No início de 2006, a AJAL – Associação de Jovens de Alpalhão fez a sua primeira apresentação à população da freguesia cantando as "Janeiras" pelas ruas da vila. A constituição desta Associação de Jovens, foi feita, legalmente, a 31 de Janeiro de 2007.
Dezasseis anos depois, a AJAL inaugurou a sua sede social, no campo de jogos das Amoreiras, uma festa bonita e participada e que contou com a animação musical da OLAA - Orquestra Ligeira do Alto Alentejo.
A AJAL tem procurado "mobilizar os jovens da freguesia de Alpalhão e do concelho, na tentativa de criar capacidades de trabalho e de desenvolver a cooperação e solidariedade entre os seus associados, na base da realização de iniciativas relativas à problemática da juventude”, conforme nos diz Vanessa Martins, presidente da direcção, recentemente eleita.
Numa retrospectiva sobre os 16 anos de actividade, informa que "a associação foi crescendo e neste momento chegou a um patamar bastante alto com a criação de eventos que já são de grande nome para Alpalhão, como é o caso do Festival de Folclore e o TT AJAL, onde temos como padrinhos o Filipe Palmeiro e Ricardo Porém. Tivémos a ousadia, enquanto associação de jovens e não diretamente clube desportivo, para formar uma equipa de futsal sénior que irá participar pelo segundo ano consecutivo nas provas da Associação de Futebol de Portalegre."
Uma colectividade para dinamizar a freguesia
"Para além destes eventos,- garante Vanessa Martins, "há outros mais pequenos "fixos" como o Dia da Criança, o arraial de S. João, o magusto e o mercado de Natal, temos participado nas tasquinhas da Feira dos Enchidos e do Nisa em Festa e vamos voltar a realizar o Halloween.
Temos ainda os eventos temáticos que vão surgindo conforme as ideias que temos e antes deste ano terminar teremos mais novidades!
A AJAL tem novos corpos gerentes e, em simultâneo, conseguiu concretizar o sonho de ter a sua sede própria. Como é que decorreu este processo e que obstáculos tiveram que remover? - perguntámos
" É com muito orgulho que podemos dizer que realizamos o sonho de todas as direções ao longo destes 17 anos, termos um espaço que possamos chamar de "sede da AJAL".
Esta sede foi-nos "oferecida" pelos atuais órgãos sociais do GDRA, aos quais muito agradecemos, desde o dia em que iniciámos este projeto. Pela sua boa vontade, decidiram rescindir o contrato com a Paróquia de Alpalhão, possibilitando, assim que se realizasse o aluguer do espaço. Foi tudo uma questão de tempo e burocracias, mas no dia 1 de Maio, tínhamos a chave da nossa futura sede."
O que é que a nova sede e o espaço envolvente podem vir a acrescentar ao trabalho que têm desenvolvido?
" Tendo um espaço "nosso" facilita em tudo o trabalho e dinâmica do mesmo. Deixamos de de andar constantemente com a "casa às costas". No inicio era fácil, pois realizávamos pequenos eventos e não tínhamos quase nada, dependíamos da boa vontade de quem nos emprestava as coisas. Neste momento conseguimos com o nosso trabalho adquirir quase tudo aquilo que precisamos e torna-se muito mais difícil conseguir transportar tudo de um lado para o outro cada vez que realizamos um evento e também “encontrar” forma de conseguir espaço para guardar tudo isso. Acabando também por nos "roubar" imenso tempo na organização dos eventos.
Um pouco por todo o país existem espaços que parecem "dormir". Estão apenas à espera que alguém se apaixone por eles, os recupere e desperte para uma nova vida. Isto foi o que aconteceu com o emblemático Campo de Futebol das Amoreiras, em Alpalhão. Ainda que tenha “sofrido” algumas alterações, a estrutura mantém-se, o campo mantém-se onde se poderão continuar a fazer jogatanas, basta arranjar equipas. Criar-se-ão novas memórias, passará a chamar-se Sede da AJAL, despertou ao fim de longos 11 anos e todos, mas todos mesmo, que aqui vierem serão sempre muito bem vindos."
Nova sede, novas responsabilidades
Quais os principais projectos /actividades têm previsto desenvolver e com que apoios estão a contar?
"Um dos grande desafios é o de continuar a manter a equipa de futsal, que implica uma enorme despesa com inscrições de jogadores, exames médicos, seguros, etc., pois infelizmente os apoios são muito reduzidos para a despesa que temos. No entanto, iremos continuar a trabalhar e sabemos que este ano também vamos conseguir como o temos conseguido até aqui. Este ano temos novos eventos, a realizar na nossa sede, que pensamos virem dar uma nova vida à nossa vila e uma nova vida à Sede da AJAL. No dia 23 de Setembro vamos ter um Sunset Party e talvez a maior novidade seja no dia 16 de Dezembro com a realização do I AJAL ARTE (tatuagens, barbearia e piercing) . Os apoios calculamos que não sejam muitos, pois a vida está difícil e cada vez mais cara para todos e evitamos, andar constantemente a pedir patrocínios às pequenas empresas e estabelecimentos de Alpalhão, que muito nos têm ajudado dentro das suas possibilidades."
Quais as principais dificuldades que têm enfrentado e o que gostariam de ver melhorado na vossa actividade?
"As principais dificuldades são sempre a nível monetário. Agora com a sede, as despesas vão aumentar e temos de ser criativos em modos de arranjar fundos para nos auto-sustentar. Temos uma boa equipa de trabalho, em que impera o "espírito de equipa", o que acaba por ser importante. Gostávamos de melhorar na nossa atividade, de ter uma maior participação de todos os sócios nos eventos, darem ideias para tentarmos colocar em prática, serem mais presentes nas reuniões. Haver uma maior interação sócios/direção, que, neste momento, ainda não foi conseguida e que seria fundamental para melhorar a nossa atividade."
Como decorreu a festa de festa de inauguração da sede social?
"O balanço da inauguração da nossa sede é muito positivo, pois recebemos muitos elogios e críticas muito positivas. Todo o dia correu muito bem e achamos que as pessoas passaram na nossa sede um bom dia. Ainda temos muitas ideias para colocar a funcionar na sede, mas a seu tempo lá chegaremos. Com o tempo que tivemos, achamos que conseguimos um espaço bonito e agradável para todos. De realçar esforço voluntário e o apoio de todos aqueles que nos ajudaram nos trabalhos de recuperação das instalações. Sem eles nada disto teria sentido."
Vanessa Martins tem 20 anos e preside desde há poucos meses, à direcção da AJAL.
Trabalha numa IPSS e conhece como poucos, o que é a dinâmica de uma associação que presta apoio a idosos, a permanente disposição de inter-ajuda e o valor do trabalho em equipa. Por isso e sem surpresa decidiu assumir a direcção da AJAL imbuída do espírito de trazer novas dinâmicas à Vila, através de uma perspetiva jovem dos tempos atuais. Defende o associativismo como uma "a arma perfeita" para combater o sedentarismo que a desertificação do interior traz e acha que "quantos mais eventos a AJAL conseguir realizar, mais combatemos esse sedentarismo e se o conseguirmos fazer com ou a par das outras associações, melhor."
E vai mais longe: "o movimento associativo no concelho é muito importante porque através do mesmo conseguimos tirar as pessoas de casa e terem uma vida social mais ativa. O associativismo seja realizado porque quem for, é sempre uma mais valia."
Vanessa Martins é uma jovem que ainda "vai nessa": acredita numa sociedade melhor e no papel dinâmico que os jovens e as associações podem ter na construção desse objectivo.
Quem são os corpos gerentes da AJAL
* ASSEMBLEIA GERAL
- Ana Isabel Andrade Martins - Presidente
- Ana Cecília Manteiga Carrilho - Vice-presidente
- Silvina de Jesus Godinho Vieira - Secretária
* DIREÇÃO
- Vanessa Isabel Miranda Martins - Presidente
- André Alexandre Botelheiro Freire - Vice-Presidente
- Paula Cristina Caldeira Miranda Varela - Tesoureira
- João Rafel Miranda Varela - 1º Secretário
- Maria Louro Pires - 2ª Secretária
* CONSELHO FISCAL
- Anatólio Manuel Canilhas Rebola - Presidente
- Ana Catarina Carrilho Sequeira - Vice-Presidente
- Bruna Alexandra Monteiro Estriga - Secretária