4.5.19

SER, ORGULHOSAMENTE, PROFESSOR/A

O dinheiro que foi infiltrado nos bancos, não prejudicou o País;
As ajudas de custo aos políticos, não prejudicam o País;
As dezenas de profissões, que têm bónus de milhares de euros, oferecidos pelos governos, não prejudicam o País.
Os milhares de profissionais, que se passeiam nos carros do Estado, não prejudicam o País;
Os funcionários públicos, que recebem pelas deslocações e têm direito a residência paga, não prejudicam o País;
As nomeações de milhares de "amiguinhos", a ganharem um balúrdio, num emprego sem trabalho, não prejudicam o País;
Os milhares de euros, entregues a IPSS duvidosas não prejudicam o País;
Os conselhos de administração, de Instituições públicas, ocupados por mandriões, vigaristas e aldrabões, a ganharem milhares de euros, não prejudicam o País;
Agora, aqueles que correm um País inteiro, que pagam uma prestação de casa, mas que vão trabalhar a centenas de quilómetros, onde pagam a renda de um quarto e/ou são dos maiores consumidores de combustíveis. Que deixam os seus filhos, para ir ensinar, apoiar, acarinhar e guardar, os filhos dos outros. Aqueles, que não passam de profissionais nómadas, a construir uma sociedade, a preparar e desbravar mentes. Aqueles, que diariamente, apoiam, ouvem e sentem os problemas de tantos e tantos jovens... esses sim, vão levar o País à banca rota, porque ganham pouco mais de mil euros líquidos, pagam todas as suas despesas, deslocações, alojamento... mas, porra, são professores... que se lixem!
Talvez no dia em que queiram um professor para os vossos filhos e uma escola para os acolher e guardar e não houver... pode ser que acordem.
Cada classe deveria lutar pelos seus direitos e o que eu vejo é um bando de cidadãos contra os professores, como se estes fossem um bando de vigaristas, oportunistas e que não produzem (quando temos dos melhores ensinos do mundo) e não é, porque os programas são bons e os materiais adequados, é sim, porque temos muitos profissionais bons, no ensino (e, como em todas as profissões, também há maus profissionais, mas estes são poucos).
Lamento, que os professores sejam sempre o bode expiatório para justificar o injustificável... se alguém mentiu, foi quem na campanha prometeu e não cumpriu...
Podem falar mal, criticar, denegrir... mas a verdade é que sou orgulhosamente professor/a!!
Nota: Este texto não é meu, mas partilho-o, solidária e orgulhosamente.