AO POETA DE ABRIL
Poeta da revolução sem fogo
Que tão cedo nos deixás-te
Teus poemas são do nosso povo
Que em vida nos doás-te
Com um grande“R” de revolução
E com um “D” de democracia
Fizes-te tiro certeiro de canhão
À bojuda pança da burguesia
Com um “A” de amor e de Abril
E um lindo “L” de Liberdade
Denunciàs-te de forma viril
Os grandes tartufos da verdade
Só os caciques dos cacetes
Não gostam dos teus poemas
E nos salões dos palacetes
Falam de novo! Em algemas
Eu, em sonhos e recordações
Passeio-me pela cidade
Fardado de marinheiro
De cravo vermelho e peito nu
Dizendo ao povo verdadeiro
Que gostava de ser poeta como tu
José Hilário