20.2.20

NISA: Assembleia Municipal aprovou voto de pesar pelo falecimento do prof. Carlos Cebola

A Assembleia Municipal de Nisa aprovou por unanimidade, na sessão realizada em 14 de Fevereiro, um Voto de Pesar apresentado pela CDU sobre a morte do professor Carlos Cebola, cujo texto abaixo transcrevemos. 
VOTO DE PESAR
Falecido no dia 4 de Fevereiro de 2020, Carlos Dinis Tomás Cebola nasceu em Nisa, no dia 9 de Novembro de 1928.
Estudou em Alcains (Castelo Branco) e em Nisa (Colégio Dr. Durões Correia), tendo concluído o Curso Geral dos Liceus, no antigo liceu Mouzinho da Silveira, em Portalegre.
Fez o Curso do Magistério Primário em Évora e exerceu em Reguengos de Monsaraz, em Montemor-o-Novo e em Luanda (Angola), até 1971. A partir dessa data ocupou, sucessivamente, os cargos de subinspetor escolar, subdiretor do Distrito Escolar de Luanda e inspetor escolar.
Depois de 44 anos de serviço, aposentou-se em 1994, como inspetor principal da Inspeção-geral de Educação.
Viveu em Montemor-o-Novo, onde casou, em 1958, e nasceram os seus dois filhos.
Foi nesta cidade que escreveu as suas peças de teatro, em1956, a “Três Tardes de Três Outonos”; em 1958, “A Cigarra e a Formiga” e em 1961, “A Acácia do Quintal” (apresentada pela RTP e, mais tarde, editada em separata pela revista HUMANITAS do Instituto de Estudos Clássicos da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra). 
Em1962 ganhou um segundo prémio no 1º concurso de originais para a RTP, com a peça “O Retrato de Marcelo” e, nesse mesmo ano, a Censura proibiu “Quinto Mandamento” que, no ano seguinte, 1963, foi inexplicavelmente autorizada e acabou por permitir, ao Grupo Cénico da Sociedade Recreativa e Dramática Eborense, numa encenação de José Saloio, ganhar todos os primeiros prémios, no teatro da Trindade, em Lisboa.
Em 1964, escreveu “João Cidade” que, depois dos necessários ajustamentos, voltou ao palco do Cine - Teatro Curvo Semedo, de Montemor-o-Novo, em 1995, integrada nas Comemorações do 5º Centenário do nascimento de S. João de Deus.
Em 1999, escreveu “Tamar”; em 2008 “Invasões”, no 2º centenário das invasões francesas e em 2012, “Frei Adão”, a única peça ainda não representada.
Em 2005, as Edições Colibri e a Câmara Municipal de Nisa editaram “Nisa, a Outra História” e em 2006, a mesma Editora e a Câmara de Montemor-o-Novo editaram “Em Montemor, o maior...”
Em Luanda escreveu três peças de “Teatro Infantil” para a Companhia Teatral de Angola.
Em 2014 com o apoio da União de Freguesias de Espírito Santo, Nossa Senhora da Graça e São Simão e edição da Colibri foi publicado “Nisa, História e Tradição”.
O Professor Carlos Dinis Tomás Cebola, demonstrou ao longo da sua vida ser uma pessoa empenhada, dedicada e conhecedora das suas raízes, investigou e publicou variados trabalhos sobre a Vila de Nisa.
Ao Prof. Carlos Cebola o nosso sincero agradecimento pelo seu trabalho, empenho e dedicação à Vila que o viu nascer.
Até Sempre Professor!