3.2.23

LISBOA: Apresentação do livro "Artur Pastor Portugal país de contrastes"

Vai ser apresentado ao público a 18 de fevereiro, no Arquivo Municipal de Lisboa | Fotográfico, a mais recente publicação que foca o trabalho ímpar do fotógrafo Artur Pastor: 'Artur Pastor Portugal país de contrastes', uma co-edição  do Arquivo Municipal de Lisboa e da editora Majericon.
Desta conversa a ter lugar pelas 15:00 horas, na sala de leitura do Arquivo Fotográfico, tomarão parte Paula Figueiredo e Luís Pavão, do Arquivo Municipal de Lisboa, Fernando Veiras da Majericon, e os filhos do fotógrafo Artur Pastor.
Tendo como ponto de partida o texto 'Portugal um país de contrastes', escrito pelo fotógrafo  em abril de 1954 para a revista Portugal Ilustrado, e o seu testemunho "Portugal não se visita apenas com o olhar porque se sente, também, com o coração", este livro constitui-se como um roteiro fotográfico sobre o legado deixado por Artur Pastor, evocando o seu desassossego ambivalente, em torno da escrita e da fotografia, do litoral e do interior ou da ruralidade e da modernidade.
A edição visa lembrar o centenário do fotógrafo Artur Pastor (1922-2022), cujo espólio se encontra à guarda do Arquivo Fotográfico desde 2001. (...)
Artur Pastor | nota biográfica 
Artur Pastor nasceu em Alter do Chão, a 1 de maio de 1922. Concluiu o curso de Regente Agrícola em Évora, na Herdade da Mitra, em 1942. Neste ano realizou o seu primeiro trabalho de fotografia que utilizou para ilustrar a sua tese final. Nessa altura descobriu o gosto pela fotografia que o fascinou até ao fim da sua vida. 
Em Évora envolveu-se em projetos de natureza fotográfica apresentando os seus trabalhos em publicações ilustradas, postais, selos e cartazes. Colaborou em diversos jornais do Sul do País com artigos de opinião e de cariz literário. Com apenas 23 anos apresentou a sua primeira exposição “Motivos do Sul”. 
 No início dos anos cinquenta ingressou nos serviços do Ministério da Economia em Montalegre, sendo transferido em 1953 para Lisboa, para a Direção-Geral dos Serviços Agrícolas, fundando a fototeca deste serviço. Paralelamente, colaborou com outros organismos públicos, dos quais se destacam, a Junta Nacional do Azeite, do Vinho, das Frutas e a Federação Nacional dos Produtores de Trigo, entre outros. Em 1958 publicou uma edição de autor intitulada “Nazaré” e em 1965, “Algarve”, dois álbuns com textos e fotografias da sua autoria. 
Participou frequentemente em exposições e Salões de Fotografia, tanto em Portugal como no estrangeiro, donde recebeu alguns primeiros prémios. O seu trabalho foi publicado por diversas revistas de fotografia nacionais e internacionais, tais como “The Times”, “National Geographic” entre outras. 
 Trabalhou por encomenda para diversos organismos oficiais e empresas, sobretudo no campo da agricultura e turismo. Integrou exposições oficiais e feiras, no país e no estrangeiro, tendo fotografado de forma regular até ao seu falecimento, em 1999. Em 2001 o espólio foi adquirido à família pela Câmara Municipal de Lisboa.