18.3.21

SAÚDE: Dia Mundial do Sono assinala-se a 19 de março

 

Quase 80% das pessoas com dor crónica sofrem de  distúrbios do sono 
Estima-se que entre 50% e 80% das pessoas com dor crónica sofrem de distúrbios de sono1, sendo  a insónia, síndrome das pernas inquietas e apneia obstrutiva do sono os mais comuns2. Estes  podem afetar a resposta do doente à dor, uma vez que a perceção da dor aumenta à medida que o  sono é comprometido3. 
No âmbito do Dia Mundial do Sono, que se assinala a 19 de março, a Associação Portuguesa para  o Estudo da Dor (APED) pretende sensibilizar para a importância da qualidade do sono nas  pessoas que vivem com dor crónica. 
A Dra. Ana Pedro, Presidente da Associação Portuguesa para o Estudo da Dor (APED), afirma  que “o sono é frequentemente utilizado como um indicador do controlo correto da dor. Sendo crucial que os doentes que lidam com dor crónica sejam acompanhados devidamente por forma  a adotarem uma higiene de sono adequada e, consequentemente, melhorarem a sua qualidade de  vida”. 
Tendo em conta que as patologias causadoras de dor, como a fibromialgia, lombalgia, dor  neuropática, artrose, enxaquecas, entre outras, podem alterar a qualidade do sono e que um  distúrbio de sono pode agravar estas condições, a abordagem terapêutica de ambos deve ser  comum, ou seja, para diminuir a dor é necessário controlar o sono e vice-versa. 
Para aliviar os sintomas físicos causadores da dor e conseguir dormir melhor, a APED recomenda  algumas medidas simples para a adoção de uma “higiene do sono”:
• Dormir num ambiente adequado; 
• Usar colchões e almofadas de densidade adequada; 
• Manter uma rotina de horários de sono; 
• Evitar ou diminuir o consumo de cafeína e álcool; 
• Praticar técnicas de relaxamento. 
A dor crónica atinge 1 em cada 3 portugueses, sendo a 2ª doença com maior prevalência em  Portugal4. Afeta a qualidade de vida do doente e das famílias, não apenas devido à dificuldade ou  incapacidade física, funcional e motora, mas também ao ter um grande impacto a nível pessoal e  emocional. 
Referências 
1. Heidi Moawad, MD. Sleep Disturbances as a Sequalae of Chronic Pain. November 19, 2020 
2. Thayer JF, Yamamoto SS, Brosschot JF. The relationship of autonomic imbalance, heart rate variability and cardiovascular  disease risk factors. Int J Cardiol. 2010;141(2):122-131. 
3. Weissman MM, Pilowsky DJ, Wickramaratne PJ, et al. Remissions in maternal depression and child psychopathology: a  STAR*D-child report. JAMA. 2006;295(12):1389-1398. 
4. Kaplan, W, Wirtz, V.J, Mantel-Teeuwisse, A, et al. Priority medicines for Europe and the World: 2013 update. World Health  Organization; Geneva, Switzerland. 2003.  

Sobre a APED 
A Associação Portuguesa para o Estudo da Dor (APED) tem como objetivos promover o estudo,  o ensino e a divulgação dos mecanismos fisiopatológicos, meios de prevenção, diagnóstico e  terapêutica da dor em Portugal, de acordo com os parâmetros estabelecidos pela International  Association for the Study of Pain e pela Organização Mundial de Saúde. Para mais informações:  www.aped-dor.org.