Casamento atribulado
Casou nova a Joaquina
Com um homem já vivido
Ela era pequenina
E ele muito comprido
Foi um grande casamento
E houve festa no lugar
Mas foi um grande tormento
Para o noivo se deitar
Pequenina como era
Aquela cama de casal
Toda a gente estava à espera
Que a coisa corresse mal.
E quando ele percebeu
Que tinha que dormir encolhido
Pegou em tudo o que era seu
E queria fugir arrependido.
- Calma, aí! – disse a Joaquina
Agora não sais daqui
Lá por eu ser pequenina
Não tenho medo de ti.
Houve luta sem quartel
Naquele quarto acanhado
E só houve lua de mel
Depois do noivo arranhado.
E quando ele coitado
Acordou já alto dia
Tinha a Joaquina ao lado
Mas ele, já não…podia!
Jorge Pires