A sanidade mental é escolher viver com pessoas que não nos causem a doença. Como escreveu o psiquiatra Tim Cantopher em “Vencer a Depressão” quem contrai essa doença é forte, esta é a angústia dos fortes. Como a canção da Ala dos Namorados “são os loucos de Lisboa que nos fazem duvidar” do sentido da vida. Um terço dos portadores de doença mental perdeu o comboio da vida e ficaram na plataforma a criticar todos, vão para os psiquiatras com as suas vidas mesquinhas e egocêntricas, à espera que alguém se interesse por eles. As democracias do tipo ocidental tratam melhor os doentes mentais, do que os regimes totalitários, obrigando estes a trabalhos forçados, como na Sibéria ou nos campos de concentração nazi. A maioria destes doentes tem uma sensibilidade finíssima, daí o facto de sofrerem tanto psicologicamente. Antigamente no regime salazarista, os doentes eram congregados em hospitais tipo Júlio de Matos e Miguel Bombarda, sem as mínimas condições de cura. Agora aposta-se no regime ambulatório, devolvendo os doentes às suas comunidades e família. Ultimamente tem-se dado mais importância à saúde mental, mas ainda está longe do que é de esperar.
* José Oliveira Mendes
28 de Agosto de 2023