31.3.25

A DORPOR do PCP expressa o seu repúdio pela intimidação e condicionamento pela GNR sobre ativistas em solidariedade com a Palestina na Volta ao Alentejo

 


A DORPOR do PCP tomou conhecimento da situação de intimidação por forças de segurança sobre os ativistas que, pacificamente, se manifestaram em Castelo de Vide, neste fim-de-semana (sábado 29 de março), para afirmar a solidariedade com a Palestina numa prova desportiva, a Volta ao Alentejo, em que participava a equipa “Israel Premier Tech”.

O Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente (MPPM) denunciou a situação: em vez de poderem exercer livremente o seu legítimo direito de expressão, os ativistas foram injustamente abordados pela GNR, identificados e intimidados, simplesmente por exibirem bandeiras palestinas, simbolizando a solidariedade com a luta do povo palestino pela justiça e pelos seus direitos nacionais.

Perante a situação, o Grupo Parlamentar do PCP na Assembleia da República, enviou três questões ao Ministério da Administração Interna, desafiando o Governo a pronunciar-se sobre esta situação.

A intimidação exercida contra as pessoas que tentaram pacificamente protestar contra esta participação é uma violação grave da liberdade de expressão e do direito de manifestação, constitucionalmente consagrados. Em Castelo de Vide, as pessoas foram abordadas pela GNR, identificadas e afastadas do local sob a alegação de «questões de segurança», tendo a GNR tentado justificar esta intervenção alegando a possibilidade de «confrontos» com a equipa israelita.

A DORPOR do PCP expressa a sua total solidariedade com os ativistas que se manifestaram pacificamente em Castelo de Vide e reafirma o seu apoio à luta do povo palestino pelos seus direitos nacionais imprescindíveis, por uma Palestina livre e independente.

Portalegre, 31 de março de 2025

A DORPOR do PCP

CASTELO DE VIDE: Jorge Serafim na celebração do Dia Internacional do Livro Infantil

 


Raio dos Cachopos acrescentou brilho à Festa da Laranja em GALVEIAS

 



Terminou ontem, dia 30 de março, em Galveias a 2ª edição da Festa da Laranja com a atribuição dos prémios aos vencedores das várias “receitas” a concurso e uma extraordinária atuação da Banda Raio dos Cachopos, nascida em Marvão e que é já uma referência no panorama musical da região.

A Festa da Laranja atraiu a Galveias centenas de visitantes e proporcionou aos galveenses e convidados dois dias de convívio, amizade e festa tendo como rainha a laranja e a doçaria a ela ligada.

A exposição de doces, bolos e licor de laranja juntou 10 expositores com 14 iguarias a concurso.

Foram atribuídos prémios para o melhor licor, melhor doce/compota e melhor bolo e ainda o prémio inovação.

A animação foi assegurada no primeiro dia pelo “ouro da casa”: a Funny Farra e o G´alcanta e no segundo dia pela banda convidada Raio dos Cachopos.

Na cerimónia de encerramento Fernanda Bacalhau, Presidente da Junta de Freguesia, exaltou o êxito da iniciativa e garantiu que 2026 trará a terceira edição do certame.

O Executivo da J.F. Galveias

NISA: Conheça os poetas do concelho (XX) _ António dos Santos Sequeira (2)

 


2 – O VAQUEIRO 

Antes da madrugada romper

O vaqueiro se levantava

P´ra dar ao gado de comer

Já que o dever o obrigava

 

Quantas vezes a chover

De guarda-chuva e candeeiro

Ensonado e a tremer

Ao duro frio de Janeiro

 

Enquanto o outro pessoal

Dormia profundamente

Dirigia-se ele ao cabanal

Muito antes do sol nascente

 

Era então que espalhava

O feno na manjedoura

Já que a manhã anunciava

Um novo dia de lavoura

 

Depois do gado estar tratado

E caso a manhã tardasse

Ia dormir mais um bocado

Voltando de novo a deitar-se

 

Depois de manhã levava

Até à torna o gado

Quando começava

Para o prender ao arado

 

O mesmo lhe competia

Trazer o gado de volta

Quando era ao fim do dia

Depois de se dar solta

 

Vivia praticamente

Em especial nessa altura

Para o trabalho somente

Levando uma vida dura

* António dos Santos Sequeira

SAÚDE: 32 dadores de sangue em Alter do Chão

A Coudelaria mais prestigiada do nosso País, situa-se na vila que visitámos com agrado e afeição. Em Alter do Chão esteve presente uma simpática equipa da Unidade Funcional de Imunohemoterapia da ULSAALE bem como da Associação de Dadores Benévolos de Sangue de Portalegre – ADBSP.

No centro de saúde de Alter entraram 32 pessoas dispostas a contribuir com uma doação. Destas, nove eram do sexo feminino.

Uma vez avaliados os potenciais contribuintes, nem todos estavam em condições para concretizar a dádiva. Mas de Alter voaram 28 unidades de sangue total para ajudar quem necessita de tratamento com compostos hematológicos.

Um dos presentes concretizou a doação pela primeira vez.

Esta jornada, com números risonhos, culminou com o habitual almoço convívio entre os participantes, o qual contou com o apoio da Câmara Municipal de Alter.

Arronches a 05 de abril

A ADBSP vai proximamente levar a efeito colheitas em: Arronches, a 05 de abril, na sede do Rancho Folclórico, sito nos imponentes celeiros; Sousel, a 12 de abril, no centro de saúde local. Sábados e durante a manhã.

Comece o mês da liberdade da melhor forma, doando um pouco de si! E visite: https://www.facebook.com/AssociacaoDadoresBenevolosSanguePortalegre/

JR

 

ALPALHÃO: Procissão dos Passos

 


CASTELO DE VIDE acolhe iniciativas da Semana da Interculturalidade

 

O Município de Castelo de Vide irá participar na Semana da Interculturalidade ( 1 e 13 de abril de 2025), promovida pela EAPN Portugal/Rede Europeia Anti-Pobreza. Sendo que a Interculturalidade acrescenta a valorização da diversidade e das interações positivas na sociedade, pretende-se com esta ação promover uma maior consciencialização e abertura para novas abordagens e formas de viver e sentir o mundo.

Convidamos todos a estarem presentes no dia 3 de Abril pelas 14h00, no Jardim Garcia D´Orta, para o Convívio Intercultural  “D´aqui e D´ali”.

 

30.3.25

NISA: Conheça os poetas do concelho (XIX) _ António dos Santos Sequeira


OS CAMPOS E OS CAMPONESES 

Há muitos anos atrás

Era costume ouvir dizer

Pelas ruas "tã, já lá vás"?

Muito antes do sol nascer.

 

Com botas brochadas

Pelas ruas a arrastar

Era o galo das madrugadas

E o aviso para acordar.

 

Sem muito tempo se perder

Era muito frequente

Irem à taberna beber

Um copo de aguardente.

 

Era então que começava

A sua árdua labuta

Pois o campo os esperava

Para mais um dia de luta.

 

Os campos noutras eras

Eram todos p´ra searas

Agora andam sujos deveras

Só há javalis e xáras.

 

Havia trigais tamanhos

E vida por todos os lados

Muita gente... grandes rebanhos

Como os tempos estão mudados!...

 

Toda a gente se esforçava

Por as terras cultivar

Logo o mato se limpava

Ao começar a alastrar.

 

Aqui e além se ouvia

Pessoas ou animais

A solidão não se sentia

Mesmo em distantes locais.

 

Pelos campos vida havia

Essa via que hoje não há

Parte dessa gente que se via

Já partiu, já lá não está.

 

As hortas e os pomares

Eram fonte de alimento

Para governar tantos lares

Como meio de sustento.

 

Prendiam-se burros à nora

Com os alcatruzes a despejar

A água que revigora

Toda a planta a criar.

 

Agora essas hortas

Onde se plantava o cebolo

Quase todas já estão mortas

Causam grande desconsolo.

 

A partir dos anos oitenta

Começou a grande invasão

Que de ano para ano aumenta

Dos eucaliptos, a plantação.

 

Depois das máquinas romperem

Esses matagais bravios

Há eucaliptos a crescerem

Já em numerosos plantios.

 

A pouca gente de Montalvão

Que ainda aqui se mantém

Desagrada-lhe tal situação

Visto que pouco lhe convém.

 

Havia fontes também

Com boa "água batida"

Onde cada um enchia bem

A infusa bem medida.

 

Diz-se "água batida"

Quando é boa para beber

Se a fonte anda mexida

Por tanta gente abastecer.

 

Muitas fontes presentemente

Ao recordá-las do passado

O que foi orgulho de outra gente

Está hoje tudo abandonado.

 

Havia palheiros e currais

Por esses campos espalhados

Para encerrar os animais

E ter os fenos guardados.

 

Muitos deles, sem telhado

E outros até já caídos

São relíquias do passado

Ou tesouros já perdidos.

 

Estar ao lume num palheiro

E ouvir o vento soprar

Com um forte aguaceiro

No telhado a desabar.

 

Causa uma sensação

De sonolência e moleza

Sendo perfeita a comunhão

Entre a vida e a natureza.

 

Dos campos ao regressarem

Pelos caminhos e azinhagas

Era ouvi-los a cantarem

E à alegria dando largas.

 

Apesar de fatigados

Traziam risos no rosto

Quando à vila já chegados

Era a festa do sol-posto.

 

Uns a pé outros a cavalo

E também de bicicleta

O regresso era um regalo

Com a rua de gente repleta.

 

Lá estão ainda as ruas

Com as pedras da calçada

Mas já sem as gentes suas

Minha terra abandonada.

* António dos Santos Sequeira 

** IMAGEM: Diogo Margarido

OPINIÃO: Do ecrã ao crime


Mais importante que retirar os telemóveis dos estabelecimentos de ensino é saber o que os estudantes mais novos fazem com eles, especialmente fora do ambiente escolar. A maior parte de nós, diga-se, não faz a mínima ideia. Nem sequer falamos a mesma linguagem.

Nas últimas semanas, na sequência da série de sucesso “Adolescência”, o debate sobre bullying, ódio online, radicalismo e mau uso das redes sociais entre jovens e adolescentes ganhou um lugar que nunca teve. Infelizmente, à custa do medo. Do receio de que a notícia de que três jovens se filmaram a violar, em Loures, uma rapariga de 16 anos e partilharam imagens online seja sobre a nossa família, sobre os nossos filhos.

O papel da escola no combate ao bullying não tem sido ativo nem efetivo. A prova é que grande parte da comunidade educativa descobre agora expressões como “nonce” ou “incel”, pedófilo e homem que culpa as mulheres pela sua dificuldade em estabelecer relações íntimas, respetivamente.

A nossa “emojipedia” também se alargou. Ficamos a conhecer símbolos que representam órgãos sexuais, conteúdos eróticos e drogas. Uma aprendizagem que chegou aos ecrãs dos smartphones via PSP, que tem feito um excelente trabalho nas redes sociais. Um verdadeiro serviço público que devia servir de exemplo a quem define políticas educativas e pedagógicas.

Numa altura em que se partilham violações, em que a delinquência juvenil volta a subir e em que há menores a ganhar dinheiro com pornografia digital, o tema já não é proibir os telefones nas escolas. Isso é apenas deslocar o problema para outros ambientes. 

        Manuel Molinos – Jornal de Notícias - 28 março, 2025

 

HUMOR EM TEMPO DE CÓLERA

 

O anjo do cartazes | cartoon editorial da revista de Domingo do @correiodamanhaoficial – Vasco Gargalo


29.3.25

CAMPO MAIOR: Ação de sensibilização conjunta com a Guardia Civil na Operação Spring Break



O Comando Territorial de Portalegre, através da Secção de Prevenção Criminal e Policiamento Comunitário (SPC) do Destacamento Territorial de Elvas, contando com o apoio da Guardia Civil, no dia 25 de março, realizou uma ação de sensibilização, no âmbito da “Operação Spring Break”, na Escola Secundária de Campo Maior.

Aproximando-se o período das tradicionais viagens de finalistas, onde algumas incluem como destino a zona balnear de Espanha, a ação de sensibilização teve como público alvo a comunidade escolar, em particular alunos do 12.º ano de escolaridade, com o objetivo de sensibilizar os jovens para a necessidade de prevenção de comportamentos de risco associados ao consumo de substâncias, nomeadamente drogas e álcool, bem como dar a conhecer aos alunos as principais regras a cumprir em território espanhol.

Foram ainda referidos, por parte da Guardia Civil, quais os comportamentos de risco que usualmente se verificam neste contexto, tendo igualmente sido esclarecidos sobre a legislação espanhola em vigor relativamente ao consumo de álcool e de produtos estupefacientes, bem como dos conselhos de segurança a adotar nos locais de destino.

Na presente ação estiveram presentes 28 alunos da Escola Secundária de Campo Maior.

NISA. O Centro Histórico - Memória e Apagamento (II)

 


Aproveitando a tarde solarenga e a propósito de assinalar o Dia Nacional dos Centros Históricos fiz uma visita a edifícios e ruas da antiga bastide nisense. O que vi, deixou-me triste e desalentado. Impressiona, não só a desertificação do chamado centro histórico, como a ausência de limpeza nas ruas, a flagrante falta de cuidados de manutenção dos edifícios, mormente de alguns que, desde há muito, deviam estar classificados.

Sufoca-me o coração, olhar e sentir o actual estado da Rua Direita, que a fértil imaginação idalinista transformou numa espécie de necrotério, com os retratos de alguns antigos moradores afixados nas frontarias das casas. Rostos que, na maioria dos casos nada dizem ou acrescentam à história vivida dos edifícios, contribuindo, inclusive, para deturpar muitas das actividades que neles se desenvolveram. Estão lá, ainda, duas das casas em que morei, uma delas de onde saí para me casar.

Visitei o Núcleo do Bordado, inaugurado em Abril de 2005, e que a edil, seguindo uma estratégia de apagamento histórico e da obra de anteriores autarcas, resolveu – uma vez mais sem dar cavaco a ninguém – “rebaptizar” de Casa da Etnografia. Os bordados de grande valor que se mostravam em vitrines na entrada do edifício, bem como outros artefactos, “viajaram” para o Museu do Bordado e do Barro. O edifício funciona agora como sede de um serviço municipal denominado Radar Social. É um radar “silencioso” e que, sem qualquer indicação no exterior afasta os visitantes e inibe-os de testarem a sua curiosidade e conhecerem o rico acervo artesanal que o edifício abriga. Está fechado aos fins-de-semana, poupando a Câmara em mão de obra de funcionários e remetendo os visitantes ou para a “Rua das Pedrinhas” (queres ver que o piso da Ruinha de Santa Maria era em terra batida?) ou para o edifício da “moda”, a Casa das Memórias que, com o designado Centro de Artes e Ofícios” merecem as “honras” da publicidade institucional em tudo o que é sítio.

Visitei, pela primeira vez, a Casa das Memórias”, tantas as memórias de infância e juventude que tinha (e tenho) do amplo edifício que se estende desde a Cadeia Velha.

Nesta rua, de tantas recordações e afectos, fiquei boquiaberto com a desinformação toponímica (rima com idalínica) que as novas placas metalizadas e côr de vinho, ostentam. Dizer que o antigo Canto da Cadeia era, afinal, o Canto de S. Pedro só pode resultar de uma de duas coisas: ignorância (que é, no fundo) e de provocação. O antigo Canto de S. Pedro existia, sim, mas na actual (desde 1932) Rua Capitão Vaz Monteiro, designação que substituiu, graças a favores políticos durante a Ditadura, a de Rua de S. Pedro.

E como aparece aqui o “S. Pedro”? perguntarão. Apenas e tão só porque a edilidade adquiriu uma casa e que demoliu dando ao espaço o nome pomposo, mais um, de “Canto da Muralha”. E ali, naquele recanto, por artes idalínicas, foram colocados alguns blocos esculpidos em granito, talvez desencantados no “Curral da Adua”, um deles com simbologia religiosa, indicando tratar-se de restos de obras efectuadas na capela de S. Pedro, na rua, original, do mesmo nome e que a Câmara demoliu em 1970, integrando todo o terreno (capela e adro) no património da Misericórdia.

Um bloco com simbologia de S. Pedro? Oh! Lá lá! Pronto, foi encontrado pela frenética mente idalinista, o nome “antigo” do Canto da Cadeia e, sem mais demoras toca a imprimi-lo numa placa “baptismal” para enganar actuais e vindouros. Assim se refaz ou desfaz a história.

Num curto espaço de cinco metros, mais duas placas metálicas, estas de homenagem ao ego da edil, a dizerem que foi ela que inaugurou, o edifício de poucas memórias (e algumas bem más e agonizantes) e o Canto.

Idalina, na outra vida, devia pertencer à alta nobreza, tal a quantidade de baptizados que tem protagonizado e de afilhados/as que tem deixado, em cada “canto”. Deixo a “Casa das Memórias” para mais tarde e sigo.

A Rua Dr. Graça (antiga Rua do Poço) era a mais populosa, agitada e alegre rua da “Vila”. Hoje está completamente transfigurada. Edifícios em ruínas e outros com obras começadas há mais de 20 anos e nunca concluídas, casas abandonadas, a “pele” de muitas frontarias a mostrarem um colossal desleixo, como que gritando a pedir socorro e intervenções urgentes. Junta-se a tudo isso, a sensação de caminharmos num arruamento fantasma, sem vivalma, a que se juntou também a nova “moda” do entaipamento forçado, em cimento e tijolo, de portas e janelas para fazer frente à intrusão, roubo e vandalismo.

Alguns proprietários de casas bem pretendem dar-lhes um novo destino e aproveitamento, mas a Câmara, tal como no passado, é inflexível, remete para normas e regulamentos, aponta a designação de “Centro Histórico” como um papão e proíbe a moradores e proprietários, tipos de construção e materiais que ela própria, Câmara, utiliza em larga escala à revelia das leis, que como entidade pública estaria obrigada a cumprir. O exemplo mais acabado está no edifício do Hospital Velho.

O Centro Histórico, a “Vila”, precisa de medidas e acções municipais de outro nível, mais arrojado e sustentável. Não de casas dos bolos ou de “centros interpretativos”, nem de espampanantes e colossais placards colocados em edifícios particulares, publicitando o que não existe e impedindo que as frontarias possam respirar e ganhar alguma alegria.

O Centro Histórico de Nisa é um “projecto” folclórico, pimba. Páginas e páginas de intenções, repetidas a cada semana e que não são – nunca foram – para cumprir.

Mas, “enquanto o pau vai e vem, folgam as costas” e os nisenses, iludidos e mal pagos, pela propaganda, lá vão continuando a dizer: Dé! Nisa tá munte bunita!

Uma autêntica maravilha. A senhum presidenta até diz que a vila tem a rua mais bonita do universe!

* Mário Mendes

 

 

PORTALEGRE: Município reforça apoio às Juntas de Freguesia


No dia 27 de março, no Centro de Congressos do Município de Portalegre, foram assinadas as adendas aos contratos interadministrativos de delegação de competências entre o Município e as Juntas de Freguesia da Sé e São Lourenço, Reguengo e São Julião, Ribeira de Nisa e Carreiras, Alagoa, Urra, Alegrete e Fortios, para o mandato 2021-2025.

O reforço financeiro destes contratos, implementado desde 2022, pretende responder ao aumento do custo de vida e às crescentes necessidades das juntas de freguesia, especialmente em áreas como a gestão de resíduos, limpeza urbana e manutenção de infraestruturas locais.

Desde o início do presente mandato, os valores transferidos pelo município para as freguesias aumentaram 75% de forma faseada, correspondendo 60% a um aumento direto aos contratos interadministrativos, e os restantes 15% ao valor que o município abdica de receber no âmbito da delegação de competências da Direção-Geral das Autarquias Locais (DGAL), que passaram a ser integralmente canalizados para as freguesias.

Para o executivo estas medidas são fundamentais para melhorar a qualidade de vida das populações, promover a coesão territorial e otimizar os recursos disponíveis no concelho. O aumento das verbas irá reforçar a capacidade das juntas de freguesia para prestarem serviços de maior qualidade à população.

Esta decisão demonstra o compromisso da Câmara Municipal em apoiar os executivos das juntas de freguesia num contexto de pressões económicas crescentes, garantindo que estas disponham dos meios necessários para servir as suas comunidades de forma eficaz, colocando as pessoas e as suas necessidades no centro das políticas públicas.

ALTO ALENTEJO: Criminalidade violenta e grave dispara

 


Deputados eleitos por Portalegre consideram números “preocupantes”

O deputado socialista Ricardo Pinheiro, eleito por Portalegre, classificou como “preocupantes” os dados do Relatório Anual de Segurança Interna de 2024 (RASI), que revelam um aumento de 30,4% na criminalidade violenta e grave no distrito de Portalegre.

Em declarações à Rádio Portalegre, Pinheiro destacou a necessidade de considerar a localização do Alto Alentejo, uma zona de fronteira que, segundo ele, “introduz questões mais complexas” no que diz respeito à segurança.

Ricardo Pinheiro reforçou a importância de uma atenção especial aos territórios em zonas de fronteira e defendeu o reforço de meios técnicos e humanos no Alto Alentejo.

Contactado também pela Rádio Portalegre, Henrique Freitas, deputado do Chega por Portalegre, afirmou que estes números do RASI 2024 “são preocupantes”, mas não o surpreendem.

O Relatório Anual de Segurança Interna de 2024 (RASI) aponta que Portalegre está entre os distritos mais afetados, ao lado de Santarém (+33,3%) e Castelo Branco (+30,5%).

A nível nacional, a criminalidade violenta registou um aumento de 3%, com mais de 14 mil crimes reportados às autoridades, enquanto a criminalidade geral diminuiu 4,6%. Entre os crimes violentos e graves, destacam-se roubos e violações, que também tiveram um crescimento significativo em 2024.

Além disso, o relatório destaca um aumento preocupante da delinquência juvenil, um fenómeno que continua a preocupar as autoridades.

        Gabriel Nunes - 28-03-2025

28.3.25

NISA. O Centro Histórico - Memória e Apagamento (I)


No dia 28 de Março assinala-se o Dia Nacional dos Centros Históricos. No concelho de Nisa está classificado como tal, a parte antiga da sede do concelho, a qual ostenta ainda hoje impressionantes marcas do passado, a par de outras que "artificialmente" e contra as boas regras defendidas pelas entidades que tutelam a cultura e o património, têm sido criadas ou transformadas de acordo com modismos importados para fazer "render o peixe" dos detentores do poder municipal.

Ouvir alguém vindo de fora perguntar onde fica a "Rua das Pedrinhas" é de pôr um nisense com os cabelos em pé. A alguns tenho respondido que não sei onde fica, nem nunca ouvi o nome. É verdade. Aquela transformação "radical" passando por cima de todas as leis e regulamentos, tal como o antigo edifício do Hospital Velho, não abona, ao contrário do que se possa julgar, em favor de quem promoveu tais obras ditas de "requalificação". A identidade da Rua de Santa Maria perdeu-se, mesmo tendo ganho muitos visitantes. Algumas autarquias são como os bancos, a quem interessa, apenas, os números. Não todos. Os da desertificação humana e física não preocupam os responsáveis camarários. Os números da saúde, a falta de médicos que, num determinado contexto, davam artigos de jornal, escritos por quem agora fazendo parte do executivo se fecha em copas, num silêncio cúmplice e defraudando a população que os elegeram, esses números, esses factos que estão aos olhos de toda a gente, nada lhes dizem. As obras faraónicas, sim. O edifício como nunca se viu e que alguém, no futuro, terá de pagar, a auto-propaganda, desenfreada e constante, à revelia de acções e obras realmente necessárias e que acrescentem valor à qualidade de vida dos nisenses, essas ficam remetidas para as calendas. Viver não custa, o que custa é "saber" viver. O importante não é apenas a "rosa" mas o benefício pessoal e eleitoral que se possa tirar dela. E o que vemos? O Museu do Bordado e do Barro deixou de fazer parte da publicidade que é paga por todos nós a jornais e rádios do emblema. O Núcleo do Bordado na Rua Direita, transformada em necrotério idalinal, está encerrado aos fins de semana. Dizem-me que foi desvalorizado e nele instalado  um "radar especial" . É a cultura do Apagamento, de tudo o que foi feito por executivos anteriores. Se esta personagem continuasse por mais tempo na Câmara, tínhamos a muralha da Porta da Vila revestida a metal ou a plástico, como obra "icónica e platónica". E que dizer da toponímia? Dos atentados perpetrados e reveladores de uma ignorância sem medida, de quem não sabe, não conhece e, pior do que isso, não tem a humildade de perguntar ou sequer, aceitar as explicações de quem tem algum "cabedal" no assunto?

O Centro Histórico de Nisa não "existe". O que existe são as invenções da edil amieirense, pensadas em noites de insónias e instaladas nos dias seguintes, sem dar cavaco a ninguém.

* Mário Mendes

27.3.25

ALTER DO CHÃO: Concerto da Orquestra Sinfónica Portuguesa

 


O Concerto Consonâncias III, pela Orquestra Sinfónica Portuguesa, é já no próximo dia 29 de março, sábado, pelas 21h00, no Cineteatro de Alter do Chão.

A Orquestra Sinfónica Portuguesa encontra-se, entre janeiro e abril, a realizar uma viagem musical, marcando presença em 7 palcos de cidades como Braga, Vila Real, Caldas da Rainha, Lisboa, Faro, Évora, Almada e na nossa vila de Alter do Chão, integrada no São Carlos em andamento, um programa com uma forte aposta na divulgação da música, da ópera e do património musical português.

Alexis Hatch (violino) e Cecília Rodrigues (soprano) são as solistas que, juntamente com a OSP sob direção de Cláudio Ferreira, interpretam obras de Franz Schubert, Charles Gounod, Camille Saint-Saens, José Vianna da Motta e Edward Grieg.

Apresentação estará a cargo da musicóloga Mariana Calado.

Programa de sala: https://www.saocarlos.pt/program/2425_consonancias_alexis/?fbclid=IwY2xjawJSeWFleHRuA2FlbQIxMAABHXXjDwLKXYFdT8e79l7Mfv0UA0bhRxVBySzbS1tuPjANSIv3t0DMIC0WuA_aem_f8sWuFsI5Gjl3wJ-xlUbaQ

𝗢 𝗯𝗶𝗹𝗵𝗲𝘁𝗲 𝘁𝗲𝗺 𝘂𝗺 𝗰𝘂𝘀𝘁𝗼 𝗱𝗲 𝟭𝟬 €.

𝗣𝗮𝗿𝗮 𝗮𝗹𝗲́𝗺 𝗱𝗮 𝘀𝘂𝗮 𝘃𝗲𝗻𝗱𝗮 𝗻𝗮 𝗖𝗮𝘀𝗮 𝗱𝗼 𝗔́𝗹𝗮𝗺𝗼𝗣𝗼𝘀𝘁𝗼 𝗱𝗲 𝗧𝘂𝗿𝗶𝘀𝗺𝗼 𝗻𝗼 𝗵𝗼𝗿𝗮́𝗿𝗶𝗼 𝗻𝗼𝗿𝗺𝗮𝗹 𝗱𝗲 𝗳𝘂𝗻𝗰𝗶𝗼𝗻𝗮𝗺𝗲𝗻𝘁𝗼 𝟵𝗛𝟬𝟬/𝟭𝟮𝗛𝟯𝟬𝟭𝟯𝗛𝟯𝟬/𝟭𝟳𝗛𝟬𝟬 𝗲 𝗻𝗮 𝗕𝗶𝗹𝗵𝗲𝘁𝗲𝗶𝗿𝗮 𝗱𝗶𝗴𝗶𝘁𝗮𝗹 𝗧𝗜𝗖𝗞𝗘𝗧𝗟𝗜𝗡𝗘 https://ticketline.sapo.pt/evento/concerto-da-orquestra-sinfonica-portuguesa-92106?fbclid=IwY2xjawJSeT1leHRuA2FlbQIxMAABHTrh-gYu1tosGhXRgPdzYwVMrPg21k3OGm1YHMH2UCqrzyqT9xrLAsPeHw_aem_txERYujK2Q7tKrQBz5wwwg 𝗽𝗼𝗱𝗲, 𝘁𝗮𝗺𝗯𝗲́𝗺, 𝘀𝗲𝗿 𝗮𝗱𝗾𝘂𝗶𝗿𝗶𝗱𝗼 𝗻𝗮 𝗕𝗶𝗹𝗵𝗲𝘁𝗲𝗶𝗿𝗮 𝗱𝗼 𝗖𝗶𝗻𝗲𝘁𝗲𝗮𝘁𝗿𝗼, 𝗻𝗼 𝗱𝗶𝗮 𝗱𝗼 𝗰𝗼𝗻𝗰𝗲𝗿𝘁𝗼, 𝗮 𝗽𝗮𝗿𝘁𝗶𝗿 𝗱𝗮𝘀 𝟮𝟬𝗛𝟬𝟬.

Não perca esta oportunidade única de assistir ao concerto da Orquestra Sinfónica Portuguesa uma das melhores do nosso país.