A mostra é comissariada por José António Falcão e conta com
o apoio do Festival Terras sem Sombra.
António Paizana caracteriza a suas obras como
«configurações sintéticas, registos de memórias e de imaginações, simplificando
ou exaltando o que [crê] ser essencial».
António Paizana efetuou estudos de pintura no atelier de
Álvaro Duarte de Almeida, em Lisboa, em inícios dos anos 60; frequentou, em 1962
e 1964 o Círculo de Artes Plásticas, em Coimbra, sob a tutela pedagógica do
pintor Waldemar da Costa; foi aluno do Curso de Formação Artística da S.N.B.A.,
em Lisboa, nos anos de 1965 e 1966; e da École Supérieure d’Architecture et des
Arts Visuels, em Bruxelas, como bolseiro do Estado Belga de 1969 a 1972.
Entre 1965 e 1970 realizou trabalhos no âmbito de uma
poética da atividade perceptiva. Após alguns anos de reflexão sobre o sistema
de produção, divulgação e comercialização da arte desinteressou-se dos
circuitos comerciais e passou a dedicar-se a uma pintura predominantemente
figurativa que tem tido por intenção principal adequar a pesquisa formal à
reactivação da vertente simbolista da arte.
Foi, na década de 70, professor na Escola Secundária António
Arroio, em Lisboa, tendo integrado a equipa elaboradora do programa da
disciplina “Teoria do Design”.
Alguns trabalhos seus são pertença da Câmara Municipal de
Beja, do Governo Civil de Beja, da Biblioteca Municipal e do Seminário
Diocesano desta cidade. Está também representado em colecções particulares.
Tem efetuado conferências, escrito artigos sobre arte e
realizado ilustrações para revistas, jornais e livros de ficção e poesia.
Vive em Beja desde 1980. Recebeu, do Município de Beja, em
2000, a medalha de prata de mérito municipal; a revista “mais Alentejo”
premiou-o como artista do ano, em 2002 e, em 2005, pela carreira artística.
Atualmente, é
professor na Universidade Sénior de Beja.
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Sul Informação • 8 de Setembro de 2024