9 de junho, Salamanca
Novo governo de Espanha
deve encerrar a central nuclear de Almaraz e não autorizar a abertura da mina
de urânio de Retortillo, localizada a
apenas 40km da fronteira portuguesa
A Quercus vai estar
presente no próximo Sábado, dia 9 de Junho, a partir das 17.30h (hora
portuguesa), em Salamanca, na Manifestação Anual Ibérica Antinuclear. Da
comitiva da Associação constarão vários dirigentes e sócios dos Núcleos
Regionais e da Direcção Nacional da Quercus. Esta manifestação é convocada pelo
MIA – Movimento Ibérico Antinuclear, de que a Quercus faz parte, e pretende
exigir que o novo Governo Espanhol tome medidas no sentido de colocar em marcha
o encerramento das Centrais Nucleares em Espanha, Almaraz incluída, e não
autorizar a exploração de urânio em Retortillo, a curta distância de Portugal.
Uma vez mais, a Quercus, a maior associação de
defesa de ambiente nacional e que segue mais de perto a temática de Almaraz e
do Nuclear desde há mais de trinta anos, vai juntar-se a diversas organizações
espanholas e portugueses que lutam pelo encerramento desta Central Nuclear e
pelo fim do Nuclear em
Espanha. Desta feita, o principais objectivos do protesto,
que vai decorrer no próximo Sábado em Salamanca, passam por manifestar a
posição contrária à construção de uma mina de urânio a céu aberto localizada em
Retortillo, a apenas 40 km
da fronteira com Portugal, e pelo encerramento da Central Nuclear de Almaraz,
que fica situada junto ao rio Tejo, na província de Cáceres, em Espanha, a
cerca de 100 km
da fronteira com Portugal.
Com a entrada em
funções do novo Governo em Espanha, e perante as fortes pressões da indústria
do Nuclear no país vizinho para que a Central de Almaraz não encerre no prazo
definido (Junho de 2020), é preciso que, desde já, o novo Executivo estabeleça
correctamente as suas prioridades e não dê autorização para que esta Central
continue em funcionamento por mais dez ou vinte anos, e se constitua assim como
um dos maiores perigos para toda a Península Ibérica e Europa.
Por outro lado, são
cada vez mais as vozes que em Portugal e em Espanha contestam o projecto de
abertura de uma mina a céu aberto para exploração de urânio em Retortillo, a
apenas 40 km
de Portugal. Este projecto, a avançar, trará consigo inúmeros e significativos
impactes para os dois lados da fronteira, onde se incluem o abate de cerca de
30.000 azinheiras, o risco de contaminação atmosférica com poeiras
radioactivas, escorrências de materiais radioactivos que chegarão ao rio Douro
e a contaminação dos solos com metais pesados. Perante os previsíveis impactes
deste projecto nefasto para o ambiente, para a saúde pública e para as
economias locais, e depois do anterior Governo Espanhol ter ignorado mais uma
vez os direitos de Portugal e das suas populacões, também aqui é essencial que
o novo Governo Espanhol tome medidas urgentes no sentido de não autorizar o
avanço deste projecto.
O programa de dia 9 de
Junho em Salamanca
Do programa para o dia
9 de Junho em Salamanca constará um debate sobre a Energia Nuclear, a decorrer
a partir das 10.00 horas (hora portuguesa) no Centro Cultural Julian Sánchez.
Depois, cerca das 16:00 horas (hora portuguesa), decorrerá uma Assembleia do
Movimento Ibérico Antinuclear e cerca das 17.30h (hora portuguesa) terá início
a manifestação propriamente dita, que consistirá numa marcha a pé de cerca de 1 km pela cidade de Salamanca,
desde a Plaza Concordia até à Plaza San Roman.
Lisboa, 7 de Junho de
2018
A Direcção Nacional da
Quercus – Associação Nacional de Conservação da Natureza