A data de hoje, 10 de Junho, Dia de Portugal,
de Camões e das Comunidades, é pretexto para lembrar um grande artista da música
cabo-verdeana, que tive a felicidade de conhecer e de ouvir, quase diariamente,
nos anos de 1972 a
1974. Chamava-se Luís Morais, era um virtuoso dos instrumentos de sopro,
artista aclamado da música africana e com uma grande dimensão a nível
internacional, tanto na Europa (Holanda, França e Portugal, especialmente) como
nos Estados Unidos, país onde acabaria por falecer aos 67 anos e com muito
ainda para dar à música e cultura de expressão africana.
Luís Morais nasceu
no dia 10 de Fevereiro de 1935, na Ilha de São Vicente e morreu no dia 25 de
Setembro de 2002 nos Estados Unidos de América.
Durante a sua
longa e prestigiada carreira, notabilizou-se como um virtuoso executante de
instrumentos de sopro, entre os quais saxofones (alto e tenor), clarinete e
flauta. Foi o mentor do famoso conjunto Voz de Cabo Verde, com o qual percorreu
o mundo como solista e director musical. O Voz de Cabo Verde, recorde-se, foi
formado na Holanda há precisamente 50 anos (Maio-Junho de 1966) e teve como
vocalista, numa das suas fases, o popular Bana.
Luís Morais e Bana
são, aliás, considerados os “pais” da moderna música cabo-verdeana, o primeiro
a nível instrumental, o segundo no plano vocal.