Os indivíduos de nome José juntaram-se no passado sábado na
Horta do senhor José Perfeito para celebrarem o seu convívio anual.
É a festa dos Zés, realizada no sábado mais próximo do
padroeiro (S. José – 19 de Março) e que junta em alegre confraternização
pessoas com o mesmo nome próprio, pretexto para um dia de festa e de
descontracção onde, geralmente, não falta uma animação sempre variada que vai
da degustação dos petiscos e acepipes gastronómicos, à música e aos jogos
tradicionais.
Por pouco mais de dez euros, os José(s) juntam-se para
passar um dia de convívio, reforçar os laços de amizade e brindarem à vida, num
ambiente campestre que recorda outros tempos e outras dificuldades.
A “firma” Parente e Poeiras
José da Cruz Laré, o “Parente”, e José Poeiras são dois dos
mais activos dinamizadores deste convívio onomástico e que se vem mantendo com
regularidade, desde há mais de 30 anos. Têm a responsabilidade da cozinha e de
manter os convivas sempre com boa disposição “gastronómica”.
Há outros companheiros que também participam para que a
jornada seja verdadeiramente de festa. Este ano, a ementa constou do
tradicional afogado, a carne de molho, do feijão preto com sardinha assada, sem
falar nos “grelhados” como a entremeada, a cacholeira, a morcela, em quantidade
suficiente para “alegrar” os estômagos dos quarenta Zés.
Durante o dia, alguém eleva a voz, enrouquecida e puxa por
um fadinho. Outros, jogam à sueca ou à malha. Entre um copo e uma patanisca, o
dia passa a correr, mas o convívio, esse, fica e com a promessa de repetição no
próximo ano.