10.6.21

Inauguração Exposição Francis Smith no MNAC

A exposição “FRANCIS SMITH. EM BUSCA DO TEMPO PERDIDO”, com curadoria de  Jorge Costa, inaugura no próximo dia 9 de junho, pelas 17h00, na Sala dos Fornos do  Museu Nacional de Arte Contemporânea (MNAC), e trará muitas novidades sobre o  pintor modernista bem como uma nova leitura da sua obra. 
Esta mostra resulta de uma parceria entre a Fundação Millennium bcp, o Instituto de  História da Arte, da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade de Lisboa  (IHA/FCSH/NOVA) e o MNAC, tendo como Mecenas Exclusivo a Fundação Millennium  bcp. 
Esta nova exposição surge assim no âmbito de um protocolo assinado em 2018, entre a  Fundação Millennium bcp, o IHA/FCSH/NOVA e o MNAC, através do qual a Fundação  Millennium bcp se comprometeu a financiar uma bolsa anual de investigação de um/a  investigador/a do IHA para o estudo de um/a autor/a representado/a nas coleções do  Millennium bcp e do MNAC, cuja fortuna crítica e historiográfica esteja por fazer ou  careça de atualizada revisão. No termo dessa investigação, realiza-se uma exposição no  MNAC, com curadoria desse/a investigador/a, e com a publicação de uma monografia. 
A primeira dessas bolsas foi assim, atribuída a Jorge Costa, doutorando do IHA, com a  exposição FRANCIS SMITH. EM BUSCA DO TEMPO PERDIDO. 
Nesta exposição podemos mostrar que a aposta de Francis Smith, no registo figurativo  do seu tempo, reflete o envolvimento social com os seus temas, unindo a cultura letrada  à popular e fazendo uma pessoal síntese entre centro e periferia, ou entre Paris e o seu  Portugal longínquo.  
Estará também disponível uma publicação, com textos de investigação do curador Jorge  Costa, documentação vária e reproduções de todas as obras do artista Francis Smith,  numa parceria do MNAC com a Tinta da China.
Francis Smith (1881-1961) – Breve descrição do artista 
Uma das figuras mais singulares do modernismo, em Portugal, Francis Smith nasceu em Lisboa,  mas cedo emigrou para Paris, onde desenvolveu uma prestigiada carreira artística. Participou  com sucesso, crítico e comercial, nos mais importantes circuitos expositivos parisienses da  época e tornou-se o criador português com maior presença no panorama cultural francês da  primeira metade do século XX. Não obstante, na história da arte nacional, a sua pintura foi  sucessivamente remetida para um lugar menor, acusando-o de ingenuidade e, no seu gosto pelo  registo figurativo, de uma colagem à visão de postal ilustrado do Estado Novo. Reduzido, além  disso, em Portugal e em França, a uma imagem de pintor da “saudade portuguesa”, a sua obra  apresenta, contudo, aspetos bem mais interessantes e artisticamente informados. 
Com uma perspetiva intimista, a sua pintura reflete, sim, um certo sentimentalismo de  emigrado, mantendo uma memória cristalizada e nostálgica de um Portugal popular. Porém,  essa memória mescla-se com o quotidiano da vida moderna francesa. A sua própria nostalgia manifesta o conhecimento da escrita e do pensamento de Marcel Proust, o escritor que se  debruçou sobre os mecanismos da memória, delineando, num sensível registo memorialístico,  o que poderemos designar como uma “busca do tempo perdido” em pintura. Conjugando  aspetos da modernidade com uma visão pessoal do mundo, Smith é propositadamente  “ingénuo”, procurando a pureza da visão infantil, na consciência de que cada um tem a sua  perceção do tempo e da memória.  
Sobre a Fundação Millennium bcp 
A Fundação Millennium bcp assume-se como agente de criação de valor na sociedade, nas  diversas áreas da sua intervenção, declarando um claro compromisso de apoio ao  desenvolvimento das comunidades em que se insere. 
Nesse sentido, procura apoiar várias iniciativas que alinhem com os valores do Millennium bcp  e simultaneamente satisfaçam algumas das principais necessidades identificadas nestas três  áreas de atuação – Cultura, Ciência e Conhecimento e Solidariedade Social – em Portugal e  noutros países onde o Millennium bcp desenvolve a sua atividade. 
Título: FRANCIS SMITH. EM BUSCA DO TEMPO PERDIDO.  
Curador: Jorge Costa 
Local: Sala dos Fornos, Museu Nacional de Arte  
Datas: Exposição patente de 10 de junho a 3 de outubro de 2021 
Mecenas exclusivo: Fundação Millennium bcp