O Alentejo
é a sombra no deserto.
Tudo tão longe,
tudo tão perto...
O poejo,
a cegonha.
A brancura do casario,
o luar de Agosto.
A azinheira,
o sol posto...
O calor e o frio...
O horizonte desmedido,
o olhar defronte, do cigano
a boina descaída, do alentejano,
a outra margem do colectivo,
o restolho comprido...
O peito aberto ao vento,
a livre seara no pensamento...
José Mendes