O edifício do Posto de Turismo na Praça da
República, popularmente designado por “Tolan” tem estado a ser alvo de obras de
remodelação. Obras sob a responsabilidade da Câmara Municipal e que a autarquia
“pôs á vista” durante a iniciativa “Há Festa na Praça”, abrindo aos milhares de
visitantes os sanitários públicos que integram o edifício.
Esta decisão mereceu o aplauso, unânime, dos
nisenses, para mais num período de grande afluência de visitantes a Nisa.
Durantes esses dias (três) pudemos comprovar
a excelência das instalações sanitárias e a qualidade dos materiais nelas
empregues. Nisa, passa a ter instalações sanitárias, no centro da vila, com a
dignidade própria de uma vila de entrada no Alentejo. Por isso e para isso, o
meu aplauso.
Como não há bela sem senão, logo a Câmara
Municipal - ou quem, nesta área, é responsável – tratou de desfazer a boa
impressão causada pela abertura, justificada, dos sanitários públicos.
Foram-se as “festas na Praça”, fecharam-se
de imediato os sanitários e os nisenses, residentes e visitantes, num mês de
grande afluência, como é o mês de Agosto, ficaram novamente impedidos de utilizar
as instalações sanitárias cuja construção/remodelação lhes eram (são)
destinados, batendo “com o nariz nas portas” quando recorrem àquelas instalações.
Perante isto, urge perguntar:
1 – Se os sanitários públicos estão concluídos
e as obras deixaram de ter o tapume que as envolvia, que “estranho” desígnio se
instalou nas cabeças bem pensantes dos nossos autarcas para impedirem a
utilização das casas de banho “públicas”?
2 – Os sanitários foram abertos nos dias 2,
3 e 4 de Agosto para que os visitantes pudessem utilizá-los ou, apenas, para
serem “mostrados” como mais uma obra “emblemática” da autarquia, num mandado
paupérrimo em realizações?
3 – Vai a Câmara esperar que o mês de Agosto
chegue ao fim para abrir, em definitivo, os sanitários públicos, ou, toma a
iniciativa, elementar e de bom senso de, imediatamente, colocar estas
infraestruturas sanitárias ao serviço da população, tal como se impõe?
Mário Mendes