Buscas na Câmara ocorreram
"nos serviços informáticos" e nos "serviços de obra”.
Esta quarta-feira, o
Ministério Público (MP) revelou que a Câmara de Marvão, Portalegre, e a junta
de freguesia foram alvos de buscas. Foram apreendidos vários elementos de prova
nas imediações da Câmara, da junta, em residências e em sociedades.
Segundo a nota
publicada no seu site oficial, o MP refere que em causa está a alegada prática
de crimes de desvio de subsídio e peculato. O inquérito está a ser conduzido
pelo Departamento de Investigação e Ação Penal de Évora.
“De acordo com a
denúncia apresentada e os elementos de prova já recolhidos, os factos, que
terão ocorrido entre 2012 e 2016, decorrem da suspeita de existência de
eventuais irregularidades no âmbito de um programa envolvendo fundos públicos
do PRODER”, explica a nota.
Até ao momento “não
existem” arguidos e as diligências e o inquérito estão a ser assistidos pela
Polícia Judiciária.
Luís Vitorino,
presidente da Câmara de Marvão, referiu à Lusa que está “tranquilo” e que
acredita que o caso “provavelmente” será arquivado, visto que “não há provas de
nada, não houve corrupção”.
O responsável disse
ainda que o caso está ligado ao um projeto sobre a “defesa da floresta contra
incêndios”. “O projeto, no total, envolvia qualquer coisa como 70 mil euros. Na
altura, foi todo executado fisicamente no terreno, depois houve problemas
processuais nos pedidos de pagamento ao programa, houve despesas que não foram
validadas, entre outras coisas que não foram validadas na altura",
referiu.
Luís Vitorino também
referiu que as buscas na Câmara ocorreram "nos serviços informáticos"
e nos "serviços de obra”.
Miguel Silva - Jornal I
-23/05/2018