Se o Governo não quer baixar os impostos que os distribua pelos salários e pensões, estimulando assim a procura, o consumo interno e a economia. Nos países do centro europeu, de onde vêm os estímulos externos para a periferia, os impostos também são elevados, mas estes são distribuídos pelas forças produtivas, quer em salários quer em pensões. O motor da economia é o consumo interno e as exportações, aumentando a produtividade das forças produtivas, através da modernização tecnológica, da inovação e procura de novos mercados. Não podemos continuar neste provincianismo tão característico do Salazarismo. É preciso modernizar as empresas, abrindo-as às novas tecnologias, à inovação imaginativa, distribuindo generosamente uma parte dos lucros pelos trabalhadores. Um país de baixos salários e baixa progressão nas carreiras não vai longe, emigrando para outros países mais atrativos, os quadros mais qualificados do país, à procura de melhores condições de vida. Não podemos continuar neste provincianismo balofo.
* José Oliveira Mendes