2.8.13

ESTUDO - Comam coentros e larguem os antibióticos!

INVESTIGADORES DA UNIVERSIDADE DA BEIRA INTERIOR IDENTIFICAM PROPRIEDADES BENÉFICAS PARA A SAÚDE NO ÓLEO DE COENTROS!
Em tempos de crise, os coentros podem ser baratos, tratar doenças e...já agora, dar um sabor especial à comida. Eis um estudo com assinatura portuguesa.
 Usem e abusem dos coentros na cozinha!
 Esta erva aromática, usada quer na cozinha, quer em fármacos, pode ajudar a prevenir doenças transmitidas por alimentos e, vai ao ponto de tratar infecções resistentes aos antibióticos. Ou seja, um estudo da Universidade da Beira Interior, publicado no «Journal of Medical Microbiology» chegou à conclusão de que: o óleo de coentros é tóxico para uma ampla gama de bactérias nocivas.
O efeito do óleo de coentros foi testado em 12 estirpes de bactérias, entre as quais a E.coli (que andou nas bocas do mundo nos últimos meses); a Salmonella entérica e a Bacillus cereus. Todas elas mostraram uma redução do crescimento, sendo que a maioria delas foi eliminada por soluções que continham até 1,6 por cento de óleo de coentros. Apenas duas resistiram ao efeito bactericida desta solução.
Fernanda Domingues, responsável pela investigação, explicou, como funciona o óleo dos coentros: «Os resultados indicam que o óleo de coentros danifica a membrana que envolve a célula bacteriana. Isso interrompe a barreira entre a célula e o seu meio ambiente e inibe os processos essenciais, incluindo a respiração, o que acaba por conduzir a célula bacteriana à morte».
Fernanda Domingues, Filomena Silva, Susana Ferreira, e João Queiroz deixam, assim, uma dica. «O óleo de coentros pode ser uma alternativa natural aos antibióticos comuns, já que pode ser usado como medicamento na forma de loções, anti-sépticos orais e até mesmo comprimidos para combater infecções bacterianas multi-resistentes que, de outra forma, não poderiam ser tratadas».
 E não é só a indústria farmacêutica que pode «lucrar» com os coentros. Também a indústria alimentar e médica, já que «anualmente, nos países desenvolvidos, cerca de 30 por cento da população sofre de doenças transmitidas por alimentos. Esta pesquisa incentiva o desenvolvimento de novos aditivos alimentares.»
Fonte: https://www.ubi.pt/Noticia.aspx?id=1817