Há um ano, precisamente, a 15 de Agosto de 2022, deixava aqui a pergunta que dá título a este artigo e que repito: Porque não integra Nisa a Associação Portuguesa de Cidades e Vilas de Cerâmica? Podia perguntar também, aproveitando o título, se o Município de Nisa tem medo do ASSOCIATIVISMO, já que tão mal trata algumas Associações do concelho, em detrimento de outras, que não têm, nem de longe, o dinamismo que aquelas demonstram. Pois é, o Município de Nisa, o da rua mais bela do Universo e que quer candidatar a olaria pedrada a Património Imaterial da Humanidade, não integra a Associação Portuguesa de Cidades e Vilas de Cerâmica. O leitor sabe porquê? Nós também não sabemos e a pergunta que fizémos há um ano ficou sem resposta. É assim que "trabalha" a Câmara de Nisa. Fecha-se em copas, num mutismo que quase ninguém entende e nem sequer é capaz de dar uma resposta, por simples que seja, aos dirigentes da APTCVC que por diversas vezes tentaram sensibilizar a autarquia para a importância da sua inclusão nesta Associação. De resto, o associativismo, a nível interno e externo, no que concerne a Nisa, já conheceu melhores dias. Uma das primeiras decisões da edil socialista, como todos se recordam, foi a desvinculação do Município de Nisa da NATURTEJO e do Geoparque, uma associação de municípios que gere o primeiro Geopark que foi constituído em território nacional e do qual o concelho de Nisa retirou ( e continua a retirar) importantes benefícios Mau grado essa saída, abrupta e destemperada, e vá lá saber-se porquê, Nisa continua a fazer parte da documentação e dos sites da Naturtejo, ainda que sem menção de qualquer iniciativa.
Quanto à Associação Portuguesa de Cidades e Vilas de Cerâmica, ou APTCVC, é uma associação sem fins lucrativos composta por municípios e outras entidades.
A APTCVC é constituída por 18 municípios portugueses, tendo como fundadores, em 2018, Alcobaça, Aveiro, Barcelos, Batalha, Caldas da Rainha, Ílhavo, Mafra, Montemor-o-Novo, Redondo, Reguengos de Monsaraz, Tondela, Viana do Alentejo, Viana do Castelo e Vila Nova de Poiares.
Em 2020 foram admitidos como novos membros Oliveira do Bairro e Porto de Mós, seguidos de Leiria e Condeixa em 2021.
Estes municípios englobam os principais centros cerâmicos, na maioria dos casos, caracterizados por uma forte ancestralidade e tradição cerâmica, pelo que faria todo o sentido a adesão do município nisense a esta associação.
Passado um ano, voltamos a perguntar: Por que não integra Nisa a Associação Portuguesa de Cidades e Vilas de Cerâmica?
Quem responde? Quem esclarece? Os munícipes terão direito a uma resposta?
Mário Mendes