22.5.22

PORTALEGRE: Dança Contemporânea no CAEP

28 MAI. SÁB. 21.30H
Insónia
Companhia Olga Roriz
Dança Contemporânea | GA | 10€ | M/6 anos
“Insónia” é um espetáculo dirigido por Olga Roriz, para um elenco renovado e criado em parceria com a equipa criativa das peças anteriores. A entrada de novos elementos no corpo de bailarinos renova pontos de vista e opções estéticas. Bailarinos de cinco nacionalidades: portuguesa, italiana, cubana, inglesa e polaca são o resultado da escolha de uma audição internacional.
Uma reivindicação do lugar do corpo, da sua energia à sua fragilidade. O corpo intranquilo de carne exposta. A selvajaria de serem vários num mesmo mundo erótico. A identidade, origem, memórias de cada um dos intérpretes foram postas à prova, confrontando o passado, o presente, o futuro e a conexão vital com as origens.
A inexorável passagem do tempo. Um estudo sobre o feminino e o masculino, o macho e a fêmea sem sexo definido, sem género.
Sendo o erotismo um conceito vago, não palpável do foro da imaginação, havia que concretizá-lo, intelectualizá-lo. Num primeiro período da criação produziu-se muito pensamento em forma de escrita. Este é um desses textos: “Erotismo é armadilha de todas as definições e interpretações. Erotismo é o jogo do solitário, é uma cela solitária que te irriga de liberdade enquanto te encerra na sua sombra e humidade. É uma forma de libertação. É instinto humano e simultaneamente animal e, na ótica em que parte de um pensamento. É uma escolha do pensamento, uma tentação. É um jogo indireto de atração, não óbvio. A combinação entre o sensual e o sexual. É efémero como uma sensação. Tudo o que estimula a fantasia. Pode ser um olhar determinado. Um toque direto. Um argumento profundo. Um tom de voz forte. Um sorriso envergonhado. Um momento onde se perde a noção do tempo. Pode partir da imaginação e pode ser alimentado conscientemente pelo trabalho da mente num jogo constante. Jogar Xadrez com alguém pode ser extremamente erótico”.
“Insónia emerge no que de onírico tem a questão do amor, do género e da genética.
Estórias partilhadas com simplicidade e decoro ou desbocadamente. Matérias feitas manifesto.
E ainda a imagem de uma Primavera invertida como se as estações se pudessem suspender no espaço e no tempo.”
Olga Roriz 2021
Direção: Olga Roriz
Intérpretes: Catarina Câmara, Connor Scott, Emanuel Santos, Marta Lobato Faria, Melissa Cosseta, Natalia Lis, Yonel Serrano
Banda Sonora: Olga Roriz e João Rapozo
Músicas: Archive, Armand Amar, Bobby Diran, Brian Eno, Eleni Karaindrou, Georg Friedrich Händel, Gloria Gaynor, Hiro Kone, João Hasselberg, Johann Sebastian Bach, Lucrecia Dalt, Nils Fraham, Pēteris Vasks
Cenografia e Figurinos: Olga Roriz, Ana Vaz
Desenho de Luz: Cristina Piedade
Edição de Som: João Rapozo
Textos: Intérpretes
Assistência à Criação: Bruno Alves
Assistência de Cenografia: Pedro Jardim
Assistência de Figurinos: Ricardo Domingos
Estagiárias, Assistência aos Ensaios: Clara Bourdin, Ieva Bražėnaitė
Direcção Técnica e Operação de Luz: Contrapeso
Operação de Som: PontoZurca
Co-produção: Centro Cultural de Belém, Teatro Aveirense/Município de Aveiro e Município de Viana do Castelo