10.4.19

O Calvário na poesia de Joaquim Carrilho Capelão




CALVÁRIO
No Calvário jaze a sua imagem repousante
Ostentando a pesada cruz do destino
Símbolo de sacrifício repugnante
Selvajaria de seres sem culto divino
O homem actual mata universalmente.

Santo Deus, aviva do dito a sua mente
Evita que neste (XX) século de Cristo
Não respeite ainda o seu semelhante
Haja inúmeros seres com fim tão triste
Oro, muito respeitosamente
Repele os vivos do ódio que existe.

Deus sabe os viventes do mundo
Obsequeia-os com a paz; inibe-os da miséria
Salvando o ser humano disto tudo.

Põe à prova a tua força omnipresente
Abençoa toda a Humanidade
Senhor santo e benevolente
Semeia o bem, elimina a ferocidade
O planeta terra seja santificado
Senhor dos Passos seja louvado.

Joaquim Carrilho Capelão – Fevereiro 1986