Nos
últimos 50 anos o rio Tejo perdeu cerca de 28% do seu caudal. A informação foi
avançada em Torres Novas
na manhã de 22 de dezembro, quinta-feira, pelo secretário de estado do
Ambiente, Carlos Martins. O Governo está a negociar “caudais ecológicos” com o
apoio das albufeiras privadas.
O
cenário junto ao Castelo de Almourol. Foto: mediotejo.net
Carlos
Martins abordava a importância do rio Tejo, como “recurso hídrico central”, à
volta do qual vivem 3 milhões de pessoas. Em janeiro, em Abrantes, deverá ser
anunciado um plano de fiscalização para 2017, que se constituirá em relatórios
semestrais sobre o estado do rio. “Existem na bacia do Tejo 6/7 grandes
empreitadas”, constatou, além das descargas de atividade industrial. Adiantou
ainda que nas próximas semanas sairá um aviso de 75 milhões de euros para
sistemas de escala supramunicipal.
Neste
âmbito abordaria que, embora se tende a falar que o aquecimento global é um
mito, “o Tejo tem menos 28% de água” que tinha há meio século. “Isto é
preocupante”, frisou, uma vez que se trata de uma situação verificada
independentemente da existência de barragens. “O Governo está a negociar
caudais ecológicos” em colaboração com as albufeiras privadas, referiu. “Não
vai dar mais água, mas mais regularidade de água ao longo do ano”, terminou.
Cláudia Gameiro in www.mediotejo.net - 23/12/2016