31.7.17
30.7.17
OPINIÃO: Entre a lama e os alçapões
O verão é um período de poucas notícias, mas este ano não
está a ser o caso. Há um denso noticiário em torno de tragédias, com realce
para a dos fogos florestais, temos mais lutas sociais dando origem a algumas
notícias e é ainda significativo o espaço especulativo a propósito de alguns
processos judiciais. No entanto, o debate político que acompanha a agenda noticiosa
revela-se muito pobre, o que não afiança nada de bom para o futuro próximo.
Os partidos da Direita, atolados num pântano malcheiroso,
atiram lama em todas as direções. Tendo optado por terem como programa político
a mera aplicação da cartilha neoliberal reinante, para estes partidos Portugal
é apenas mais um espaço para prolongamento desses interesses, fator que
aprofunda o seu distanciamento face às realidades concretas que aqui se vivem.
O caso da lista de vítimas em Pedrógão Grande ilustra tristemente esse vazio e
mostra que daquela banda não virá qualquer contributo sério, neste caso sobre o
que é urgente fazer no que toca à floresta nacional, ao ordenamento do
território e ao combate aos incêndios.
As lutas sociais latentes ou em curso, a baixa qualidade do
emprego e das retribuições, a discussão estruturante sobre o próximo Orçamento
do Estado ou o debate sobre a posição do país na UE não merecem à Direita mais
do que negligência, aqui e ali salpicada por pronunciamentos de oportunismo
político. A Direita entregou-se à chicana política, fazendo uso de quaisquer
armas de arremesso e apoiando-se em alguns grandes meios da comunicação social
que, sem escrúpulos, se alimentam do alarme social.
O arrastar da política para o patamar da lama pode ter efeitos
espúrios vários: i) enfraquece a democracia ao acentuar a sua descredibilização
e ao não trazer conteúdos para o debate das ideias e para a formulação de
propostas; ii) amplia no Partido Socialista (PS) a ideia de que, a este, basta
o Governo ir gerindo a situação para ter garantida a continuidade no poder, o
que pode matar mudanças de políticas tenuemente iniciadas em algumas áreas;
iii) coloca dificuldades acrescidas aos partidos da Esquerda que dão apoio
parlamentar ao Governo, porque estes têm de ser ofensivos face à Direita, mas
não podem pactuar com um PS acomodado.
O atual Governo, perante um debate político concentrado na
"espuma dos dias" que emerge de uma agenda de retrocesso económico e
social e de esvaziamento de valores, se optar por empurrar os problemas com a
barriga, deixará atrás de si verdadeiros alçapões que poderão transformar-se em
perigosas armadilhas para os trabalhadores, para a maioria dos portugueses e
para o país.
Por exemplo, o caso "Altice" reproduz-se, mesmo
que parcelarmente, em muitas outras empresas, e perante isso não pode haver
silêncios. São muito importantes as inspeções da Autoridade das Condições de
Trabalho, instituição de grande mérito mas com crónica falta de meios, contudo
os seus pronunciamentos não são decisões de tribunais transitadas em julgado,
ou seja, o efeito da sua ação (importante) pode chegar quando o emprego e os
direitos de quem trabalha já foram cilindrados. A incapacidade de agir sobre
estas situações alia-se, de facto, a uma vontade fortemente impulsionada por
Bruxelas que vai no sentido de compatibilizar a legislação laboral com essas
subversões das relações de trabalho e não de se fazerem os ajustamentos -
talvez bem pequenos se cirúrgicos e acompanhados por sinais motivadores - para
dar combate eficaz às precariedades e promover a negociação coletiva.
Por outro lado, a justiça é ela própria um grande alçapão,
se continuar prisioneira de uma enorme desconexão entre o estardalhaço na
comunicação social provocado pelo início de alguns processos e o que fica no
final desses mesmos processos. Esta realidade tolhe a sociedade e contribui
para a secundarização do trabalho na justiça.
O Governo tem que ser coerente com a sua plataforma
política. Cometerá um erro estratégico grave se no próximo Orçamento do Estado
inscrever compromissos limitadores por longo tempo da reposição de direitos, da
criação de emprego digno, da requalificação de emprego e da melhoria dos
salários. Há condições para o desenvolvimento, haja coragem e bom senso.
Manuel Carvalho da Silva in “Jornal de Notícias” – 30/7/2017
NISA: Animadores da Etaproni estagiam em entidades reconhecidas (Abril 2013)
Marcas de experiências únicas para seguir António Gedeão
Esta semana, no dia 8 de Abril, os alunos dos Cursos de
Animador Sociocultural da Escola Tecnológica, Artística e Profissional de Nisa
iniciaram os seus processos de Formação em Contexto de Trabalho. A organização
da Formação em Contexto de Trabalho procurou garantir experiências de qualidade,
estabelecendo protocolos de parceria com entidades recetoras reconhecidas ao
nível nacional e internacional, sediadas em vários espaços do território
nacional: Sintra, Faro, Lavradio, Coimbra, Amadora, Cascais, Lisboa, Almada,
Nisa, Loures, Buraca, Castelo Branco, Setúbal, Évora, Almada, Gavião e
Montargil. Nestas localidades os alunos foram recebidos em instituições que
garantem espaços de aprendizagem de competências fundamentais para a formação
pessoal, sociocultural, científica e tecnológica, que podem desempenhar um
papel crucial para a sua integração socioprofissional futura: Refúgio Aboim
Ascensão, Fundação do Gil, Kidzania, Casa da Criança de Tires, Fundação Aragão
Pinto, Associação Cultural Moinho da Juventude, Associação Quinta Essência,
Associação Nós, Associação de Paralisia Cerebral de Coimbra, APPACDM de Castelo
Branco, CERCI da Amadora, Centro de Atividades Sociais de Miratejo, Centro
Social 6 de Maio, Santa Casa da Misericórdia de Nisa, Desafio Sul, Associação
de Desenvolvimento de Nisa e Centro Comunitário de Torres Vedras. Algumas
destas entidades já recebem estagiários do Curso de Animador Sociocultural há
vários anos, tendo algumas delas assegurado o acolhimento dos mesmos aquando da
conclusão dos seus cursos, para a realização de estágios profissionais. Os
testemunhos apreendidos das experiências vivenciadas demonstram as suas
virtualidades, uma vez que permitem aos alunos ultrapassar os seus limites,
expandindo as suas possibilidades de desenvolvimento psicossocial. De António
Gedeão aprendemos que “O sonho comanda a vida” e na Etaproni damos um sério
contributo para que as formações em contexto de trabalho ajudem a construir
sonhos.
11/4/2013
29.7.17
Bordados de Nisa divulgados em Évora (2011)
Exposição “Têxteis de Nisa” e conferência “Nisa: uma terra
para muitos bordados” na Casa de Burgos
A exposição “TÊXTEIS DE NISA” vai estar patente de 18 a 31 de Março em Évora na
Galeria de Exposições da Casa de Burgos. A exposição é promovida pela Direcção
Regional de Cultura do Alentejo e será inaugurada no dia 18 de Março pelas
18h30.
No âmbito da exposição terá lugar na mesma Galeria, no dia
23 de Março, pelas 18h30, a Conferência “NISA: UMA TERRA PARA MUITOS BORDADOS”
pela Dra. Ana Pires.
A promoção desta exposição surgiu de um convite feito pela
Direcção Regional de Cultura do Alentejo aquando da visita da Ministra da
Cultura ao Museu do Bordado e do Barro de Nisa em Janeiro último.
A ideia é apresentar alguns tipos de bordados que se fazem
em Nisa, nomeadamente alinhavados, bordados a ponto de cadeia, aplicações em
feltro, bainhas abertas e rendas de bilros, apresentando um conjunto
diversificado de peças algumas das quais mais antigas (como por exemplo os
“caramelos”) a par de outras que ainda hoje fazem.
No decorrer da exposição verificar-se-á a presença de
artesãs nisenses que trabalharão ao vivo e darão a conhecer os seus trabalhos,
podendo inclusivamente vender as suas peças.
14/3/2011
Rastreio Nacional da Voz em Portalegre
Na próxima segunda-feira, dia 31 de Julho, e na terça-feira,
dia 1 de Agosto, realiza-se no Centro de Saúde de Portalegre, entre as 9h e as
18h, o Rastreio Nacional da Voz, promovido pela Fundação Gestão dos Direitos
dos Artistas com o apoio do Ministério da Saúde através da Unidade Local de
Saúde do Norte Alentejano.
Este rastreio nacional é dirigido à comunidade artística,
mas aberto a toda a população e é uma forma de chamar a atenção principalmente
dos profissionais da voz (artistas, cantores, professores, jornalistas,
advogados, políticos, padres…) para os cuidados regulares que se deve ter com o
aparelho vocal, assegurando-se também, desta forma, a possibilidade de se fazer
o diagnóstico precoce de várias doenças típicas dos profissionais da voz.
ULSNA
ANDANÇAS 2017. Está quase mesmo a chegar...
O Andanças'17 - em redor da vila, Castelo de Vide!
Faltam duas semanas para o Andanças que acontecerá durante 4
dias, de 8 a
11 de agosto, na vila de Castelo de Vide, assinalando a sua vigésima segunda
edição, sob o tema Andanças, em Redor da Vila – Castelo de Vide.
Num cenário entre ruas e vielas onde a história transborda,
parques verdejantes e a simpatia da gentes da terra, fica o convite para que
sigam até Castelo de Vide, no Alto Alentejo, sentir os ritmos do mundo,
assistir a concertos no meio das ruas, praças e igrejas, tocar um instrumento,
dar um passeio temático, partilhar sonhos e ideias, saborear a gastronomia
local, viver momentos com amigos e família, visitar a região, relaxar, estar em
comunidade, ser mudança para a sustentabilidade mas, sobretudo, celebrar a
vida!
Programação
O Andanças contará com um programa recheado de muita música
e dança.
Serão 4 dias com programação repartida entre 8 palcos, onde
decorrerão mais 200 atividades, entre 40 oficinas, 30 atividades para crianças
e famílias, 30 bailes, 10 concertos, 20 atividades de relaxamento e
desenvolvimento pessoal, assim como vários passeios, workshops, conversas,
cinema, teatro, performance e sessões de DJ’s. As ruas, lojas, casas e espaços
públicos e recantos da vila também serão cenários do festival onde acontecerão
oficinas com artesãos locais, passeios e atuações de grupos, que vão
transformar a vila de Castelo de Vide num grande palco em festa.
No recinto principal, junto ao Forte de São Roque (antigo
campo de tiro), estão os três novos palcos (Palco Horizonte, Palco Terra, Palco
Muralha) assim como o Espaço dedicado a crianças e famílias e que serão o
epicentro das festividades do Andanças! O Coreto, o Cineteatro Mouzinho da
Silveira e a Igreja da Fundação Nossa Senhora da Esperança, serão palcos
abertos a todos, com sessões de cinema e teatro, bailes, oficinas e concertos e
locais ideias para se relaxar, estar à sombra e apreciar o Andanças a outro
ritmo.
Este ano o Andanças conta com a presença de projetos como:
Bailes: B-Road Bastards, Stomping at Six, Rhizottome,
Akedeniz, Aurelien Claranbaux, La
Base Duo , Paulinho Ferreira, Solune, A Batalha do Camelo
Amarelo, Senhora Asem, Ahkorda
Oficinas de Dança: Cha Cha Cha, Danças dos Balcãs, Dança
Oriental, Danças da Europa, Danças do Mundo, Danças Portuguesas, Danças
Ciganas, Capoeira, Lindy-Hop, Chamarritas, Danças da Ocitânia, Biodanza, Danças
Ciganas, Capoeira, Lindy-Hop, Chamarritas, Bollywood, Danças Cabo-Verdianas,
Valsas Mandadas, Danças Galegas, Balboa, Jazz Vintage
Concertos: Malino, Cantalagoa, Paulinho Ferreira, Ethno
Portugal 2017, Sebastião Antunes, Dudi Shaul, Ofer Ronen and Friends, Stomping
at Six, Coro da Academia Sénior de Castelo de Vide
Oficinas de desenvolvimento pessoal e relaxamento: Contacto
e Improvisação, Massagem Ayurvédica, Massagem Tailandesa, Meditação, Yin Yoga,
Hatha Yoga, Yoga Suspenso,Vinyasa Yoga, Biodança e Canto Espiritual da Índia,
Reflexologia
Espaço crianças e famílias: Inguz, estórias, massagens e
contos, Danças à Volta do Mundo, Reino dos Rolos – Oficinas de artes plásticas,
Magicando em Redor da Vila, Teatro Instantâneo, Arte Pura Percusrsão, Geometria
faz amigos, Contos ao Luar, Oficina de improvisação, Danças de encantar,
Capoeira, Roda de Oleiro com Maria Poejo, Relaxamento, Acrobacia em família
Passeios: Visita a Nisa, Visita a Portalegre, Visita noturna
ao Menir da Meada com observação astronómica, Peddy Paper Astrológico com
Aldebaran, Visita ao Centro histórico de Castelo de Vide, Dia em Marvão, Dia em
Póvoa e Meadas, Visita ao Pôr do Sol na Barragem
Outras Atividades e Oficinas: Canto Indígena, Cerâmica
Criativa, Como Remendar uma Câmara de Ar, Mel e as suas aplicações, Costurinhar
Cadernos, Oficina de Artes Plásticas, Oficina de Construção de Mini Turbinas,
Oficina de Instrumentos, Oficina de Desenho, Oficina de Escrita Criativa
As novidades da Programação do Andanças 2017 poderão ser
acompanhadas aqui.
O Andanças 2017 manterá assim o mesmo formato e continuará a
ser um festival onde o público deixa a típica postura de espetador para assumir
um papel ativo, participando nas dezenas de oficinas e atividades que preenchem
cada dia.
Sustentabilidade
Em 2017 o Andanças continuará a manter o espaço livre de
poluição, promovendo e disseminando boas práticas sociais, económicas e
ambientais, como o uso da caneca, o apelo para a escolha de formas mais
sustentáveis de transporte, a compra de produtos produzidos localmente, entre
outras.
Nesta edição será mais fácil chegar até ao Andanças de
transporte público, tendo sido renovadas parcerias com a CP e a Rede Expressos,
com descontos para quem apresente bilhete válido, e transferes gratuitos a
partir de Vila Velha de Ródão.
De bicicleta até o Andanças
Um grupo de mais de 40 ciclistas, dinamizado pela
Cicloficina dos Anjos, irá fazer o percurso de Lisboa a Castelo de Vide de
bicicleta até ao Andanças sob o nome Pedalanças, promovendo assim formas mais
sustentáveis e auto-suficientes de mobilidade. Toda a informação sobre esta
iniciativa aqui.
Ajudada Andanças e a Caneca Solidária
Este ano a caneca Andanças, ex-libris do festival, para além
de ajudar a manter o festival livre de plásticos e descartáveis,
transformar-se-á num símbolo da solidariedade. A venda das canecas Andanças
reverterá a favor da AJUDADA Andanças 2016 – movimento espontâneo, informal e
independente de solidariedade e entreajuda, baseado numa rede alargada de
grupos locais e regionais de voluntários, criado para dar apoio aos lesados do
incêndio no Andanças em 2016.
Em 2017, o Andanças continuará a ser um laboratório de
ideias, experiências, criações, como génese de sonhos e momentos de sinergias,
assentes nos pilares da música e da dança, do voluntariado, da sustentabilidade
e da comunidade - que este ano estará ainda mais presente!
O Andanças, mais do que um Festival de Música e de Dança,
pretende continuar a ser um festival onde se é, se dança, se aprende, se está
em família e se faz parte!
Mais informação:
www.andancas.net
https://www.facebook.com/andancas/
28.7.17
Doar sangue em São Salvador da Aramenha
No pico estival, teve lugar mais uma colheita da
responsabilidade da Associação de Dadores Benévolos de Sangue de Portalegre –
ADBSP. Desta feita estivemos em
São Salvador da Aramenha, no concelho de Marvão. No local da
iniciativa, o salão da Junta de Freguesia, compareceram 16 pessoas, das quais
sete mulheres (43,75%).
Por razões de saúde, apenas um participante não pôde colaborar
como desejava.
Uma jovem doou sangue pela primeira vez e também se
concretizou uma inscrição no Registo Nacional de Dadores Voluntários de Células
de Medula Óssea.
O almoço convívio decorreu nas instalações do Lar da
povoação e contou com o apoio da Junta de Freguesia de São Salvador da
Aramenha.
Fronteira a 05 de agosto
As recolhas de sangue da ADBSP decorrem na parte da manhã de
sábados.
Proximamente iremos marcar presença nas seguintes
localidades: Fronteira, a 05 de agosto, no Centro de Saúde; Alter do Chão, a 12
de agosto, nos Bombeiros; Alpalhão (Nisa), a 19 de agosto, na sede do Grupo
Ciclo Alpalhoense.
Junte-se a nós! Pode-nos encontrar em
www.facebook.com/groups/AdbsPortalegre .
JR
GNR: Detenção de autor de incêndio florestal em Portalegre
O Destacamento Territorial de Portalegre, através do Núcleos
de Proteção Ambiental e de Investigação Criminal de Portalegre, deteve, ontem,
dia 27 de julho, um jovem de 16 anos, pela prática do crime de incêndio
florestal.
O indivíduo é suspeito de atear um fogo em que ardeu
aproximadamente 1,5
hectares de floresta, junto à localidade de Fortios -
Portalegre.
Após ter sido hoje presente a primeiro interrogatório
judicial, o jovem foi internado compulsivamente em Centro de Acolhimento de
Menores.
NISA: Cancelada a apresentação dos Candidatos da CDU às eleições autárquicas
Por causa dos incêndios florestais no concelho de Nisa
A Comissão Coordenadora Concelhia de Nisa da CDU–Coligação
Democrática Unitária PCP-PEV cancelou a sessão pública de apresentação dos seus
candidatos às eleições para os órgãos das autarquias locais que estava agendada
para a noite de 28 de julho.
O cancelamento da sessão pública de apresentação dos
candidatos é motivada pela situação vivida na sequência dos incêndios
florestais que atingem várias freguesias do concelho de Nisa.
A Comissão Coordenadora Concelhia de Nisa da CDU expressa
toda a solidariedade às populações das freguesias afectadas pelos incêndios.
Oportunamente será divulgada a nova data de realização da
sessão pública de apresentação dos candidatos da CDU.
27.7.17
26.7.17
25.7.17
NISA: Apresentação dos Candidatos da CDU às eleições autárquicas
Na próxima sexta feira, 28 de julho, a CDU – Coligação
Democrática Unitária PCP-PEV promove a
apresentação dos seus candidatos às eleições para os órgãos das
autarquias locais do concelho de Nisa.
A sessão pública de
apresentação dos candidatos ocorrerá pelas 21H30, no auditório da Biblioteca Municipal
de Nisa e contará com a participação de Armindo Miranda – membro da Comissão
Política do Comité Central do PCP.
Serão apresentados o mandatário concelhio da CDU, os cabeças
de lista e os demais candidatos à eleição de todos os órgãos autárquicos do
concelho de Nisa - Câmara Municipal, Assembleia Municipal e Assembleias de
Freguesia. A CDU apresenta para todos os órgãos o número máximo de candidatos,
legalmente possível.
23.7.17
Bloco de Esquerda é o partido com mais projetos de lei aprovados
O partido liderado por Catarina Martins tem uma taxa de
sucesso de perto de 30% entre diplomas apresentados e diplomas aprovados.
O Bloco de Esquerda é o partido que assina mais projetos de
lei aprovados, em votação final global: no primeiro ano da legislatura
conseguiu 24 projetos e, no segundo, baixou para 16.
Os dados apurados pelo DN, hoje divulgados, confirmam que,
para o PS, o facto de ser partido do governo não significa mais projetos
aprovados – 17 na primeira legislatura (novembro de 2015 a julho de 2016) e 14
na segunda (setembro de 2016
a julho de 2017).
Já o PSD teve na sessão legislativa que agora chega ao fim
tantos projetos com a sua assinatura aprovados como o PCP (12).
Atrasos da “Reforma Florestal” leva a corrida para compra de eucaliptos
Foram produzidos pelo menos 30 milhões de eucaliptos em
Portugal na última época e apenas 17 milhões destinaram-se a plantações legais
Os viveiros florestais nacionais produzem cerca de 30
milhões de eucaliptos certificados por ano, dos quais quase metade são plantas
produzidas por empresas do grupo Altri e The Navigator Company. O conjunto
destes viveiros florestais também vende para o mercado geral, abastecendo os
proprietários privados, mesmo que estes não tenham autorização do ICNF -
Instituto de Conservação da Natureza e Florestas para efectuar arborizações com
eucaliptos.
Nos últimos anos, foi autorizada pelo ICNF a arborização e
rearborização de cerca de 12 a
13 mil hectares de terrenos com eucaliptos por ano.
Mesmo considerando algumas perdas em viveiro e transporte,
conclui-se que o número de eucaliptos plantados anualmente de forma legal não
ultrapassa os 17 milhões. Sobram assim cerca de 13 milhões de eucaliptos (43%
do total), livres para venda e consequente plantação, sem que exista qualquer
autorização do ICNF.
Na consulta pública
da reforma da floresta, a Quercus já tinha alertado o Governo de que era
essencial criar um mecanismo legal de controlo das plantas produzidas em
viveiros para projetos florestais com espécies de rápido crescimento.
A permissão da compra e venda de eucaliptos deveria ser
existir apenas mediante a apresentação de uma autorização por parte do ICNF.
Viveiros florestais produzem eucaliptos para plantações
ilegais
Enquanto não existe uma regulamentação adequada, a Quercus
apela à responsabilidade social das empresas viveiristas, incluindo as
pertencentes à industria de celuloses, para que não vendam eucaliptos a
particulares ou a outras entidades que não tenham autorização para (re)arborização
com eucalipto emitida pelo ICNF.
Para evitar a continuação das plantações ilegais de
eucalipto, com os impactes nefastos associados às monoculturas, são essenciais
medidas de ordenamento florestal que tardam na atual revisão dos Programas
Regionais de Ordenamento Floresta, mas também a fiscalização e o controlo das
plantações no terreno.
Quercus teme que a partir de Outubro sejam vendidos mais 30
milhões de eucaliptos se entretanto não entrar em vigor a legislação prometida
pelo Governo.
Tudo leva a indicar que a não publicação da prometida
legislação para restrição à plantação de novas áreas de eucalipto, levará a uma
nova corrida à compra e plantação desta espécie florestal, com graves
consequências ao nível do ordenamento do território e ao nível da Defesa da
Floresta Contra Incêndios (DFCI).
A Direção Nacional da Quercus – Associação Nacional de
Conservação da Natureza
ALPALHÃO: Festas Populares 2017
As Festas
Populares de Alpalhão têm início no próximo dia 4 de Agosto e decorrem até dia
7 do mesmo mês.
No dia 4, sexta-feira, o programa integra a
atuação do grupo de Zumba de Alpalhão e do Grupo de Contradanças Alpalhoense.
Os amantes da tauromaquia poderão assistir e participar na novilhada que terá
uma demonstração de pegas.
No dia 5, sábado, terá lugar um Encontro de
Motards, a actuação de Joaquim Silva e do Grupo das Sevilhanas da Escola Silvina Candeias.
O programa de domingo, dia 6, será preenchido com
um Encontro de Concertinas, uma garraiada, karaoke party e baile.
Na segunda-feira, dia 7, não faltará o típico
almoço alpalhoeiro, no qual será servido o tradicional "arroz de
cachola" e outros acepipes. Neste dia e para maior animação, haverá a
tradicional Corrida dos Cântaros.
Durante os quatro dias dos festejos, haverá sempre
baile, a actuação de um DJ, e um esmerado serviço de bar em que não faltarão os
petiscos tradicionais de Alpalhão.
As Festas Populares de Alpalhão contam com o apoio
do Município de Nisa e das Juntas de Freguesia de Alpalhão e Nisa e terão
sempre entradas gratuitas.
Como vem sendo habitual e uma vez mais, a
organização dos festejos está a cargo do Grupo Desportivo e Recreativo
Alpalhoense.
GNR: Apreensão de arma de fogo e vestuário contrafeito em Ponte de Sor
A operação, que empenhou 30 militares das várias valências
do Comando Territorial de Portalegre, envolveu duas buscas domiciliárias que
permitiram constituir arguidos três homens, com idades entre os 19 e os 48
anos, e apreender:
* Uma
espingarda caçadeira;
* Três
cartuchos;
* Uma planta
de cannabis;
* Vários artigos de roupa contrafeita
22.7.17
NISA: O nosso passado não morreu! (1)
Sobre o "Falar de Nisa" - Nota introdutória
O NOSSO PASSADO NÃO MORREU!
... só morrerá quando todos o esquecermos.
E não parece que seja o que mais queremos: basta ler este
jornal e/ou pensar no culto de várias das nossas tradições.
Alguém disse, com muita razão, que nós somos nós e as nossas
memórias. Na verdade, no nosso Passado estão os caboucos da nossa vida presente
e futura.
Mas o Passado é como um “garramiço”. Quantos ramos e quantas
folhas tem, umas e outros reciprocamente entrelaçados e solitários?
As artes, os ofícios, o trabalho da terra, o vestuário, a
alimentação, a casa, etc., etc., sem esquecer, como factor maior, a língua em
que todos se entendiam e que os congregava como comunidade. Quem conhece o seu
Passado conhece-se melhor.
Por mero acaso vieram-me parar às mãos vários textos (talvez
dezenas), escritos no falar da nossa Terra mas sem respeito pelas regras
ortográficas e procurando aproximar-se da Fonética. No seu conjunto, não são
fáceis de decifrar.
Porque considero que essa forma de falar não é de ninguém
mas é um bem de todos, dou-os agora a publicação na sua versão primitiva que,
vista à luz da ortografia actual, tem o seu quê de complicado. Para comodidade
dos leitores, cada texto será acompanhado duma versão em Português Padrão.
Se, nas minhas memórias, recuo várias dezenas de anos,
verifico ter sido assim que eu ouvi falar as pessoas mais velhas e não só.
Claro que, na comunidade local, alguns tinham atingido outros níveis daquilo a
que tem sido costume chamar Cultura. No entanto, conservavam alguns traços
daquela outra forma de falar.
Para divulgação entre todos os que são curiosos do Passado
da nossa Terra, estes textos irão sendo publicados enquanto houver pessoas
interessadas no seu conhecimento e a Redacção deste jornal assim o entender.
José d´Oliveira Deniz
NOTA: Este, excepcional, conjunto de textos, que hoje começamos a colocar no "Portal de Nisa", foram publicados no "Jornal de Nisa" - 1ª série. Constituem, a meu ver, preciosos documentos etnográficos e culturais, bem elucidativos e marcantes sobre a tradição oral e um modo de falar, singular, o nosso. O "falar de Nisa". Leiam-nos com atenção e... divirtam-se!
Animadores da Etaproni apoiam animação ambiental com crianças do 1.º ciclo de Nisa (2011)
"É de pequenino que se torce o pepino"
Como diz o ditado “É de pequenino que se torce o pepino”, ou
seja, é nesta fase crucial do desenvolvimento biopsicossocial do ser humano que
se joga todo o processo de socialização primária, a partir do qual se manifesta
como muito difícil a interiorização e reprodução de determinados comportamentos
essenciais à integração e inserção social. Neste sentido, são fundamentais as
estratégias, também de animação na infância, no sentido de socializar as
crianças para a necessidade e importância da adopção de comportamentos
ambientalmente sustentáveis. Actualmente assistimos a consequências nefastas da
multiplicação de comportamentos humanos que colocam em risco o equilíbrio dos
ecossistemas, entendidos em sentido amplo. É urgente que as várias
instituições, como neste caso específico, autarquia local, escola básica do 1.º
ciclo e Escola Tecnológica, Artística e Profissional de Nisa se concentrem no
desenvolvimento de acções que promovam de forma concertada a educação ambiental
dos adultos de amanhã. Os animadores apoiaram os pequenos a “torcer o seu
pepino”.
Maio 2011
21.7.17
Porto Covo nas 7 Maravilhas - Aldeias de Mar
DIA
23 DE JULHO, LIGUE A RTP E VOTE EM PORTO COVO
No
dia 23 de julho (domingo), a RTP transmite a gala 7 Maravilhas - Aldeias de
Portugal onde Porto Covo estará a votação do público como uma das
pré-finalistas na categoria "Aldeias de Mar".
O
número de telefone para votar apenas será divulgado na gala, a transmitir a
seguir ao Telejornal.
Entre
a terra e o mar, Porto Covo é um ícone do Alentejo Atlântico. Aqui, quando o
inverno não os deixava sair da pequena angra nas suas embarcações, os
pescadores tornavam-se agricultores, e a mesma força vital que usavam para
colher o mar usavam para semear a terra.
O
centro de Porto Covo é uma das mais belas praças portuguesas, uma maravilha da
arquitetura do séc. XVIII, com as suas casinhas caiadas, barras azuis, portas
vermelhas e cortinas de renda.
Deste
coração da aldeia, estendem-se artérias retilíneas que desembocam num
envolvente de pequenas praias de areia dourada e água transparente.
À
vista da aldeia, emerge, coroada por bandos de gralhas, a misteriosa Ilha do
Pessegueiro, expoente paisagístico do Parque Natural do Sudoeste Alentejano e
Costa Vicentina.
Não
faltam razões para votar em
Porto Covo como uma das mais maravilhosas aldeias de
Portugal.
Doações de sangue não faltaram em Castelo de Vide
Verão é tempo de sol, mergulhos, esplanadas, férias e
também ... de se doar sangue. Em Castelo de Vide, a segunda dádiva 2017
mostrou-se bastante viva. Tratou-se de mais uma iniciativa da Associação de
Dadores Benévolos de Sangue de Portalegre – ADBSP. Rumaram até ao Centro de
Saúde 44 voluntários, dos quais 18 mulheres.
Por razões clínicas dois dos presentes não puderam
estender o braço.
Uma pessoa fez o seu batismo como doador. Quanto ao
Registo Nacional de Dadores Voluntários de Células de Medula Óssea verificou-se
uma nova inscrição.
O almoço convívio decorreu num restaurante local e
contou com o apoio da Câmara Municipal de Castelo de Vide.
22 de julho em São Salvador da
Aramenha
A ADBSP promove as suas brigadas em sábados, da parte
da manhã. A 22 de julho vamos marcar presença no salão da Junta de Freguesia de
São Salvador da Aramenha (Marvão); A 05 de agosto poderá encontrar-nos no
Centro de Saúde de Fronteira.
Aproveite o tempo estival e seja solidário doando
sangue!
JR
20.7.17
NISA: Cantinho do Emigrante - Memória (2006)
“ARGO” NISENSE
Para quem não sabe o que é o “Argo”, fique a saber
que é uma língua inventada, utilizada em quase todas as terras de Portugal, com
que se denominam palavras e objectos, com nomes “bárbaros”, que não figuram
sequer no dicionário de português.
Nalgumas escolas nacionais tem havido interesse no
ensino desta importante riqueza cultural, com o é o caso do “mirandês”, que se
estuda e pratica em Miranda do Douro, como outros dialectos noutros locais. Em
Miranda diz-se “chega-te para lá um cibinho”, enquanto em Nisa, as pessoas mais
antigas dizem: “chega-te para lá maneirinhas”.
Estamos no século passado, no início de Outubro de
1910, com a revolução republicana e o derrube da monarquia a ceifar vidas,
quando um jovem casal de camponeses resolveram casar. O noivo era rude e
corpulento, a noiva era dócil e meiga, não impedindo, por vezes, de haver
disputas verbais, com grande alarido, alarmando a vizinhança. A esposa, amorosa
como no primeiro dia, esquecia-se, facilmente, da discussão do dia anterior,
endereçando-se ao seu “Intónh”: Ó home, não te esqueças de levares a “plice”,
porque stá a morinhé e tu podes-te constipé.
O homem, respondia: “Non te rales Frincisca, que eu
levo tamém o guarda-chuva”.
À noite, no regresso a casa depois da labuta de um
dia de trabalho árduo no campo, o marido encontra a sua esposa à luz da
candeia, abanado o lume para fazer o jantar, no preciso momento em que o gato
derrubou a “mintolia” do azeite que se encontrava em cima da “tropeça” de
cortiça.
- “ Ó mulhê! Tira daí mazé, esta saringonça, não vás
tu também aventar o “venégre”.
Ele vinha bastante cansado porque adormeceu logo, com
os cotovelos nos joelhos e as mãos na cara, quando a esposa o acordou, dizendo:
“ vamos comer que a ceia já está pronta. Achando-o calmo, começou por lhe dar a
novidade de que iriam ser pais.
- “Já me charinguéstes com esta notícia. Agora, quem
se vai ocupar desta encrenca?
- Ora, não meteras o bico onde não eras chamado,
respondeu a mulher.
Sussurrando sozinho, já não quis comer e foi-se
deitar.
Momentos depois a sua esposa juntou-se e quebrando o
silêncio, disse: “Deixa lá “Intónhe”, que Deus há-de dar-nos saúde “pró crié” e
ele há-de ser forte como tu e parecido contigo. Não vês que são provas do nosso
amor?
Estas palavras chocaram o coração do jovem esposo
tornando-o cada vez mais amoroso de sua mulher.
Algum tempo depois rebentou a 1ª Guerra Mundial de
1914/18, em que ele não escapou a mobilização, sendo incorporado num batalhão
para ir defender a França contra os alemães.
Trocaram-se cartas inflamadas de amor entre o jovem
casal, aguardando-se o nascimento do tão desejado filho, enquanto nas
trincheiras da batalha de Verdun se ouviam os tiros da artilharia pesada, com
os gases das bombas matando os bravos soldados.
A Frincisca ficou “esborgada” com chorar quando
recebeu a notícia da morte do seu marido na frente de combate.
- “Valha-me Dés! O que será de mim sem o mê Intónhe”,
como é que eu posso crié o nosso filho? Ai! Que já não te vejo mais, amor da
minha vida, não chegastes a ver o fruto do nosso amor”.
No seu peito palpitante, acendeu-se uma luz como a
querer dizer: não chores, que eu estarei sempre contigo, até à eternidade…
“O seu corpo repousa no Mosteiro da Batalha, no
túmulo do Soldado Desconhecido”.
António Conicha in "Jornal de Nisa" - 208 - Maio de 2006
19.7.17
NISA - O Protesto contra exploração do urânio na imprensa (Outubro 2008)
Manifestação
contra eventual exploração de urânio em Nisa reúne mais de 300 pessoas
Mais
de 300 pessoas manifestaram-se hoje de forma pacífica, em Nisa, contra a
eventual exploração de urânio naquele concelho do norte alentejano, num
protesto a que se associaram ecologistas, autarcas e agricultores.
A
"Marcha da Indignação" partiu do centro da vila de Nisa em direcção à
herdade onde existe uma jazida de urânio inexplorado, a cerca de três
quilómetros de distância.
Sempre
com a GNR por perto, mas sem que tivesse ocorrido qualquer incidente, os
manifestantes gritavam, entre outras palavras de ordem, "Urânio em Nisa
não", "Não, não, não à contaminação".
Nos
cartazes podia ler-se: "Contra o urânio por um respirar saudável",
"Nisa diz não ao urânio", "Nisa sim, urânio não".
A
iniciativa esteve a cargo do Movimento Urânio em Nisa Não (MUNN), da
Quercus e de várias entidades locais, como a associação comercial, Associação
de Desenvolvimento de Nisa, Terra-Associação para o Desenvolvimento Rural e
Associação Ambiente em
Zonas Uraníferas.
A
jornada de protesto e sensibilização iniciou-se no Cine Teatro de Nisa com uma
Tribuna Cívica, onde vários ex-trabalhadores das minas da Urgeiriça (Nelas),
entre outras entidades, prestaram o seu depoimento contra a exploração deste
minério na região.
Em
declarações à agência Lusa, a deputada Heloísa Apolónia, do Partido Ecologista
"Os Verdes", lembrou "os malefícios" que este género de
exploração já provocou nos trabalhadores das antigas minas da Urgeiriça e
defendeu que Nisa precisa é de "projectos turísticos".
De
acordo com a deputada, o grupo parlamentar de "Os Verdes" vai
brevemente "questionar directamente o Ministério da Economia face às
incoerências da sua resposta quanto à intenção em relação à exploração de
urânio em Nisa".
O
concelho alentejano de Nisa, no distrito de Portalegre, possui no seu jazigo
inexplorado de urânio um potencial que ronda os 6,3 milhões de toneladas de
minério não sujeito a tratamento, 650 mil quilos de óxido de urânio e 760 mil
toneladas de minério seco.
A
presidente do município local, Gabriela Tsukamoto, mostrou-se também
desfavorável à eventual exploração de urânio em Nisa, considerando que "é
uma incógnita, porque não se sabe as consequências em termos de saúde pública,
ambientais e em termos económicos".
A
autarca defendeu que "é preferível pegar nos recursos do concelho, como os
queijos, os enchidos, os bordados, o termalismo entre outros factores e
torná-los mais sustentáveis".
A
mesma opinião é partilhada pelo presidente da Associação dos Agricultores do
Distrito de Portalegre, Fragoso de Almeida, que colocou ainda em dúvida, caso
se concretize a abertura da jazida de urânio, o futuro da agricultura na
região.
"A
agricultura regional terá sempre o ónus desta exploração em cima. E uma exploração
desta natureza, sem qualquer demagogia, inviabiliza o desenvolvimento rural e o
abandono das terras", alertou.
O
responsável do núcleo regional de Portalegre da associação ambientalista
Quercus, Nuno Sequeira, disse à agência Lusa que a acção de contestação
"pretende sensibilizar o Governo para recusar o avanço da exploração de
urânio na zona de Nisa".
"É
importante não esquecer os erros cometidos em toda esta actividade na zona
centro do país, as marcas familiares, dramas de saúde e ambientais e alertar
para as consequências gravosas que poderá trazer para o concelho de Nisa e para
o distrito", avisou.
Além
da sensibilização das populações locais para os "riscos que a eventual
exploração de urânio comportará", a iniciativa pretendeu alertar para o
facto de o "modelo de desenvolvimento, investimentos em curso e economia
local não serem compatíveis com a exploração de urânio".
Fonte:
Lusa
O urânio da nossa inquietação
Em Outubro de 2008, culminando uma série de iniciativas de sensibilização para os riscos da exploração do urânio em Nisa, realizou-se nesta vila uma manifestação cívica e caminhada de protesto desde o centro da urbe até às designadas "minas da Mari Dias" na estrada para o Monte Claro.
Desta manifestação e alerta, que teve a presença de deputadas do BE e "Os Verdes" fez eco a imprensa regional e nacional. O PS local não "tugiu nem mugiu", aliás, não se lhe conhece, mesmo passados todos estes anos, qualquer posição oficial ou oficiosa sobre o assunto. É tema tabu, "esquisito", tal como as plantações indiscriminadas de eucaliptos, que muitos autarcas socialistas quase veneram, vá lá saber-se porquê.
As escombreiras a céu aberto, as montureiras de resíduos retirados do subsolo enquanto durou a exploração das minas, nos anos 60, ali continuam ao "deus dará", ao alcance de todos e com os malefícios que se conhecem, à espera que as entidades governamentais se decidam pelas indispensáveis acções de requalificação de todo aquele espaço uranífero, potencialmente perigoso para a saúde e o ambiente, a exemplo do que já foi feito noutros locais.
Da autarquia de Nisa, actualmente de maioria PS, não se espera qualquer diligência. O urânio ou as escombreiras não dão votos, ficam "fora de portas" e não são passíveis de transformação em flores ou elementos decorativos de feição "pimba".
É um erro, crasso, pensar assim. Na Alemanha e noutros países europeus, antigas instalações militares e depósitos de armas, deram lugar a parques ambientais e temáticos, colocados à disposição dos cidadãos, depois de requalificados.
Em Nisa, a autarquia, sempre desejosa de fazer "flores" em qualquer azinhaga, não tem uma ideia, um projecto, uma simples recomendação e alerta ao governo ( que é da sua cor) para a requalificação que se impõe das minas de urânio da Mari Dias.
É tempo de os cidadãos reagirem sobre esta questão e exigirem dos poderes públicos (locais e nacionais) as medidas que se impõem em defesa da saúde pública e ambiental.
Mário Mendes
NISA: Postais do Concelho - Figuras Populares
É mais uma foto publicada no "Jornal de Nisa" (1ª série: Jan. 1998/Out. 2008) na secção ou rubrica "Postais do Concelho". É uma imagem "acrobática" de dois artistas da pintura de edifícios e da língua alegre e brejeira: os senhores Caetano São Pedro e Manuel do Benfica, ambos já falecidos. A foto prestou-se, aliás, para mais uma crónica "efémera" (de centenas que publiquei em mais de 40 anos) alertando para a necessidade de salvaguarda, preservação e classificação de alguns edifícios públicos e particulares (como este da imagem) de Nisa por constituírem exemplares únicos do património construído e de estilos arquitectónicos representativos de determinada época, mesmo "recauchutados" com elementos de outras épocas.
O edifício em questão, em cuja fachada foi implantado a entrada principal da capela do Senhor dos Aflitos, bem merece que assim seja preservada, devendo a Câmara garantir - mesmo tratando-se de edifício particular - todas as diligências no sentido da sua conservação e manutenção.
Este edifício, como outros na Praça da República e noutros locais da vila ( e do concelho) merece que seja elaborado um regulamento municipal, que valorize e divulgue o património, sejam edifícios públicos ou privados. A Câmara não pode é ser ela a dar o pior exemplo, como é o caso da residência dos herdeiros do dr. José Fraústo Basso, tapada, escondida, apagada da paisagem, por um enorme tapume eleitoral, justamente do partido que lidera a autarquia. Fosse com outros e imagino o que seria a "onda de indignação" e revolta.
Mandar, quem se opõe a este estado de coisas, para o Tribunal Constitucional ou para a Comissão Nacional de Eleições é de quem ainda não percebeu que o direito, mais do que a imposição das leis - tantas delas anacrónicas- começa no bom senso...
E no bom gosto! Mas, aqui, nesta terra, dita "bordada de encantos", impera a "cultura pimba".
Mário Mendes
E no bom gosto! Mas, aqui, nesta terra, dita "bordada de encantos", impera a "cultura pimba".
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