgraçados
Em nome
de todos agradeço
E mil
vezes obrigado.
Tudo o
que aqui fica escrito
Foi feito
a sorrir
Os erros
que encontraram
Façam
favor de os corrigir.
João
Almeida Fonseca – 30/7/1958
(Pai de
José Manuel Almeida Fonseca)