15.12.17

ALPALHÃO: Presidente da Câmara recusa cedência do Centro Cultural

A Presidente da Câmara de Nisa recusou a cedência da sala polivalente do Centro Cultural Prof. José Maria Moura requerida pela Presidente da Assembleia de Freguesia para a realização de sessões deste órgão autárquico conforme o comunicado que anexamos.
Não é a primeira vez que a edil nisense recusa a cedência de um equipamento construído para usufruto da população de Alpalhão. Já o tinha feito aquando da instalação dos órgãos autárquicos (Junta e Assembleia de Freguesia) saídos das eleições de 1 de Outubro.
Sendo um bem colectivo para usufruto da população alpalhoense, mormente dos seus órgãos representativos, eleitos democraticamente, não se percebe esta decisão e teimosia da autarca nisense, ainda menos a estafada argumentação justificativa de que "o pedido não está dentro do horário de funcionamento da infraestrutura e não se enquadra nos objectivos temáticos das respectivas normas de funcionamento".
Face a toda esta polémica, urge, então, perguntar: para que serve o Centro Cultural de Alpalhão?
Se houver uma sessão descentralizada da Câmara ou Assembleia Municipal onde será realizada? E se for feita no Centro Cultural passará este a "enquadrar-se nos objectivos temáticos"?
As reuniões da Câmara e Assembleia Municipal não se realizam na Biblioteca Municipal? Estarão, por ventura, fora da lei "espacial" da ladina autarca?
De quem é o Centro Cultural Prof. José Maria Moura? Do Município de Nisa ou da sua presidente? Porquê todo este imbróglio, esta atitude ditatorial contra a freguesia de Alpalhão?
Num executivo camarário onde imperasse o bom senso, a gestão do imóvel ou infraestrutura nem se deveria colocar. A própria Junta de Freguesia teria a seu cargo essa função recebendo as indispensáveis contrapartidas. É assim em qualquer concelho.
Um cidadão europeu que lesse este comunicado não acreditaria que uma situação destas pudesse acontecer. Julgar-se-ia, não em plena época natalícia, mas no Carnaval.
Como alguém alvitrou, também acho que se deveria mudar o nome de Centro Cultural para "O Quintal da Idalina" e só para gente fina!
Mário Mendes