Vila Velha de Ródão ocupa o 8.º lugar na lista dos municípios mais sustentáveis do país, de acordo com o Rating Municipal Português, um documento elaborado pela Ordem dos Economistas que avalia os 308 municípios portugueses em 25 indicadores, divididos em quatro dimensões principais: Governação, Desenvolvimento Económico e Social, Eficácia nos Serviços à População e Sustentabilidade Financeira.
Segundo o documento, divulgado a 7 de maio, os municípios que apresentam maiores níveis de sustentabilidade localizam-se no litoral e são de média ou maior dimensão, como é o caso de Lisboa, Porto e Oeiras, que ocupam os três primeiros lugares do ranking global. A contrariar esta tendência, surgem entre os 10 melhores classificados apenas três municípios de pequena dimensão: Sines (5.º lugar), Constância (6.º lugar) e Vila Velha de Ródão (8.º lugar).
Em termos dos resultados globais, Vila Velha de Ródão passou do 26.º lugar ocupado em 2016, ano da edição anterior, para o 8.º lugar, obtendo 188,06 pontos. No que respeita às quatro dimensões analisadas, Ródão é a 12.ª autarquia com melhores resultados em termos de Eficácia dos Serviços Prestados aos Cidadão e a 25.ª melhor no que respeita ao Desenvolvimento Económico e Social. Já no indicador Governança, o município surge na 37.ª posição, sendo o 44.º em termos de Sustentabilidade Financeira.
A nível regional, Vila Velha de Ródão é o segundo melhor município da região centro, só sendo ultrapassado por Constância.
De acordo com os seus autores, o documento procura dar uma visão integrada de avaliação dos municípios e pretende ser uma ferramenta para ajudar as autarquias a melhorar. “Os municípios portugueses passam a ter , individualmente, uma nova matriz de atuação, no sentido em que, para se tornarem mais sustentáveis (…) têm de melhorar os seus indicadores globalmente e, em especial, os indicadores e dimensões em que estão pior posicionados comparativamente aos municípios da sua sub-região, da região que integram e do país”, pode ler-se na síntese do documento.
Uma das principais conclusões que o rating permite retirar é que “a pequena dimensão dos municípios é fator inibidor da sua sustentabilidade – dos 30 municípios menos sustentáveis, 27 são municípios pequenos” –, no entanto, os autores afirmam que “ser pequeno não é condição suficiente e necessária para ser insustentável”, como o comprova o caso de Vila Velha de Ródão.
Para o presidente do Município de Vila Velha de Ródão, Luís Pereira, “o resultado deste estudo é um importante contributo para que as autarquias possam analisar e avaliar o seu desempenho, permitindo-lhes introduzir melhorias quando necessário. Apesar dos bons resultados obtidos por Vila Velha de Ródão e que são fruto de uma estratégia concertada por parte da autarquia de conciliação do desenvolvimento económico e social com a sustentabilidade financeira, é preocupante verificar que os municípios pequenos e do interior têm piores resultados. O rating deve por isso servir de alerta para a necessidade de criar políticas públicas para que os municípios do interior tenham a mesma capacidade de atração de investimentos e fixação de pessoas como os do litoral”.