31.10.24

Barragem do Pisão não tem interesse público, dizem 7 organizações nacionais de ambiente do país

As Organizações Não-Governamentais de Ambiente (ONGA) da Coligação C7 (ANP|WWF, FAPAS, GEOTA, LPN, Quercus, SPEA e ZERO) continuam a bater-se em tribunal contra a Barragem do Pisão, contestando o suposto interesse público da obra e salientando os graves impactes ambientais negativos referidos no Estudo de Impacte Ambiental (EIA). No mais recente passo de um processo que dura desde 2022, as ONGA recorreram a semana passada da decisão do tribunal, que decidiu não decretar a providência cautelar que obrigaria à paragem da obra. As organizações da C7 consideram que a construção da Barragem do Pisão põe em causa os interesses da União Europeia, absorvendo fundos europeus num projeto que não respeita as suas estratégias e legislação, como a Estratégia de Biodiversidade da UE para 2030 incluída no Pacto Ecológico Europeu, a Diretiva Quadro da Água, a Lei de Restauro da Natureza e o Regulamento do Mecanismo de Recuperação e Resiliência (MRR), pelo que urge ser travada. Estão em causa danos ambientais significativos e irreversíveis. Discordando da sentença do Tribunal, recorrível, este coletivo de ONGA apresentaram, em 25 de outubro de 2024 um recurso para o Tribunal Central Administrativo Sul, visando acautelar o efeito útil da ação administrativa principal para tentar que não se cometa mais este atentado contra o ambiente. Mais informações no documento anexo. A Coligação C7 para o ambiente e natureza é constituída pelas seguintes organizações: ANP | WWF - Associação Natureza Portugal em associação com WWF | www.natureza-portugal.org FAPAS - Associação Portuguesa para a Conservação da Biodiversidade | www.fapas.pt GEOTA – Grupo de Estudos de Ordenamento do Território e Ambiente | www.geota.pt | T 962602680 Helder Careto LPN - Liga para a Protecção da Natureza | www.lpn.pt QUERCUS - Associação Nacional de Conservação da Natureza | www.quercus.p SPEA - Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves | www.spea.pt ZERO - Associação Sistema Terrestre Sustentável | www.zero.ong 31 outubro 2024

30.10.24

OUTUBRO ROSA EM NISA

É com este espirito de empatia e com o dever focado na prevenção da doença e no diagnóstico precoce do cancro da mama, que os profissionais do Centro de Saúde de Nisa, vestiram Rosa no passado dia 16 de outubro e nos seus postos de trabalho se manifestaram solidários. ” A capacidade de nos colocarmos no lugar do outro é uma das funções mais importantes da inteligência. Demonstra o grau de maturidade do ser humano” Augusto Cury Todos Juntos por uma causa!

OPINIÃO: Nós e os outros

Nos meus tempos de universitária vivia ao lado da Quinta da Serra, um bairro de barracas entretanto demolido no Prior Velho. Semanalmente ia ao coração do bairro, ao centro comunitário, ajudar as crianças a fazer os trabalhos de casa. Numa das primeiras semanas, fui momentaneamente avaliada no percurso e validada por dois moradores: “Deixa passar, ela é dos nossos, vai para o centro”. Em rigor, nunca fui “dos nossos”. Não conheci a pobreza extrema, o desespero de criar filhos sem água a correr nas torneiras, a sensação de que os sonhos e o tempo de uma criança a viver num bairro dito ilegal valem consideravelmente menos do que os de um colega de escola a viver num prédio a meia dúzia de metros. Mas percebi que o medo é a maior fronteira que colocamos entre nós e os outros, nas cidades e espaços físicos ou simplesmente nas escolhas que fazemos ao longo da vida. Quem acredita nos valores democráticos só pode defender intransigentemente o valor da vida, de todas as vidas, e as condições para que cada pessoa seja inteira nas suas possibilidades. Tocar nesse princípio essencial é manchar o que de mais claro e consensual é regulado pela Constituição e pelo sistema penal. E, ainda assim, temos deputados que desprezam esse valor – uma semana depois das alarvidades que proferiu, André Ventura não só assegurou ontem que não está arrependido, como insiste que a violência não terminará enquanto não tivermos “a dureza necessária”. Já muito se escreveu sobre as linhas vermelhas que o Chega pisou repetidas vezes. Mais difícil é perceber como se esvazia o circo. A queixa-crime entregue no Ministério Público é um passo relevante, mas politicamente o caminho é de pedras. Como é que se evita a polarização? Como se previne o erro de apropriação das causas da direita radical, como estão a fazer tantos partidos moderados na Europa? Como é que se combate a desinformação, o insulto e as bolhas de ódio nas redes? Andamos à procura das respostas, mas não desistir de procurar é já parte crucial do caminho. • Inês Cardoso – Jornal de Notícias - 30 outubro, 2024

29.10.24

MONTALVÃO (Nisa): Igreja Matriz em vias de classificação

A abertura do procedimento de classificação da Igreja de Nossa Senhora da Graça, ou Matriz de Montalvão como também é conhecida, situada nesta aldeia do concelho de Nisa, distrito de Portalegre, foi hoje publicada em Diário da República. Segundo o anúncio, o presidente do Património Cultural, João Soalheiro, após proposta da então Direção Regional de Cultura do Alentejo, determinou a abertura do procedimento de classificação da igreja, incluindo o património móvel integrado. Os elementos relevantes do processo estão disponíveis nas páginas de Internet do instituto público Património Cultural, Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Alentejo e Câmara de Nisa, é referido na publicação. A Igreja Matriz de Montalvão, pode ler-se na página de Internet da Câmara de Nisa, foi edificada no século XIV ou final do de XIII e “destaca-se na malha urbana pela imponência dos seus volumes”. In https://odigital.sapo.pt

GALVEIAS: Centro de Interpretação José Luís Peixoto acolhe exposição do ilustrador Hugo Makarov

A exposição de ilustrações do artista Hugo Makarov, ilustrador com vasta obra publicada e mostrada em vários pontos do mundo irá estar patente em Galveias, no Centro de Interpretação José Luís Peixoto, de 26 de outubro próximo a 11 de janeiro de 2025. A inauguração da exposição a decorrer pelas 11 horas do próximo dia 26 contará com a presença de Hugo Makarov e do escritor José Luís Peixoto. A exposição que integra uma centena de gravuras do autor e dos seus blocos de trabalho só foi possível ser mostrada em Galveias devido à proximidade artística e amizade que une o artista e o escritor. Hugo Makarov ilustrou o livro de José Luís Peixoto “O Caminho Imperfeito” que o integra como personagem e que preparou agora para a exposição um pequeno texto que acompanha o catálogo da exposição. A Junta de Freguesia de Galveias que organizou através do Centro de Interpretação José Luís Peixoto a vinda desta exposição e o encontro em Galveias do Ilustrador e do escritor, convidam todos a participarem na cerimónia de inauguração e a visitarem a exposição.

Posição do SOS Racismo após encontro com governo: "muita publicidade, pouca vontade"

Na sequência do encontro promovido pelo Governo, importa ao SOS Racismo esclarecer: 1- O governo promoveu um encontro com organizações do movimento social da Área Metropolitana de Lisboa (AML) na sequência do trágico assassinato de Odair Moniz em circunstâncias ainda por apurar porque, aparentemente, muito distintas daquelas enunciadas pela PSP na sua primeira comunicação; 2- O caráter opaco e pouco inclusivo do processo de convocatória começou, desde logo, por comprometer a iniciativa e a possibilidade de discutir transparente e seriamente todos os aspetos relacionados com a desigualdade, exclusão e violência raciais, bem como a impunidade que grassa no seio das forças de segurança face ao uso e abuso de violência desproporcionada. 3- Não só se deixaram de fora muitas organizações com contributo inestimável e indesmentível sobre a defesa dos direitos destas comunidades, nomeadamente ciganas e migrantes, como se limitou, à partida, o alcance da análise e discussão ao restringi-las à área geográfica da Área Metropolitana de Lisboa, desconsiderando a dimensão estrutural e de âmbito nacional, da questão racial. 4- Este processo denuncia, assim, uma falta de vontade política em desenhar políticas públicas estruturantes e transversais no combate às desigualdades com factor racial. Por estes motivos, o SOS Racismo foi das primeiras organizações a manifestar a sua discordância com o procedimento, tendo solicitado, para além da presença de todos os movimentos com intervenção nesta questão, uma abordagem nacional.
5- Apesar da convocatória, com agenda muito vaga, sem especificar nem concretizar os objetivos e a expectativa do encontro por parte do executivo, aceitámos comparecer com a intenção de contribuir e de, acima de tudo, iniciar um debate aberto e frontal sobre todos os aspetos da violência racial e da exclusão social que a acompanha. 6- Uma vez na reunião, O SOS Racismo fez um pedido de ponto prévio, exigindo desculpas formais da PSP à família de Odair Moniz e à sociedade portuguesa em geral, face às declarações falsas, inconsistentes e equívocas apresentadas nas declarações públicas da PSP, a suspensão imediata do agente que matou Odair, bem como a demissão da direção da PSP por ter ainda mentido sobre os acontecimentos subsequentes, nomeadamente negando a invasão e arrombamento da casa em luto. Entende o SOS que não é possível compactuar com declarações falsas ou que distorçam e encubram os acontecimentos, emitidas por parte da direção da PSP, sempre que aconteçam situações de violência policial racista. 7- Infelizmente, o governo não mostrou abertura perante estas exigências nem mostrou vontade política de responder seriamente aos desafios que a questão racial coloca à nossa ordem democrática que, constitucionalmente, recusa todas as formas de discriminação, nomeadamente a racial. 8- Nesta sequência, endereçamos ainda as preocupações e críticas que nos merecem as políticas de igualdade do governo na área das migrações e do combate ao racismo que, procurando responder à pressão da extrema-direita racista e xenófoba, retrocede profundamente na proteção de garantias mínimas de proteção dos direitos das pessoas migrantes. Entre muitas outras exigências relacionadas com a política de imigração, exigimos o restabelecimento imediato da declaração de interesse e o regresso a uma abordagem administrativa aos processos em detrimento de uma abordagem securitária, repressiva e policial. Levantamos ainda o problema da paralisia institucional dos instrumentos de combate ao racismo, nomeadamente da Comissão para a Igualdade e Contra a Discriminação racial e exigimos ainda a alteração do código penal, nomeadamente nos seus artigos 240 e 250.
9- Nas suas últimas declarações, o primeiro-ministro escolhe, mais uma vez, negar a existência do racismo em Portugal, prova de que não existe nenhum compromisso por parte do governo em combater a violência racial. Numa sociedade que recusa enfrentar a existência de um dos maiores problemas e desafios à sua democracia, é natural que o governo não tenha nenhuma resposta política ao problema do racismo e opte pela desonestidade e pela incúria/negligência política de o negar. 10- O governo parece mais cioso de abafar a contestação social e a indignação política suscitadas pelo assassinato de um cidadão pela PSP do que em construir soluções e respostas aos problemas estruturais que se escondem por trás da violência policial como aquela que vitimou Odair Moniz e demasiadas pessoas racializadas antes de si. 11- Infelizmente, o governo limitou-se neste encontro a apresentar uma linha política muito vaga que continua a não encarar o carácter estrutural do racismo, não tendo sido capaz de apresentar uma única medida específica orientada exclusivamente para o combate ao racismo. Todas as medidas anunciadas são genéricas e circunscritas à área metropolitana de Lisboa, o que não deixa de ser um erro político estratégico. 12- O SOS Racismo denuncia a manobra política que presidiu à convocatória desta reunião cujo propósito se confirmou situar-se mais na preocupação em salvaguardar a imagem do governo do que em defender os direitos e a dignidade das pessoas vítimas de violência policial racista. O combate ao racismo exige um compromisso forte das instituições e de quem as governa na elaboração de políticas públicas de combate às desigualdades estruturais, incluindo em particular as que partem de um factor racial. Sem este compromisso, é todo o projeto de sociedade democrática que está em jogo. Era aquilo que desejávamos hoje para o encontro com o governo. Infelizmente, o grande aparato resultou em quase nada. O governo esteve ainda longe deste desiderato. Lamentamos assim, concluir que se tratou de demasiada publicidade para pouca ou nenhuma vontade política. Pela Direção 29 de outubro de 2024

Pedro Barreto eleito novo líder da JSD Distrital

No passado sábado, dia 26 de outubro, realizou-se o Congresso Distrital de Portalegre da JSD, no qual foram eleitos os novos órgãos para o próximo mandato. Na reunião magna dos jovens social-democratas, Pedro Barreto foi eleito pelos seus pares para assumir a liderança da JSD Distrital de Portalegre neste novo ciclo que agora se inicia. Na sessão de encerramento do supramencionado congresso, intervieram a Presidente da Câmara Municipal de Portalegre, Fermelinda Carvalho, o Presidente do PSD Distrital de Portalegre, Rogério Silva, o Vice-Presidente da JSD/Nacional, Bruno Melim, e naturalmente Pedro Barreto. No auditório do Museu da Tapeçaria de Portalegre, o novo líder explanou o novo projeto que a estrutura pretende colocar em prática no distrito com o objetivo de “aproximar os jovens da causa pública, fugindo à inércia e sem olhar a desgastes pessoais”, assumindo que a JSD irá “aos quatro cantos do distrito sem receio de certos concelhos em que existe uma maioria sociológica hostil à causa social-democrata”. Pedro Barreto, jovem nisense de 21 anos, assume que a sua geração “tem sido muitas vezes responsabilizada pelo crescimento dos extremismos”, o que se deve, no seu entender, “ao facto de a atividade política estar profundamente desacreditada por ser tantas vezes exercida por quem precisa dela e não por quem tem a noção de que, quando se exerce um cargo político, está a fazer parte de algo que é superior a si mesmo, aos seus vícios e às suas vontades próprias”, acrescentando ainda que “ser moderado parece estar a ficar fora de moda e os jovens têm a obrigação de travar esta tendência”. O também aluno e dirigente associativo da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa referiu que “a JSD é autónoma do PSD, tendo liberdade para pensar e agir, mas não vai, em condição alguma, fechar-se em si mesma e conta com o Partido para colaborar e dialogar, sempre pela elevação do estandarte do PSD”, admitindo que “as próximas Eleições Autárquicas são um desafio”, mas tendo a convicção que “um cenário positivo se aproxima no horizonte”. A grande novidade na JSD Distrital de Portalegre para o próximo mandato é a fundação de um Gabinete de Estudos Distrital, o qual terá a finalidade de “dar a conhecer aos jovens do Alto Alentejo o que a JSD defende e pretende fazer na região, através de documentos e moções estruturadas que explicam tomadas de posição de forma fundamentada”. Recorde-se que Pedro Barreto vem suceder a João Pedro Luís, que se despediu solenemente da JSD Distrital de Portalegre no passado sábado.

28.10.24

GAZA: Há bancos em Portugal a financiar as armas do genocídio

Santander, BBVA e o CaixaBank, dono do BPI, estão entre as instituições que financiam os principais fabricantes de armas que Israel está a usar nos massacres em Gaza e no Líbano. Os sucessivos relatórios das Nações Unidas e pronunciamentos do Tribunal Internacional de Justiça a apelar ao fim dos crimes de guerra e à prevenção do genocídio não surtiram efeito junto do Governo israelita, que prosseguiu os massacres em Gaza, alargando-os ao Líbano, enquanto na Cisjordânia aumentam os ataques dos colonos e a repressão do estado sionista. A máquina de guerra de Israel tem sido alimentada por fabricantes de armas europeus e estadunidenses, que são por sua vez financiados por grandes instituições financeiras. Se a venda de armas a Israel já era um negócio de alto risco antes do início do genocídio de Gaza, dadas as constantes violações das leis internacionais nos territórios palestinianos ocupados, desde outubro do ano passado ficou mais exposta a cumplicidade de muitos bancos com os crimes do apartheid israelita que já vitimaram mais de 43 mil habitantes de Gaza, na maioria mulheres e crianças. Um relatório publicado em junho por várias ONG, como a Federação Internacional dos Direitos Humanos, lembra a responsabilidade das empresas que produzem armamento, bem como dos seus acionistas e financiadores, em respeitar os direitos humanos e a lei humanitária e penal internacional e em mitigar e prevenir impactos adversos para os direitos humanos pelo uso dos seus produtos, uma responsabilidade reforçada quando são usados em zonas de conflito. Ele selecionou apenas as seis empresas - entre o grupo dos 25 maiores produtores de armamento do mundo - que de acordo com os dados do Instituto Internacional de Pesquisa para a Paz de Estocolmo (SIPRI) sobre transferências internacionais de armamento forneceram armas novas a Israel entre janeiro de 2019 e dezembro de 2023: a Boeing, General Dynamics, Leonardo, Lockheed Martin, RTX (antiga Raytheon) e Rolls-Royce. Entre o armamento fornecido por estas seis empresas contam-se mísseis e bombas, helicópteros, caças, aviões de reabastecimento, motores para tanques e veículos blindados. Em seguida, o relatório seleciona os 20 maiores grupos financeiros europeus que forneceram empréstimos ou garantias àquelas empresas produtoras de armamento entre janeiro de 2021 e agosto de 2023, apoiando-se nas bases de dados da Bloomberg e Refinitiv Eikon. Entre os bancos com presença em Portugal destaca-se o gigante francês BNP Paribas, com 4.709 milhões de euros em empréstimos e 1.011 milhões em garantias prestadas à Boeing, Leonardo, Rolls-Royce e RTX Coro. Segue-se o Deutsche Bank, com 2.845 milhões em empréstimos e 1.142 milhões em garantias às mesmas empresas, o Barclays (2.203 e 671 milhões, respetivamente) e o Lloyds (1.846 e 172 milhões). Barclays e Deutsche Bank são também acionistas de todas aquelas seis empresas, com participações que ascendem aos 978 milhões e 695 milhões, respetivamente. Dos grandes bancos de retalho em Portugal a financiar empresas que venderam armamento a Israel destaca-se o Santander com 1.846 milhões de euros em empréstimos à Boeing, Leonardo e Rolls-Royce e mais 222 milhões em garantias à Boeing. O BBVA surge pouco atrás na lista, com 1.052 milhões de empréstimos distribuídos pela Boeing, General Dynamics, Leonardo e Rolls-Royce e mais 326 milhões em garantias às duas primeiras. Outro relatório publicado este mês pelo Centro Delàs de Estudos para a Paz, intitulado “A banca armada e a sua corresponsabilidade no genocídio em Gaza”, inclui 15 empresas de armamento, entre as quais algumas da indústria militar israelita. Além das seis do relatório acima citado, refere a BAE Systems, Day & Zimmerman, Elbit Systems, Israel Aerospace Industries, Nammo, Navantia, Oshkosh Corp, Rafael Advanced Defense Systems e Rheinmetall. E concentra-se na banca espanhola, identificando 12 entidades financeiras, onde se destacam Santander e BBVA, mas também o Caixabank, dono do BPI em Portugal. Nas contas feitas aqui em dólares, fica a saber-se que o BBVA financiou com 1.300 milhões, o Santander com 1.200 milhões e o CaixaBank com 110 milhões as empresas que exportaram bombas teleguiadas tipo GBU, fabricadas pela Boeing e General Dynamics, que Israel usou em dois massacres de Jabalia a 9 e 31 de outubro do ano passado e que mataram 42 e 56 civis, respetivamente. Os mísseis JDAM e os caças F-15 da Boeing ou os F-35 da italiana Leonardo têm sido presença constante nos bombardeamentos sobre Gaza, o Líbano e também o Iémen. BBVA e Santander também financiaram a alemã Rheinmetall, que exporta peças de artilharia de longo alcance como os M109-52 Howitzer ou as munições de tanque Rh-120, usadas de forma indiscriminada contra a população e infraestruturas civis palestinianas. Ou a General Dynamics e a Day & Zimmerman, que produzem projéteis disparados pelos tanques israelitas. Entre empréstimos, créditos recorrentes, subscrição de obrigações ou participação acionista no capital de alguma ou várias daquelas 15 empresas, o volume total de financiamento e investimento em fabricantes de armas usadas no genocídio ascende a 2.442 milhões de dólares para o Santander, 1.558 milhões para o BBVA e 110 milhões para o La Caixa, conclui este relatório.
Na lista das principais entidades da “banca armada internacional” a financiar empresas que vendem armas usadas no genocídio em Gaza, o BNP Paribas é o primeiro banco europeu e surge apenas na 15ª posição. No topo da lista estão os grandes fundos de investimento, como o Vanguard (41.107 milhões de dólares), o State Street (38.620 milhões), o Capital Group (31.603 milhões) ou a Blackrock (30.570 milhões), que é acionista de várias cotadas portuguesas, entre as quais a EDP, o BCP, a NOS, a Jerónimo Martins e os CTT. Este top-5 encerra-se com o Bank of America (18.909 milhões). O Santander ocupa a 36ª posição e o BBVA a 51ª. Os números desta lista, concluem os autores do relatório, mostram como “os grandes investidores institucionais, liderados por entidades estadunidenses e europeias, apoiam massivamente a indústria do armamento, tornando evidente que as instituições financeiras são parte principal do ciclo económico militar que permite a continuação dos conflitos armados e das violações dos direitos humanos por todo o mundo”. Por outro lado, ela expõe a hipocrisia de instituições como o Santander, BBVA e o Caixabank, que apregoam valores nas suas políticas de responsabilidade corporativa como os de promover e respeitar os direitos humanos ao mesmo tempo que não mostram vontade de travar o financiamento e investimentos em entidades que os contrariam. E assim mantêm uma “relação direta com violações dos direitos humanos, crimes de guerra e violação do direito comercial humanitário”, sublinha o relatório do Centro Delàs de Estudos para a Paz. Há dois anos, o banco Santander, o BBVA e o CaixaBank figuravam também na lista dos maiores financiadores das 50 empresas com negócios nos colonatos ilegais que Israel construiu nos territórios palestinianos ocupados, com cerca de 9.500, 5.000 e 660 milhões de dólares concedidos, respetivamente. Mais uma vez é o BNP Paribas - com 25 mil milhões de dólares em créditos e 3.000 milhões em ações e obrigações dessas empresas - que lidera este ranking elaborado por 24 ONG europeias e palestinianas no relatório “Don’t Buy Into Occupation”. in www.esquerda.net - 28 Outubro 2024

GÁFETE (Crato): VIII Passeio de Jipes - Inscrições Abertas

Até dia 28 de outubro às 23:59h podes fazer a tua inscrição para o VIII Passeio Gáfete Jipes. Inscreve-te através do formulário disponível no link https://forms.gle/DHZbtGA48CHdebLY9 🔗 O pagamento deve ser feito através de MBWay. Todas as informações estão no formulário, qualquer dúvida enviem mensagem privada.

UGT Portalegre enaltece o novo passe ferroviário verde e aguarda comboios com novos horários

“A mudança radical é que agora é uma medida para o país todo”, explicou o Ministro das Infraestruturas e Habitação, “querendo mais pessoas a andar na ferrovia”, o que não poderia ir mais ao encontro das expectativas da UGT Portalegre, até no seguimento do que foi o tema do seu último Congresso distrital em 2023, apelando à “coesão com infraestruturas ferroviárias e rodoviárias adequadas”. Este novo passe, com um custo mensal de 20 euros, é uma muito boa oportunidade para a nossa região, e agora é só aguardar o aumento da circulação de comboios na estação de caminho de ferro de Portalegre, capital de distrito, que dista doze quilómetros do centro da cidade, e nas restantes estações da Linha do Leste no distrito, e com horários adequados que permitam, por exemplo, a deslocação de trabalhadores para outros destinos (benesses também do teletrabalho, que agradecemos), ou a Lisboa para pessoas que tenham marcadas consultas médicas ou mesmo transportar os nossos alunos deslocados para a sua semana de aulas. Vejamos, actualmente temos duas partidas de Portalegre para Lisboa, às 14h10 e às 19h42, com préstimos muito pouco entendíveis para estarem ao serviço dos cidadãos. Por outro lado, temos horários de regresso exclusivamente no período da manhã. Ou seja, na prática, estes horários servem quem queira visitar Portalegre e regressar no mesmo dia, talvez devido à dinâmica de turismo que a capital de distrito comporta, ou mesmo as restantes cidades, Elvas e Ponte de Sor, e vilas, mais do que serve as populações locais. Para que nos vai servir o passe reduzido de 20 euros, se nos vemos obrigados a pernoitar, com os devidos custos, se tivermos a necessidade de nos deslocarmos, por exemplo, a Lisboa? Reivindicamos que toda esta visão de utilidade ferroviária, na óptica de sermos cidadãos portugueses iguais a todos os outros (assim dita a Constituição da República), não de segunda, deverá ser rapidamente alterada. Tal como os habituais merecedores das melhores atenções, queremos e temos o direito de ter serviços condignos e adequados ao dispor e de podermos usufruir deles utilizando este novo passe ferroviário. O que naturalmente obriga ainda a que, no caso de Portalegre, não sendo deslocalizada a Linha do Leste para junto da cidade, o que já reclamámos várias vezes para a zona industrial, e que traria garantidamente mais emprego, seja criada uma ligação rodoviária adequada à estação de caminho de ferro, tendo em conta os horários das viagens, e que a mesma fique à responsabilidade institucional e empresarial nacional, regional, distrital ou municipal.

Dadores de Sangue de Portalegre elegem órgãos sociais

Mais um marco relevante se cumpriu na história da sempre empreendedora Associação de Dadores Benévolos de Sangue de Portalegre – ADBSP. A 19 de outubro p.p. realizou-se, na sala de conferências do Hospital Doutor José Maria Grande, a assembleia geral, presidida por Jorge Pais, e na qual foram eleitos os órgãos diretivos da associação para o triénio 2025 / 2027. No decorrer dos trabalhos foi feita uma resenha do último mandato, felizmente repleto de páginas suadas de orgulho. Igualmente, foram evocados aspetos nada abonatórios para a causa da dádiva de sangue em Portugal – e da nossa região em particular. Mas nada que não se resolva com o empenho de todos e com a tenacidade que a associação tem demonstrado desde os tempos do seu fundador, o batalhador António Joaquim Eustáquio. Ficou também lavrada em ata um agradecimento especial a dois elementos que deixaram, por razões pessoais, de pertencer aos corpos diretivos e a quem a ADBSP muito deve. São eles a Enf. Ana Maria Meira e o António Joaquim Ribeiro.
Recorde-se que a 05 de setembro de 1990 foi lavrada escritura da ADBSP, sendo a mesma publicada em DR de 03 de outubro do mesmo ano. Ao longo destes celérrimos 34 anos tinham sido já 12 as assembleias focadas na eleição dos órgãos sociais da ADBSP. E mais um ciclo se inicia. A nova Assembleia Geral tem como presidente o Dr. Jorge Pais, acompanhado por António Trindade Martins e Luís Filipe Ricardo. Armando Baguinho preside ao Conselho Fiscal, de que fazem também parte Vanda Eustáquio e o Padre Rui Rodrigues. A Direção continua a ser presidida por Carlos Alberto Eustáquio. Para este órgão foram ainda eleitos Paulo José Cardoso (atual presidente da federação FAS – Portugal), Florinda Vicente, Dra. Isabel Lírio, Silvina Narciso, José Rabaça e Carlos Martins. Como suplentes figuram os nomes do Prof. Marco Gomes e do Padre João Maria Lourenço. Na reunião foi aprovada ainda a conta de gerência da ADBSP. JR

ALTER DO CHÃO: Grande fInal do 1º Concurso de Fado Amador

25.10.24

ARRONCHES: Recriação histórica - Na época da Restauração

CASTELO DE VIDE: Comemoração do 109º Aniversário dos Bombeiros Voluntários

OPINIÃO: Segurança urbana

Os factos passados numa zona periférica de Lisboa mostraram excessos de insegurança assustadores. Nada de novo para quem segue estas disfunções urbanas, mas sinal de alarme para o quotidiano e futuro das grandes cidades. Periferias que cresceram e crescem sem estruturas urbanísticas pensadas e onde as disfunções físicas e sociais são semente de segregacionismos. Recordo tempos de juventude em que a segurança noturna da cidade se fazia pelo velho “guarda noturno”, geralmente “reformado” da polícia que percorria as ruas e assegurava tranquilidade funcional e social. Aquilo que parece hoje não garantirem as câmaras espalhadas pelos espaços públicos, cada vez mais elementos de vigilância de que desconfiam os cidadãos. A questão é, antes de mais, política, pois são os políticos que escolhemos para nos governar que traçam o quadro em que se organiza a vida pública e as instituições de segurança do País e da Cidade. Cada governo que sai deixa um rasto de promessas não concretizadas que todos querem resolvidas no “dia seguinte”, quando este deveria ser para refletir e agir com sentido de Estado, ou seja, lucidez e serenidade para pensar o Futuro de todos a longo prazo e não o que parece resultar melhor para o seu grupo de interesses. A segurança urbana requer isto: pensar o assunto, das polícias e sua organização e função e das periferias da urbe e sua estruturação física e social como um todo a prazo e não como um “jogo de pequenos brindes” que parecem resolver o problema mas deixam tudo pior. O Futuro só melhora se houver lucidez a coragem para assumir os problemas de frente! • Gomes Fernandes , Arquiteto e professor In Jornal de Notícias – 24 Outubro 2024

ARRONCHES: Apresentação do livro “O meu 25 de Abril” da Associação Salgueiro Maia

Dia 26 de outubro (sábado), pelas 16H30, no Convento de Nossa Senhora da Luz, em Arronches.

OPINIÃO: O Genocídio do povo palestino

São cada vez mais raros, mas, felizmente, ainda há quem tenha saúde mental! NATO, USA e infelizmente para todos nós, a UE enlouqueceram numa paranóia doentia de imputação de intencionalidades!!! Digamo-lo, chamando os bois pelos nomes: em nome do dinheiro disponibilizado pelo comércio das armas, do tráfico de influências e da corrupção! Foi assim que assassinaram, injusta e infundadamente, da maneira mais vil e execrável Sadam Hussein (pensam que as pessoas não se lembram?!?!?!), que destruíram a Síria, que condenaram o Afeganistão à ditadura talibã, que apoiaram o Genocídio Inominável de Gaza pela implacável e irrecuperável loucura de alguém que encarna verdadeiramente o Mal, alegando-se Presidente de um Estado construído à custa do roubo das terras de um povo que quer erradicar da sua Pátria! Desculpem, mas perderam-se (quase) todos os valores e a manipulação da opinião pública, ditada e determinada pelos que promovem o que há de pior na condição humana, faz a opinião pública dos cobardes cidadãos que, quais cães de louça, abanam a cabeça a toda a propaganda, enquanto lhes roubam o tempo de vida, em troca de salários miseráveis, acicatados contra migrantes, ciganos, refugiados e tudo o que não for igual à sua provinciana vida de aldeia e "cultura do postigo" que a "american fashion" promoveu através da própria insidiosa e malévola cultura da intriga e do boato (a que chegam "Gossip" para encher a cabeça dos adolescentes com lixo)... que alimentou a própria INQUISIÇÃO? NÃO, EM MEU NOME! DISSE! * Texto de Ana Paula Fitas ** Título da redacção

Dia de luta convocado pelos sindicatos dos trabalhadores da Administração Pública da CGTP-IN leva ao encerramento de vários serviços no distrito de Portalegre

Para hoje, dia 25 de outubro, está convocada, pela Frente Comum dos Sindicatos da Administração Pública da CGTP-IN, uma manifestação nacional em Lisboa. Os trabalhadores da Administração Pública vão protestar contra o empobrecimento e a perda de poder de compra e a ausência de respostas aos problemas das carreiras que têm sido colocados. A este propósito, os sindicatos da Frente Comum emitiram um pré-aviso de greve que, em resultado do descontentamento dos trabalhadores, contou com elevada adesão particularmente no sector da educação. Os trabalhadores não docentes, que ainda no dia 4 de Outubro demonstraram a sua disponibilidade para prosseguir a luta pela recuperação das suas carreiras, dinamizando uma greve que levou ao encerramento de dezenas de escolas só no distrito de Portalegre, estiveram mais uma vez hoje em protesto. Em Portalegre, frente à escola do Atalaião, dezenas estiveram concentrados. Noutras escolas como as Sedes de Agrupamento de Avis, Nisa, Crato, Arronches, Bonfim em Portalegre (à excepção da escola da Corredoura) e ainda a EB/JI da Boa Fé em Elvas, EB/JI de Avis e a ES Mouzinho da Silveira em Portalegre estiveram fechadas ou sem actividade lectiva. Outros serviços públicos como as Finanças em Campo Maior e o Centro de Saúde em Arronches não estiveram a funcionar em consequência da greve dos trabalhadores da Administração Pública. Também o sector dos Espaços Verdes da Câmara Municipal de Portalegre esteve condicionado assim como outros de outras autarquias, devido ao protesto dos trabalhadores da Administração Local.

CAMPO MAIOR: Apreensão de armas em contexto de violência doméstica

O Comando Territorial de Portalegre, através do Posto Territorial de Campo Maior, no dia 23 de outubro, identificou um homem de 56 anos e apreendeu diversas armas, em contexto de violência doméstica, no concelho de Campo Maior. No âmbito de uma investigação por violência doméstica, os militares da Guarda apuraram que o agressor, o homem de 56 anos, ameaçava a vítima, sua companheira de 51 anos. No âmbito das diligências policiais, foi apreendido como medida cautelar o seguinte material: Três caçadeiras; 214 munições de diversos calibres; Um machado. O suspeito foi identificado e os factos foram comunicados ao Tribunal Judicial de Elvas. A violência doméstica é um crime público e denunciar é uma responsabilidade coletiva. A Guarda Nacional Republicana realiza regularmente campanhas e ações de sensibilização sobre o tema da Violência Doméstica e relembra que, se precisar de ajuda ou tiver conhecimento de alguma situação de violência doméstica, participe: No Portal Queixa Eletrónica, em https://queixaselectronicas.mai.gov.pt; Via telefónica, através do número europeu de emergência 112; No Posto da GNR mais próximo à sua área de residência, tendo os nossos contactos sempre à mão em www.gnr.pt/contactos.aspx; Na aplicação App MAI112 disponível e destinada exclusivamente aos cidadãos surdos, em http://www.112.pt/Paginas/Home.aspx; Na aplicação SMS Segurança, direcionada a pessoas surdas em www.gnr.pt/MVC_GNR/Home/SmsSeguranca.

24.10.24

ELVAS: Tribuna pública da USNA - CGTP/IN

No âmbito da Acção Nacional de Mobilização, Reivindicação e Luta convocada pela CGTP-IN, que teve início no dia 7 de Outubro e que terminará a 9 de Novembro com a realização de 2 manifestações nacionais, em Lisboa e no Porto, a União dos Sindicatos do Norte Alentejano/CGTP IN vai promover uma Tribuna Pública, no próximo dia 30 de Outubro, pelas 17h, na Praça 25 de Abril em Elvas. Esta iniciativa, que vai contar com a participação de trabalhadores e activistas sindicais de diversos sectores e locais de trabalho do distrito de Portalegre, tem como objectivo divulgar os processos reivindicativos em curso na nossa região, as suas características, os seus resultados e as suas perspectivas de luta futuras.

PORTALEGRE: Inauguração do Centro Documental do Património

23.10.24

OPINIÃO: Uma nova definição de coesão

Somos um país de assimetrias e há muitas maneiras de olhar para os números que as ilustram, mas na hora da verdade as conclusões confluem para um dado inequívoco: é nas chamadas regiões de baixa densidade que há maior risco de pobreza, o mais baixo rendimento médio e os valores mínimos no PIB per capita. Mostram-no de forma consistente os sucessivos relatórios do INE, da Pordata ou da Rede Europeia Anti-Pobreza, entre muitos outros estudos. É por essa razão que as políticas de coesão têm tido como objetivo promover um maior equilíbrio e desenvolvimento económico nas diversas regiões, procurando multiplicar a fixação de pessoas e de investimento no Interior. No congresso do PSD, o primeiro-ministro estreou um novo conceito de coesão territorial, convidando “qualquer sítio do país a olhar para a nossa capital” e apresentando o grande projeto de requalificação que visa criar uma “metrópole vibrante e homogénea” nas duas margens do Tejo. Não se discute que a região de Lisboa tem evidentes disparidades, até porque os municípios com maiores rendimentos são precisamente os que têm desigualdades de distribuição mais altas. Também podemos relativizar a forma como Luís Montenegro anunciou com pompa projetos há muito conhecidos para revitalização da Margem Sul. O que é mais difícil de perceber é que tenha feito corresponder a esse anúncio o tema da coesão territorial, subvertendo-o na sua base. No meio do ruído intenso causado pela promessa de libertar a disciplina de Cidadania das suas “amarras ideológicas” (essa bandeira que tanto inquieta os portugueses, na opinião de Montenegro), esta visão de um país a olhar mais uma vez para a capital passou sem sobressaltos por entre os pingos da chuva. Não fosse uma reação do presidente da CCDR-N, que defendeu um “modelo policêntrico” e sublinhou que “o Norte espera uma política de coesão no verdadeiro sentido da palavra”, e quase nada se diria sobre o tema. Imagino que ao menos o ministro Castro Almeida se tenha inquietado com a nova definição de coesão territorial. Resta saber se consegue discuti-la à mesa do Conselho de Ministros. Inês Cardoso – Jornal de Notícias - 23 outubro, 2024

CASTELO DE VIDE: Detido por tráfico de estupefacientes

O Comando Territorial de Portalegre, através do Núcleo de Investigação Criminal (NIC) de Nisa, no dia 21 de outubro, deteve um homem de 53 anos por tráfico de estupefacientes, no concelho de Castelo de Vide. No âmbito de uma investigação por tráfico de estupefacientes, que decorria há cerca de um ano, os militares da Guarda efetuaram diligências policiais que culminaram no cumprimento de três mandados de busca, duas domiciliárias e uma em veículo, resultando na apreensão do seguinte material: 3 878 doses de haxixe; 3 900 euros em dinheiro; Um telemóvel; Uma balança de precisão; Diverso material relacionado com o tráfico de estupefacientes. O detido foi constituído arguido, e os factos foram remetidos para o Tribunal Judicial de Nisa. Esta operação policial contou com o reforço do Grupo de Intervenção e Ordem Pública (GIOP), dos Destacamentos de Intervenção (DI) de Portalegre e de Castelo Branco, bem como do Posto Territorial de Castelo de Vide.

HUMOR EM TEMPO DE CÓLERA

A revisão - Cartoon de Henrique Monteiro in https://henricartoon.blogs.sapo.pt

PORTALEGRE: Dois detidos por caça ilegal

O Comando Territorial de Portalegre, através do Serviço da Proteção da Natureza e do Ambiente (SEPNA) de Portalegre, no dia 20 de outubro, deteve dois homens de 63 e 70 anos, por caça ilegal, na freguesia de Urra, no concelho de Portalegre. No decorrer de uma ação de fiscalização ao exercício do ato venatório, para prevenção e deteção de situações ilícitas, os elementos do SEPNA detetaram que os suspeitos exerciam o ato venatório sem autorização, motivo que levou às suas detenções em flagrante. No seguimento das diligências policiais, foi possível apreender o seguinte material: Duas armas de fogo; Livretes de manifesto das mesmas; 32 munições; Duas cartas de caçador. Os detidos foram constituídos arguidos, e os factos foram comunicados ao Ministério Público de Portalegre.

22.10.24

DORA MARIA no III Festival Gastronómico Peixe do Rio em Cernache de Bonjardim

COMUNICADO DO SOS RACISMO: Odair Moniz, mais um na longa lista de mortos às mãos da PSP. Mas, isto até quando?

Na madrugada de 21, Odair Moniz de 43 anos foi alvejado por um agente da PSP e acabou por sucumbir às suas feridas. Odair Moniz junta-se à longa lista de pessoas negras mortas às mãos da polícia de segurança pública. A sua morte acontece num contexto político de exacerbação do discurso de ódio e de um securitarismo estigmatizante dirigido às comunidades negras. A leitura do comunicado da PSP suscita mais dúvidas do que traz esclarecimentos sobre as condições da morte de Odair Moniz. Como é que alguém que se despistou num carro em fuga pode sair em condições de querer agredir agentes armados? Tendo sido a tentativa de agressão com arma branca segundo a PSP, supõe-se isso então ter existido uma efetiva proximidade com o agente atirador? Se sim, porque não alvejou a vítima na parte inferior do corpo para imobilizá-lo, em vez de atirar para a axila, uma zona mais propensa a resultar em morte? Em todos os casos de brutalidade policial que resultou nas mortes de cidadãos negros, racializados, a PSP nunca foi convincente sobre as condições e motivos destas mortes. Portanto, num país cuja polícia está inegavelmente infiltrada pela extrema-direita racista, as mortes de pessoas negras às mãos de agentes policiais levantam as maiores dúvidas e preocupações sobre as reais motivações das intervenções policiais que acabam nestas mortes. Para que a morte de Odair Moniz não se resume a mais um caso, mais um número da macabra estatística mortífera da intervenção policial nos territórios e nos corpos habitados por pessoas negras, há que se abrir um inquérito para apurar com a maior das celeridades todas as responsabilidades dos agentes envolvidos neste assassinato, incluindo as da própria cadeia de comando. Enquanto decorrem as investigações para o apuramento das responsabilidades dos envolvidos, exige-se a sua suspensão imediata de funções. O SOS Racismo lamenta mais uma morte que se junta à longa lista de mortos às mãos da PSP, denunciando o laxismo e a impunidade que têm caracterizado a intervenção das tutelas e da direção da PSP nestas circunstâncias. O SOS Racismo denuncia um padrão de intervenção policial que opta por uma espécie de exceção jurídica em que a violência e a morte nos territórios e corpos habitados por pessoas negras passam a ser uma regra. O SOS Racismo apresenta as condolências e manifesta a sua total solidariedade à família de Odair Moniz e a toda a comunidade enlutada, disponibilizando-se a acompanhá-las em tudo o que necessário para o apuramento da verdade sobre deste assassinato. SOS Racismo

21.10.24

IMPRENSA EM NISA: 1ª página do "Correio de Nisa" nº 14 - 30 Outubro 1945

CAMPO MAIOR: Recuperação de material furtado em estabelecimento escolar

O Comando Territorial de Portalegre, através do Posto Territorial de Campo Maior, no dia 18 de outubro, recuperou material furtado em estabelecimento escolar, no concelho de Campo Maior. Na sequência de um furto num estabelecimento escolar, ocorrido no dia 14 de outubro, os militares da Guarda realizaram diligências policiais que permitiram identificar a alegada localização do material furtado. No seguimento da ação, deslocaram-se ao local, onde efetuaram uma busca que permitiu recuperar diverso material furtado do estabelecimento de ensino. Da ação resultou a apreensão de diverso material, destacando-se: Três desktop; Um monitor; Um comando de vídeo jogos; Diverso material elétrico e informático. Os factos foram comunicados ao Tribunal Judicial de Elvas. A ação contou com o reforço do Núcleo de Investigação Criminal (NIC) do Destacamento Territorial de Elvas.

SAÚDE: Vale de Cavalos com 22 dadores de sangue

Nem sempre as colheitas promovidas pela Associação de Dadores Benévolos de Sangue de Portalegre – ADBSP – decorrem em vilas ou na cidade. Também nos deslocamos, e com muita satisfação, a sedes de freguesia e mesmo a lugares. E foi o que aconteceu recentemente com uma ida ao terreno até Vale de Cavalos, ali para os lados de Alegrete. Contámos, mais uma vez, com o indispensável apoio técnico da Unidade Funcional de Imunohemoterapia da ULSAALE. Como habitualmente, quem abre a porta da sua sede para receber dadores e staff é o Grupo Desportivo Cultural e Social de Vale de Cavalos. Refira-se que compareceram 22 voluntários, tendo o sexo feminino sido representado por cinco elementos. Dois dos presentes não puderam concretizar a doação, pois nesta data não estavam 100% em forma para o fazer. Assim, em Vale de Cavalos, foram angariadas duas dezenas de unidades de sangue total.
Um jovem estreou-se a doar sangue. E efetivou-se também mais uma entrada no Registo Português de Dadores de Medula Óssea – mas a maioria dos dadores já o integram. O Grupo Desportivo Cultural e Social de Vale de Cavalos e a Junta de Freguesia de Alegrete apoiaram a realização do almoço servido a todos quantos colaboraram na brigada. Crato e Santo António das Areias em novembro As próximas colheitas da ADBSP têm lugar em: Crato, no centro de saúde, a 16 de novembro; Santo António das Areias (Marvão), nas instalações da Casa do Povo, a 23 de novembro. Sábados da parte da manhã. Dê sangue e mantenha-se informado em: https://www.facebook.com/AssociacaoDadoresBenevolosSanguePortalegre/ JR

20.10.24

OPINIÃO: Combater a pobreza tem de ser um desígnio nacional

A decisão de celebrar anualmente, desde 1992, o Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza a 17 de outubro, sob a égide das Nações Unidas, tem como objetivo mobilizar decisores políticos, organizações não-governamentais e a sociedade em geral, incitando-os a assumir o combate à pobreza e à exclusão social como imperativo coletivo. Assumindo que todos desejamos uma sociedade que respeite os direitos e a dignidade humana, é certo que não há liberdade em situação de privação. Em pleno século XXI e trinta e dois anos depois da decisão das Nações Unidas, Portugal regista cerca de um milhão e setecentas mil pessoas a viver em condições de pobreza e de exclusão social. São números absolutamente inaceitáveis, sobretudo, porque são os grupos mais vulneráveis, invariável e injustamente, os mais afetados. Pobreza é também ficar indiferente, pelo que enfrentar e corrigir este cenário tem de ser um desígnio nacional. É crucial, pois, mobilizar recursos para o aprofundamento do direito a não ser pobre e mobilizar vontades para que o compromisso e o combate sejam coletivos. Temos de ser capazes de cumprir o direito constitucional à habitação, um dos pilares sociais que tem sido mais difícil de concretizar, requisito fundamental para aceder a outros direitos essenciais e básicos como a saúde, a educação, o trabalho, a cultura, a proteção social e o bem-estar. Os desígnios são fáceis de elencar mas as tarefas necessárias, muitas vezes, hercúleas: promover os direitos das crianças, valorizando a escola pública e assegurando que crescem e se desenvolvem em ambientes familiares livres de privação e exclusão; assegurar aos nossos idosos condições de vida dignas; disponibilizar o acesso a serviços sociais de qualidade a todos os cidadãos, em especial aos mais vulneráveis, entre os quais as pessoas em situação de sem-abrigo; combater o preconceito contra pessoas com deficiência e facilitar a sua efetiva integração; promover práticas igualitárias e combater todas as formas de discriminação e de injustiça. Apesar dos problemas que persistem, é reconhecido que o Porto tem desenvolvido políticas de reforço da solidariedade e justiça social. Destaco apenas três: a coordenação de uma Rede Social com cerca de trezentas entidades; a gestão, com financiamento totalmente municipal, de um centro de acolhimento temporário para pessoas em situação de sem-abrigo, a elaboração e implementação de um plano de ação especificamente pensado para as pessoas mais velhas, “Porto Cidade Amiga das Pessoas Idosas”. Porque uma cidade não é uma ilha, é fundamental que todos os municípios assumam a responsabilidade de prevenir as situações de forte vulnerabilidade que possam conduzir à condição de desabrigo, enquadrando-a nas políticas sociais e de emergência, nas respostas de primeira linha e no investimento na habitação pública. Face à imensidão do problema e à sua complexidade, sentimos, por vezes, que as políticas que desenvolvemos são, como disse Madre Teresa de Calcutá, uma gota de água no oceano. Mas “vale a pena prosseguir, porque o oceano seria menor se lhe faltasse essa gota.” • Fernando Paulo - Vereador da Coesão Social da Câmara do Porto e Coordenador do NPISA Porto - Núcleo de Planeamento e Intervenção Sem-Abrigo In Jornal de Notícias -17 outubro, 2024

VALONGO (Avis): Festival das Sopas

Valongo- Antiga Escola Primária | Recinto de Festas 26 de Outubro- 12.00h Vamos às sopas!? |Associação Convívio Reformados de Benavila, Associação Lar de Idosos do Centro Comunitário de São Saturnino de Valongo, BenaBike/SRB, Centro de Convívio e Apoio Social Eng. João Antunes Tropa, Fundacão Casa de Repouso Dona Maria Madalena Godinho de Abreu, Ludoteca Municipal Dr. João Joaquim Vilela Brazão, Paróquia de Valongo. |Associação de Juventude "O Cruzeiro", Fumeiro da Vila, Fundação Abreu Callado, Vale do Mestre Animação: 14.15h- Grupo AnimaSénior de Valongo 14.30h- Grupo Confraria da Música 15.30h- Grupos DançAvis Boa gastronomia e muita animação! Estão todos convidados a visitar-nos!

MARVÃO: 40ª Festa do Castanheiro - Feira da Castanha de Marvão